HIDIZS AP80 PRO

>>Caso você seja novo aqui, recomendo que leia a página “Apresentação” deste blog<<

INTRODUÇÃO:

A Hidizs, fundada no ano de 2009, é uma empresa chinesa fabricante de produtos de áudio como, DAPs (Digital Music Players), IEMs, Dongles, DAC/AMPs adaptadores, Cabos bluetooth, e outros acessórios. A empresa ficou bem conhecida no Brasil por causa do DAC/AMP dongle Sonata HD, que foi um dos primeiros dongles a aparecer como solução à falta das entradas 3.5mm dos smartphones. O produto que eu tenho aqui hoje é o DAP Hidizs AP80 PRO.

O AP80 PRO custa $159 dólares. É possível encontrar um pouco mais barato na loja oficial da Hidizs no AliExpress, por volta dos $135 dólares. Esse DAP pode ser encontrado nas cores Preto, Azul, Cinza, Vermelho. Atualmente a empresa lançou um modelo em edição especial desse DAP nas cores Titânio, e Rosa Dourado, mas o que muda é só a cor, o hardware é o mesmo em todos.

Link da Hidizs:

https://www.hidizs.net/

https://pt.aliexpress.com/store/5578037

https://pt.aliexpress.com/item/4000916726086.html

ESPECIFICAÇÕES:

Configuração de HardwareProcessadorIngenic X1000
DACDual ESS ES9218P
Rádio FM4705
PedômetroKX126
TelaSamsung 2.45″ (480×360) IPS HD Touchscreen
Materiais do corpoLiga de alumínio CNC (Cor: Preto, Cinza, Azul, Vermelho)
Material traseiroVidro estereoscópico
Botão de Volume Potenciômetro Japan ALPS
Botões LateraisPlay/Pausa, Avançar, Retroceder
FPGA hardware DSDHBC3000
Capacidade Máx de Armazenamento512GB
Sistema OperacionalHiBy MusicHiBy OS 3.0
ConectividadeBluetoothBidirecional Bluetooth 4.2, suporta APTX e LDAC
Porta USB Tipo-C , Suporta bidirecional USB DAC
Controlamento Remoto Suporta HiBy Link
(Hiby App precisa ser instalado no smartphone ou tablet)
USB Audio (DAC)Suporta DSDDSD64/128/256
Suporta PCM384kHz/32Bit
Opções de SaídaSingle-Ended/Balanceada3.5mm, 2.5mm balanceada
Fones com MicrofoneCompatível
Sistema de EnergiaCarregamentoUSB-C
AlimentaçãoDC 5V/2A (recomendado)
Bateria800mAh 3.7V Bateria de polímero de lítio
Saída para fones: 8-11 horas de execução
Saída em linha: 6-8 horas de execução (a depender do uso)
Standby: 50 dias (a depender do uso)
Funções do PlayerGanho (Gain)High/Low (Alto/Baixo)
Filtros Digitais8
MSEB (equalizadores)10
S/Pdif DoPSuporta (USB Audio + Native)
Equalização8 EQs + EQ customizável
Modos de ExecuçãoEm sequência / Aleatório / Repetir uma vez / Repetir a lista
Funções do SistemaReset de fábricaPressionar e segurar o botão de Ligar/Desligar
Atualização do sistemaVia cartão MicroSD (formatação FAT32 somente)
ArmazenamentoEntrada para cartão MicroSD
Transferência de arquivosUSB-C – USB2.0
Saída 3.5mm (Single-Ended)Potência de Saída70mW+70mW@32Ω
Resposta de Frequência20-90kHz
Distorção Harmônica Total + Ruído (THD+N)0.0015% (1kHz)
Range Dinâmico115dB
Relação Sinal-Ruído (SNR)119dB
Separação de Canais (Crosstalk)70dB (1kHz)
Saída 2.5 mm (Balanceada) Potência de Saída190mW + 190mW@32Ω
Resposta de Frequência20-90kHz
Distorção Harmônica Total + Ruído (THD+N)0.0015% (1kHz)
Range Dinâmico116dB
Relação Sinal-Ruído (SNR)120dB
Separação de Canais (Crosstalk)98dB (1kHz)
Faixa de Impedância8-200Ω Ohms
Tempo de CarregamentoAprox. 1 hora
Tempo de execuçãoAprox. 8-10 horas ou mais
Color OptionsPreto Piano, Cinza, Azul, Vermelho,
Titânio, Rosa Dourado
Peso68g
Acessórios InclusosCabo USB-C< >MicroUSB,
Cabo USB< >USB-C,
Case de Silicone Protetora,
Manual,
Certificado de Controle de Qualidade,
Cartões E-gift e Serial,
Películas Protetoras (frente e fundo)

DISPOSITIVOS UTILIZADOS:

-FiiO FH3 na saída 3.5mm
-Tin HiFi P1 na saída 2.5mm
-Jaybird Vista (Bluetooth)
-EarFun Free Pro (Bluetooth)
-Notebook Dell Inspiron Realtek HDA (W10)


ASPECTOS FÍSICOS E FUNCIONALIDADES:

Pra essa parte da review eu pensei em pontuar as características por pequenos tópicos, porque se eu for fazer estilo parágrafo, e de cada item, a review vai ficar imensa. Outro detalhe é que esse produto possui uma gama muito grande de funções e configurações, então não será possível destrinchar ao total todas elas, irei tentar pontuar as cosias que mais me chamaram a atenção. Sendo assim, vamos a elas:

-O Touchscreen (controle por toques na tela) é bem responsivo.

-Não tem idioma em português, então eu escolhi inglês.

-O DAP não esquenta quando em uso, apenas um leve “morno” ao nível que não sai da normalidade. Quando em modo de carregamento da bateria, aí sim esquenta um pouco e fica perceptível ao toque, mas nada de preocupante.

-O Rádio FM só poder ser utilizado com um fone conectado à saída 3.5mm. A saída 2.5mm não serve de antena.

-Possui relógio digital para mostrar as horas na barra superior da tela principal e na tela de bloqueio.

-O DAP não possui acesso WiFi, ou seja, não é possível usar serviços de streaming (Spotify, Deezer, Tidal, etc).

-A construção e o acabamento são bem sólidos, e o design com as entradas 3.5mm/2.5mm e a entrada USB-C na parte de baixo do DAP eu considero muito bem acertada, para em caso a pessoa quiser até mesmo usar como DAC conectado a um smartphone.

-A barra de navegação de tempo da música é bem pequena e o “ponto” em que geralmente a gente arrasta é muito pequeno também (foto 6 no bloco “Interface”).

-O volume possui uma escala do 0 ao 100, a regulagem é feita por “clicks”, e cada “click” pode avançar em 1 ou 2 níveis de volume, depende um pouco da sensibilidade do manejo. Acredito que quem possui uma mão muito grande poderá enfrentar dificuldade pra aumentar o volume pelo potenciômetro.

-Uma alternativa é que você pode controlar o volume pelo touchscreen também, uma tela irá se sobrepor à tela principal com os números correspondentes, e daí você pode controlar o volume também deslizando o dedo sobre a tela.

-Você não vai conseguir aumentar/diminuir o volume com um dedo só, geralmente eu precisei usar o dedo indicativo e o polegar para fazer tal ação. Até é possível com um dedo só mas aí você precisaria colocar mais força que o normal, e isso poderia causar um mau funcionamento do botão num futuro.

-O DAP pode ser usado em modo DAC. É bem simples, não precisa instalar driver (no Windows 10), basta conectar o cabo USB/USB-C ao computador e selecionar no DAP a função “USB Drive” (Foto 3 do bloco “Interface”, imagem mais abaixo). O estranho foi que na tela ficou indicando “48.0KHz/24Bits” mesmo eu não tendo usado arquivos com essa configuração.

-Caso o DAP seja conectado ao computador por cabo USB (e que não esteja em modo DAC), a transferência de arquivos do PC pro DAP (pro cartão de memória inserido no DAP) é bem simples, assim que se conecta o DAP, (se ele estiver desligado ele vai ligar ao conectar o cabo), a pasta do Explorer se abre e você tem acesso aos arquivos.

-O carregamento das capas dos álbum tem um ‘delay'(atraso). Você vai rolando a tela e a capa dos álbuns demoram a carregar, geralmente carrega quando você para de rolar a tela.

-O consumo de bateria usando o FiiO FH3 na saída 3.5mm à 60% de volume do DAP, eu obtive um consumo de 7% em uma hora de execução (com a tela desligada). Vale ressaltar que o modo utilizado foi o “Low Gain”.

-O Consumo da bateria usando o Tin HiFi P1 na saída 2.5mm em uma hora de reprodução (tela apagada) e com o volume fixado em 90% (modo ‘High Gain’) foi de 21%. Já o mesmo teste porém mudando o modo para ‘Low Gain’, o consumo foi de 16%.

-O bluetooth não toma por completo o volume dos fones sem fios, ou seja, você tem dois volumes independentes, o volume do DAP e também o volume do fone (no caso eu usei 2 TWSs pra testar e ambos tiveram o mesmo comportamento). Sendo assim, creio que o ideal é colocar o fone no volume máx, e controlar o volume por completo pelo DAP.

-Esse Player pode ser utilizado como receptor ou transmissor de sinal bluetooth. Na função receptor, eu consegui enviar sinal via bluetooth do meu smartphone para o DAP, e pude escutar o que era tocado no meu smartphone. Na função de transmissor, eu só conseguir o básico mesmo, que é o pareamento com fones de ouvido.

-O consumo da bateria com o bluetooth ligado e ouvindo música com o EarFun Free Pro, eu obtive o 8% de consumo em uma hora de execução (com a tela desligada). O volume utilizado foi de 80% no DAP e 100% no fone.

-O DAP pode ser controlado remotamente pelo smartphone se você baixar o App da Hiby. É só ligar o bluetooth de ambos os dispositivos e fazer o pareamento. Eu fiz o controle remoto pelo meu smartphone e achei bem interessante.

-Quando controlado remotamente, percebi que as capas dos álbuns não são carregadas no smartphone, e o controle de volume pelo Hiby App também não mostra a escala numérica.


FOTOS DA INTERFACE:


ASPECTOS SONOROS:

Sempre ao avaliar um produto como esse em comparação a outro, é preciso ter muito cuidado porque as escalas de volume (e potência) não são iguais entre os dispositivos, então geralmente os testes não possuem muita validade científica em termos de precisão, a questão aqui é subjetiva ao modo como eu analisei, porém tentarei ser o mais preciso possível dentro da minha avaliação.

A primeira observação que faço é que, ouvindo a música “Que beleza, a beleza” de Paulinho Moska, a música começa exatamente com a palavra: “Que beleza”, mas se eu seleciono ela pra tocar, a execução começa depois de alguns milissegundos e acaba perdendo o início, tipo, já começa em “…beleza”, ou seja, perde o começo da música. Isso só acontece quando eu seleciono exclusivamente uma música qualquer. Isso não vai ocorrer com todas as músicas, isso é referente a quando se inicia uma faixa, por exemplo eu estiver escutando uma Playlist ou álbum de forma contínua, essa questão não irá aparecer. Eu mexi em praticamente todas as funções e não consegui fazer essa característica desaparecer. Parece ser realmente uma questão específica do aparelho.

Fazendo uma comparação com placa de áudio do meu notebook, eu percebi que a minha placa (DAC) de áudio possui ligeiramente mais agudos e mais palco sonoro (soundstage) em relação ao AP80 PRO. E foi somente isso que pude conseguir diferenciar entre a sonoridade dos dois dispositivos, pois tanto os graves como os médios, eu não percebi diferenças significativas, essas duas regiões citadas soaram de forma bem similar em ambos aparelhos.

A qualidade de áudio do AP80 PRO pra mim é ótima, eles usam o DAC da ESS, modelo ES9218P, e não tenho do que reclamar, analisando ele de forma independente (sem comparar a outro produto), o som é limpo, puro e transparente, zero ruídos ou distorções na reprodução dos IEMs mais convencionais. Os únicos artefatos encontrados foram os presentes nas gravações das próprias músicas, e aí não tem muito o que a gente possa fazer né, ele não vai fazer milagre na gravação de uma “Californication” de Red Hot Chili Peppers.

Amplificação na na saída Single-Ended. Utilizando o FiiO FH3 na saída 3.5mm, eu costumo variar entre 60% e 70%, pra mim já é satisfatório, eu não escuto música muito alto, mas essa faixa de volume é também uma zona não prejudicial à saúde dos ouvidos (neste aparelho e com esse fone). Acredito sim que outras pessoas vão colocar um volume entre 80% até os 90%, ou seja, já dá pra ver aí que essa saída consegue empurrar os IEMs mais comuns mas ela não é tão potente assim, tipo, comparado com a amplificação do meu notebook, o FH3 fica ali sempre entre 40% e 50% do volume.

O bom do produto é que se você vai precisar de algo que necessite de mais amplificação, ele conta com a saída balanceada. Tenha em mente que também não será tão simples porque você irá precisar adquirir um cabo balanceado 2.5mm, e isso já demanda um certo custo a mais.

Amplificação na saída Balanceada. Já na saída 2.5mm eu testei com o Tin HiFi P1. Primeiro eu testei o fone na saída 3.5mm, e depois eu troquei pra 2.5mm, na verdade eu tive que fazer isso algumas vezes e foi bem chato porque eu tive que ficar tirando e plugando conector MMCX. Então assim, na minha primeira audição, eu não senti muita diferença não, talvez eu estivesse com uma expectativa grande ou não estava muito concentrado. Mais algumas tentativas e realmente percebi um ganho na amplificação do sinal. Entretanto, para esse fone em específico eu achei que ficou bom, mas não me satisfez por completo. Isso tudo no modo ‘Low Gain’ com 90% do volume.

Daí eu experimentei testar o modo ‘High Gain’ (na saída 2.5mm ainda), e aí sim ficou com um ganho bem considerável. Na prática, usando esse modo de ganho elevado com o Tin P1 já seria o suficiente pra mim, porém, nem tudo são flores… Eis que em algumas músicas aconteceu que houve presença de distorção audível. Mas foi apenas quando no modo ‘High Gain’, porque no modo considerado “normal” (Low Gain) não teve isso. Como não sou especialista, não posso afirmar o porquê disso acontecer, só estou relatando o que eu presenciei.

Uma última observação que faço sobre esse aparelho é que eu presenciei uma pequena interrupção na reprodução da música assim que ligo o DAP e escolho uma faixa. É uma fração de segundo, só que é perceptível porque corta a música depois que ela já começou a tocar. Porém isso não é constante, tipo algo que sempre acontece, não, vai ter vezes que eu faço o mesmo procedimento ao ligar e não presencio essa característica, o que é estranho, porque não cria um padrão, então não posso atribuir isso de fato ao dispositivo.

Acho que pode ser a rapidez com que eu executo o comando, e também o tamanho do arquivo selecionado, talvez eu esteja enviando um comando mais rápido que o tempo de processamento do aparelho ao ser iniciado, porque a gente sabe que após a inicialização, alguns aparelhos ficam em processamento das informações em segundo plano.

Basicamente todos os arquivos testados foram em FLAC de 16 bits 44.1 kHz em um cartão SanDisk Ultra com pouco mais de 70GB de músicas nele (cartão específico apenas com músicas/álbuns em pastas no diretório principal).

Link demonstrativo no YouTube:



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