





>>Caso você seja novo aqui, recomendo que leia a página “Apresentação” deste blog<<
INTRODUÇÃO:
A BGVP é uma fabricante Chinesa de produtos de áudio como IEMs, TWS, além de acessórios de áudio como, cabos, cabos bluetooth e também adaptadores Dac/Amp dongle. Por sinal, o produto que eu vou avaliar aqui é o DAC/AMP Dongle T01.
O T01 foi lançado no ano de 2019 pelo preço de $29 dólares. Agora no ano de 2020 é possível encontrar por preços mais baratos, na faixa dos $23 dólares. Existem duas versões desse dongle, a de 3.5mm e a de 2.5mm. A avaliação foi feita com o modelo de 3.5mm.
Link da BGVP:
https://bgvp.aliexpress.com/store/5256156
ESPECIFICAÇÕES:
-DAC: Qualcomm WHS9415
-Material: 4 fios 5N base de cobre
-Entrada USB-C para saída 2.5mm/3.5mm
-Tamanho: 12.8 cm
-Protocolo USB: UAC 1.0 / 2.0 / 3.0
-DNR: > 123dB
-THD+N: -105dBFS < 0.0003%
-Frequência: 20Hz-40kHz
-Consumo: 19-28mA, média 23mA
-Faixa de impedância: 16Ω – 600Ω
-Decodificação: 32bit/384kHz; DSD64 / DSD128
DISPOSITIVOS UTILIZADOS:
-Motorola Z3 Play
-Dell Inspiron Realtek HDA (W10)
-Tin HiFi P1 (Cabo de cobre stock)
-Tin HiFi T2 Plus
-DD HiFi TC35 (Comparativo)
ASPECTOS FÍSICOS:
Com o advento da retirada das entradas P2 (3.5mm) dos smartphones, comecei a procurar por soluções baratas que pudessem me dar uma melhora no som do meu celular, tanto em qualidade de áudio quanto em termos de amplificação. Assim, o melhor em termos de custo/benefício no mercado hoje em dia são os adaptadores (dongles).
Construção. É um produto bem leve e bem finalizado, o cabo é bem flexível e a espessura é um tanto fina. O plástico que reveste o cabo é de cor marrom mas é translúcido, ou seja, é possível ver um pouco a parte de metal no interior. Também as duas extremidades são feitas em metal. Achei o encaixe do USB-C do dongle bastante sólido em termos de fixação com o a entrada do USB-C do celular. A entrada P2 do dongle também é bastante segura e você recebe uma ligeira resistência ao inserir o plug e depois um som de “click” confirmando que o plug foi completamente encaixado, fica bem seguro e não desconecta facilmente.
Esse dongle tem a ótima vantagem de que ele não esquenta a superfície quando em uso. Diversos outros dongles tem essa característica de aquecimento e isso é um pouco desagradável porque a pessoa acaba até se desconcentrando em algum momento da música, tipo fica preocupado se o produto está superaquecendo de forma a causar algum dano ao dispositivo. Esse é um ponto positivo do T01, ele não esquenta.
Caso vocês notaram a falta de um dado geralmente comum nas especificações desse tipo de produto, o ‘Output Power’, eu perguntei à BGVP qual a potencia de saída mas a empresa preferiu não divulgar o respectivo dado. Também não encontrei essa informação na internet.
Consumo da bateria. Fiz o seguinte teste aqui, em uma hora (1h) de uso no volume máximo do celular com o Tin HiFi P1, o T01 consumiu apenas 4% de uma bateria de 3000mA. O celular foi colocado em modo avião (WiFi e Sinal de operadora desligados) e com a tela apagada. Claro que alguns processos do celular continuaram em segundo plano, eu não cheguei a encerrar todos os processos, mas o consumo foi excelente, no meu entender. Embora isso seja só um número, não é um dado muito preciso porque pra cada smartphone junto com as configurações pessoas do usuário, as coisas podem mudar bastante.
Driver para computador. O Driver disponibilizado pela BGVP pra mim foi um recurso inválido. Não obtive êxito, vamos aos acontecimentos: Na primeira vez que instalei o driver eu não consegui obter nenhum som com a ferramenta disponibilizada, mesmo com a instalação sendo concluída com sucesso.
Ok, só depois é que fui descobri que a própria BGVP revela que o Driver é apenas pra usuários de Windows 7, e quem usa Windows 10 o dongle é reconhecido sem a necessidade de instalar o Driver (meu caso aqui).
Então passamos para a segunda tentativa, e aí sim, o Windows 10 reconheceu o dispositivo e eu não precisei instalar o driver. Porém ocorreram uma série de acontecimentos que eu vou relatar no tópico “aspectos sonoros”.
Link pra download do Driver caso seja de interesse:
https://bgvp.weebly.com/3949321205332872590325588.html
PS: o idioma do site tá em chinês mas utilizando a opção de tradução pelo botão direito do mouse, você consegue uma tradução capaz de entender mais tranquilamente.
Nota sobre compatibilidade. Gostaria de relatar sobre a grande quantidade de pessoas que usaram esse dongle e tiveram problemas de incompatibilidade e ruídos com smartphones da marca Samsung. Não sei ao certo quais modelos de smartphones da Samsung estão dando esse problema de incompatibilidade mas é preciso ficar atento caso você seja usuário da marca.
Versão 2.5mm. A BGVP divulgou que essa versão 2.5mm era balanceada mas segundo um amigo que tem essa versão, relatou que na verdade não é balanceada, é simplesmente 2.5mm. Me parece que em decorrência a esse fator a empresa retirou a informação “balanceada” dos anúncios do produto.
ASPECTOS SONOROS:
Amplificação. Nesse quesito o T01 consegue ser bem funcional com smartphones que possuem baixa capacidade de empurrar IEMs (a ocasião aqui). Então assim, ele pode dar um ganho relativo pra fontes mais fracas, porém não seria o mais aconselhável se o fone for mais difícil de empurrar (impedância alta e sensibilidade baixa), aí realmente vai ser complicado de você obter uma amplificação mais adequada.
Por exemplo, com o Tin HiFi T2 Plus que é um fone fácil de empurrar, o T01 na posição 12 numa escala de 15 posições de volume do meu smartphone, foi possível obter um som alto e satisfatório ouvindo “Otherside – Red Hot Chili Peppers”. Para mais conforto auditivo eu diria que a posição 11 seria ideal, agora, acima da posição 12 já considero que fica muito alto e que a pessoa possa ter risco de perda da audição.
No caso do Tin HiFi P1 as coisas mudam, o fone é um vampiro sugador de energia, e aí o T01 ficou devendo, posso colocar o volume mais alto (posição 15) e que ainda assim fico com a sensação de que o som não foi corretamente amplificado.
Distorção. Como havia citado mais acima, na segunda tentativa de usar o dongle no computador, isso é, sem a necessidade do Driver instalado, me equiparei com uma enorme distorção. Quando o T01 conectado ao notebook pelo USB, e usando o Tin HiFi P1, com 80% do volume a distorção era muito forte, na verdade eu que coloquei no volume de 80% mas não precisava porque eu já estava escutando a distorção muito antes com um volume até mediano. A distorção era tal que ficou inviável utilizar o produto conectado ao computador até mesmo pra uso somente como DAC.
Já no smartphone essa distorção não foi perceptível e o produto funcionou dentro do esperado, mas assim, aconteceu também de eu notar uma certa incompatibilidade em alguns momentos e o som ficava com ruído também, mas aí eu tirava e reconectava, e aí voltava ao normal, sem distorção. Infelizmente não sei como explicar isso porque pode ser sido algum problema durante a execução com outros processos dos aplicativos rodando em segundo plano.
Pra fazer a análise do som eu usei em comparação o DAC da minha placa de áudio do notebook e o T01 conectado ao meu celular. Gostaria de dizer também que a análise foi ouvindo Jack Johnson – Better Together, do álbum “In Between Dreams” (2005) em conjunto com o Tin HiFi T2 Plus.
Vamos começar pela região dos médios. O que notei foi que – com o T01 no celular – durante a execução da musica, a batida do violão nas cordas (quase que similar ao som de uma batida na caixa da bateria) estava se apresentando com uma sonoridade mais pronunciada, e que de certa forma causava até um pouco de incômodo se em volumes mais altos.
Então se essa batida do violão corresponde a uma porção mais característica da zona dos médios e médio-agudos, então essa região ao meu entender possui uma ênfase nesse dongle em comparação ao meu notebook (ou o meu notebook que possui uma suavização na região). Eu até achei que estivesse sendo enfatizado pelo Tin HiFi T2 Plus, mas não foi porque testei com outros fones pra “ver”.
As vozes ficaram com uma característica muito mais realística na placa de áudio do notebook do que no T01, acredito que na placa de áudio as vozes ficaram mais suaves, enquanto que no T01 elas ficaram um pouco mais secas. Eu coloquei no plural mas na verdade a análise foi de uma voz só, a de Jack Johnson.
Os graves eu achei ligeiramente um pouco mais elevados no T01 do que na placa de áudio do notebook, mas em síntese não teve alteração drástica como percebido no caso dos médio/médio-agudos.
Os agudos pra mim se apresentaram com um pouco menos de definição e brilho no T01, por exemplo, um prato de condução e o chimbal solto ficaram muito mais contidos e não deram aquela sensação brilhante e de preenchimento.
Outra característica que ressalto é a separação instrumental, que na placa de áudio do notebook teve um desempenho melhor colocando mais transparência e fazendo uma melhor articulação do posicionamento dos instrumentos.
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COMPARAÇÃO:
DD HIFI TC35


No momento eu não tenho mais o TC35 aqui comigo, mas o tive em conjunto com o T01 e fiz algumas comparações.
A nível de construção o TC35 leva um pouco de vantagem, o cabo é de prata banhado e com espessura maior, além de terem peças um pouco mais reforçadas e de melhor qualidade, como o ‘strain relief’ (redutor de tensão) por exemplo. Também é todo feito em metal, assim como o T01. Em termos estéticos, isso é bem subjetivo então não preciso acrescentar nada. Em termos de encaixe no USB-C do celular, o T01 leva vantagem, porque o TC35 é um pouco frouxo. E na entrada P2, o T01 também leva a melhor, porque o encaixe é mais firme, trazendo sensação de mais segurança.
Infelizmente o TC35 esquenta a superfície onde fica o lado do DAC/AMP (lado que tem o USB-C), não é nada de absurdo a temperatura mas é bem perceptível ao encostar a pele por exemplo, você realmente sente que está esquentando o produto.
O TC35 precisa da instalação do Driver pra uso em computador, e aqui funcionou perfeitamente no meu notebook após a instalação. Quanto ao T01 a questão do Driver já foi explicado anteriormente no texto na seção “aspectos físicos”.
Em termos de amplificação, os dois são basicamente a mesma coisa quando plugados ao celular, acho que o TC35 levava uma minúscula e microscópica vantagem, mas acho interessante nem considerar isso, então eu coloco os dois no mesmo patamar em termos de amplificação. Seguem basicamente a mesma premissa do T01 citado mais acima no texto, são relativamente boa soluções pra fones mais fáceis de empurrar.
O que mudou realmente foi só a sonoridade dos DACs. O DAC do TC35 é um Cirrus Logic CS42L42 e o do T01 é um Qualcomm WHS9415. Em termos de sonoridade eu confesso que o TC35 tem um som que é um pouquinho mais Warm (quente), com graves mais soltos, médios mais macios e agudos com uma pequena quantidade a mais de brilho.
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