

















>>Caso você seja novo aqui, recomendo que leia a página “Apresentação” deste blog<<
INTRODUÇÃO:
A Radsone, ou também conhecida como Earstudio (Earstudio é como se fosse uma divisão dentro da companhia) é uma empresa Sul-coreana dedicada à fabricação de produtos de áudio Hi-End como: DAC/AMPs, Receptores/Transmissores Bluetooths, Softwares, fones intra-auriculares, e acessórios de áudio. A empresa tem como destaque o viés de fabricar produtos de áudio voltados para a portabilidade e soluções para o mercado de smartphones.
A empresa ganhou bastante visibilidade ao lançar o ES100, um DAC/AMP com Bluetooth e saída balanceada 2.5mm. O produto foi muito bem quisto pela comunidade audiófila. E dentre os outros produtos da empresa que estão sendo bem elogiados no momento, um deles é o HUD100 MK2, que será o produto que eu vou analisar aqui hoje.
O HUD100 MK2 é um DAC/AMP portátil com duas saídas 3.5mm, uma considerada padrão, e a outra – High Power – destinada aos fones mais difíceis de empurrar. O preço de comercialização do produto está em $139,99 dólares. É possível encontrar o produto com valores mais acessíveis hoje em dia, inclusive no próprio site da Earstudio, sempre vejo o site com descontos entre 25 a 30% off. A empresa também possui loja oficial no site de compras online Amazon.
O HUD100 MK2 é o sucessor do mesmo produto que foi lançado anteriormente como HUD100. Aparentemente não houve mudanças no hardware, a empresa apenas fez algumas alterações nos acessórios, mudou os cabos e adicionou a Case de proteção/Suporte para o smartphone.
Link da Earstudio:
https://www.amazon.com/dp/B08BWT2FB7
ESPECIFICAÇÕES:
- Entrada: USB-C
- Saída (3.5 mm, Padrão): 0.914 Vrms (1.29 Vp)
- Saída (3.5 mm, High Power): 2.26 Vrms (3.2 Vp)
- THD + N (Padrão): -105 dB (0.00056%)
- THD + N (High Power): -102 dB (0.00079%)
- Range Dinâmico (Padrão): 118 dB
- Range Dinâmico (High Power): 118 dB
- Amostragem: Até PCM 32-bit / 384 kHz, DSD128 (DoP)
- DAC chip: AK4377
- Computador: Mac OS 10.10 ou superior, Windows 7 (32-bit / 64-bit) ou superior
- Smartphone: iOS 10.3.3 / iPhone 6 ou superior, Android 6.0 ou superior
- Tamanho: 4.5 x 3.2 x 0.8 cm
- Peso: 21.5 g
- 1 Cabo (10 cm) USB-C para USB-C (OTG)
- 1 Cabo (12 cm) USB-A para USB-C
- 1 Case de proteção
- 2 clips de fixação para a Case de proteção
- 2 adesivos 3M dupla-face
- Guia de instalação da Case de proteção
- Manual do usuário
DISPOSITIVOS UTILIZADOS:
- Audiosense DT200
- Tin HiFi P1
- Hidizs AP80 Pro
- Motorola Z3 Play
- Dell Inspiron Realtek HDA (W10)
ASPECTOS FÍSICOS:
Não tem como não começar falando desse produto e não iniciar relatando o tamanho dele. Sem dúvidas é o primeiro ponto mais perceptível ao fazer o unboxing do produto. Eu fiquei bem surpreso com o tamanho porque é muito pequeno mesmo. A gente vê por foto, vídeo e não tem muita dimensão do quão pequeno ele é.
Em termos de construção e acabamento o produto é muito bom, eu confesso que não consegui distinguir se foi fabricado em metal ou plástico, aparentemente parece que a parte superior é feita em metal e a parte de baixo é feita em plástico(?) Pelo peso e pelo toque no produto, a parte de cima parece ser de metal, mas não vou dar confirmação.
Uma coisa que não me agradou muito na construção do produto foi que os botões de switch são de plástico e eles fazem ruído se você balançar o produto. Quando eu peguei o produto pela primeira vez eu ouvi um barulhinho e estranhei achando que era alguma coisa solta lá dentro, mas depois percebi que na verdade eram os botões de switch balançando, ou seja, eles não estão 100% firmes com o encaixe no espaço em que eles estão colocados.
A superfície considerada como a parte de cima do produto é a que possui um LED indicativo, mas se você inverter a posição – pois ele pode ser utilizado de “cabeça pra baixo” também – não tem problema algum, a única coisa que vai mudar é só a posição das saídas e a orientação da chave, mas, a soma dos fatores não altera o produto. Talvez faltou uma especificação indicando em qual modo está ali no botão de switch, quiçá uma pintura/desenho diretamente no produto cairia melhor. Até existe sim essa informação, porém fica ou na caixa do produto ou no manual do usuário, ou seja, você meio que tem que decorar de cabeça qual é qual ali entre os três modos. Mas é tranquilo por que são só três opções, dá pra memorizar.
O produto possui duas saídas 3.5mm, uma considerada a saída padrão ou convencional, e outra saída denominada de H-P (High Power) ou ‘de maior potência’, dedicada aos fones mais exigentes. As especificações informam que a saída padrão possui 0.914 Vrms ou 1.29 Vp, e a saída H-P (High Power) 2.26 Vrms ou 3.2 Vp. Eu usei uma calculadora de medidas para encontrar os valores em MiliWatts e o resultado foi: Saída Padrão 52mW @16 ohms, e Saída H-P (High Power) 320 mW @16 ohms. Eu também vi na review do “Soundphile” e os valores se aproximam disso. Evidentemente eu não sou especialista nessa área, então não tomem essa informação ao pé da letra.
PS: As duas saídas não trabalham ao mesmo tempo, você pode conectar dois fones porém apenas uma irá sair o som, nesse caso a saída H-P (High Power) é a secundária.
Led indicador. O produto possui um LED indicador que muda de cor de acordo com a taxa de amostragem (sample rate) em que o arquivo está sendo reproduzido. Verde 44.1kHz, Azul 48kHz, Azul piscina (Ciano) 88.2/96kHz, Vermelho 176.4/192kHz, Amarelo 352.8/384kHz, Branca DSD64/DSD128.
Na teoria, isso seria o aplicável, porém na prática aqui comigo, o LED não representou de maneira correta as cores das taxas dos arquivos que eu executei. No notebook assim que eu conecto ele já entra na luz Verde, e sem nenhum arquivo sendo executado – até aí ok – daí eu coloco um arquivo em 44.1kHz e ele muda pra luz Azul. Em tese era pra continnuar na luz Verde. O player utilizado foi o VLC.
No smartphone também ao conectar já entra na luz Verde – até aí ok – daí ao reproduzir um arquivo em 44.1kHz ele muda de cor para Ciano (Azul Piscina). Quando eu coloco em um arquivo em 48kHz ele permanece em Azul Piscina, só que na teoria era pra ele ficar apenas Azul. Eu também usei o VLC App pra celular. Para que não levantasse suspeita sobre o Player de música, eu utilizei com um Player genérico e os acontecimentos continuaram os mesmos.
Todos os arquivos de música foram analisados com o Spek e com o Lossless Audio Checker, e todos estavam limpos e de acordo com as taxas de amostragem informadas.
Observação: Eu não fiz testes com MQA, e também em nenhum lugar do produto, seja na caixa, no manual ou no site, diz que o produto é compatível com MQA.
A empresa disponibiliza o software de atualização do firmware na página do produto, caso a pessoa tenha uma versão mais antiga do Windows ou tenha a primeira versão do produto, o HUD100. A empresa afirma no site que todos os HUD100 MK2 estão com a última atualização de firmware disponível instalada no produto.
A conectividade com o Windows 10 foi bem tranquila, não precisei fazer absolutamente nada, pluguei o produto na entrada USB do meu notebook e de instantâneo o aparelho foi reconhecido. Não precisei nem fazer a troca dos dispositivos ali na bandeja de configurações de som, porque assim que conectei, o HUD100 MK2 já entrou como dispositivo principal de som e tomou o controle da saída de som. No smartphone o processo foi o mesmo e também não obtive nenhum problema de reconhecimento do dispositivo.
O consumo de bateria do celular com o fone Audiosense DT200 na saída padrão foi de 8% em (1) uma hora de reprodução, com a tela desligada e o WiFi desligado (modo avião). O volume ficou em 10 numa escala de 15 níveis do volume do Android. O celular possui uma bateria de 3.000mAh.
Já o consumo de bateria do celular com o fone Tin HiFi P1 na saída H-P (High Power) foi de 12% em (1) uma hora de reprodução, com a tela desligada e o WiFi desligado (modo avião). O volume ficou em 12 numa escala de 15 níveis do volume do Android. Mesmo celular com bateria de 3.000mAh.
Com relação a aquecimento do produto, em uma hora de execução com o Audiosense DT200 na saída Padrão – conectado ao smartphone – não houve sinal de aquecimento demasiado. Não ficou como se estivesse com a mesma temperatura de como desligado, porém o que pude constatar foi um leve e quase imperceptível aquecimento.
O aquecimento do produto em uma hora de execução com o Tin HiFi P1 na saída H-P (High Power) – conectado ao smartphone – ficou um pouco mais aquecido do que o descrito no parágrafo acima, ou seja, pra mim foi muito pouco, totalmente dentro do aceitável, e olhe que eu sou chato com essa questão. Já usei dongles que não tinham a potência que tem o HUD100 MK2 e esquentava bem mais. PS: a medição foi no tato, então possa ser que tenha rolado até um placebo aqui da minha parte.
Embora o produto possa ser utilizado em mais de uma maneira (notebook ou smartphone), eu avalio que pra notebook/computador ele tenha características um pouco melhor, e sendo assim, acho que faltou a empresa colocar um botão de Liga/Desliga, porque se por exemplo eu quiser deixar ele conectado direto no meu notebook, ele vai ficar ligado o tempo todo, pra desligar eu tenho que desconectar o cabo da porta USB, acho que um botão discreto seria bem vindo.
Cabos. Os cabos foram bem escolhidos, um USB-C<>USB-C, e um USB>USB-C, quanto a isso, acredito não haver problema. Agora, a grande observação que faço é que o material deles – embora bastante resistentes – podem enviesar a posição em que o produto vai permanecer. Tipo, usando numa saída USB do notebook, o cabo tem uma rigidez que não permite você “escolher” onde quer deixar o produto, ele vai meio que sair na direção da porta USB, isso é, sair para as laterais notebook (na grande maioria dos casos é onde ficam as portas USB).
Para o celular é a mesma coisa, apesar de que para o celular existem duas opções, uma é usando o produto como um dongle (o que não fica muito interessante devido a geometria do produto), ou usando a Case de suporte e fixar o produto atrás do celular.
Penso que seria interessante se a empresa utilizasse os cabos com material em Paracord (Microcord), porque aí daria muito mais flexibilidade para que as pessoas pudessem direcionar o produto da forma que melhor lhes convém. Já é até possível ver algumas empresas buscando esse tipo de material para utilizar nos acessórios em conjunto com os produtos.
Case de proteção. A Case de proteção na verdade é mais efetiva para o produto ser anexado ao celular, como um suporte pra fixar o produto no fundo do celular. Ele vem com uma espécie de adesivo que não utiliza cola na composição, é como se fosse uma gelatina, desses de estilo novo que dá pra reutilizar se lavar.
Eu testei aqui no meu celular e achei que o suporte até funciona, porém é uma solução meio “engenhoca”, porque tem uma peça (com duas setas desenhadas) que você encaixa na Case e depois disso ela não solta mais de tão bem encaixada… é mais fácil o adesivo soltar do que a peça, então na prática era pra ficar só essa peça presa ao celular e você retirar a Case do fundo do celular, só que não foi isso que aconteceu aqui comigo.
ASPECTOS SONOROS:
Dizem que a primeira impressão é a que fica né, pois bem, a primeira vez que conectei o HUD100 MK2 no notebook e pluguei um fone, foi muito surpreendente, eu fiquei abismado de como um produto tão compacto como esse poderia trazer tamanho benefício em qualidade de áudio pro meu notebook e pro meu smartphone.
O HUD100 MK2 conta com (3) três modos de “filtro/equalização”: Bypass, DCT e Dynamic.
-Bypass: Seria o equivalente ao modo puro, sem sem adição de nenhum filtro.
-DCT: Seria um filtro que se “aproxima” de um som mais analógico.
-Dynamic: Seria a união do DCT + um boost nos graves.
Em termos de diferenças entre esses 3 modos, eu fui trocando o modo com a música em execução e sinceramente entre o modo Bypass e o DCT, eu não consegui distinguir nenhuma diferença audível. Já no modo Dynamic foi possível sentir uma leve e sutil presença a mais nos graves.
Pra mim em qualquer um dos 3 modos aqui eu escuto de boas tranquilamente sem me preocupar. Objetivistas talvez prefiram o modo Bypass, e quiçá os subjetivistas prefiram os outros modos… Enfim, recursos são sempre bem vindos, quanto mais for para atender a complexidade humana, melhor.
Antes de passar para a parte da amplificação do produto, eu gostaria de relatar que o produto comigo foi utilizado de duas forma: conectado ao notebook e conectado ao celular. Eu percebi que quando conectado ao notebook, o desempenho foi melhor que quando conectado ao celular. Com o notebook me pareceu que o som ficou mais “forte” e intenso, como também eu precisei dispor de menos volume pra atingir uma sonoridade que com o celular, mesmo abrindo o máximo, eu não consegui.
Amplificação na saída Padão (Standard). Com o Audiosense DT200 – conectado ao notebook – só foi preciso de 40% de volume pra que eu atingisse a satisfação com esse IEM. Rodou tranquilo, e esse é um fone que no celular eu tive um pouco de dificuldade pra empurrar ele, mas também, aliou a baixa capacidade de amplificação do celular com o DAC interno que já não é lá essas coisas… Com o HUD100 MK2 tanto a amplificação como a qualidade do som foram elevadas consideravelmente, e eu nem precisei plugar o DT200 na saída H-P (High Power), não houve necessidade.
Amplificação na saída H-P (High Power). Com o Tin Hifi P1 – conectado ao notebook – enfim eu consegui uma boa amplificação pra esse IEM que é um vampirinho. Eu fiz uma breve comparação entre o som da placa de áudio do meu notebook e o HUD100 MK2 na saída H-P (High Power), e o que concluo é que, pela placa de áudio do notebook com o volume em 70%, o som fica mais frio, mais “anêmico”, e bem ao fundo eu presenciei um chiado/ruído. Já com HUD100 MK2 e com os mesmo 70% de volume, o som mudou da água pro vinho, mais encorpado, graves notavelmente mais presentes, e som muito mais transparente, sem chiado ao fundo.
Eu escuto som numa zona mais confortável e poderia até ficar com 60% que já estaria bom, mas coloquei em 70% que pra mim ficou num nível ótimo, ou seja, ainda restam aí mais 30% de sobra pra quem achar que precisa de um pouco mais de volume. Essa porcentagem é a escala de volume do Windows 10, até porque o produto não possui botão para regulagem do volume.
A qualidade de áudio do HUD100 MK2 pra mim é excelente, eles usam o DAC da Asahi Kasei Microdevices (AKM), modelo AK4377, e até aqui eu só tenho a elogiar o produto. Analisando ele de forma independente (sem comparar a outro produto), o som que é proporcionado pelo aparelho é muito limpo, puro e transparente, sem adição de artefatos, ruídos ou distorções durante a reprodução das músicas.
Sempre ao avaliar um produto como esse em comparação a outro, é preciso ter muito cuidado porque as escalas de volume (e potência) não são iguais entre os dispositivos, então geralmente os testes não possuem muita validade científica em termos de precisão, a questão aqui é subjetiva ao modo como eu analisei, porém tentarei ser o mais preciso possível dentro da minha avaliação.
Comparando o HUD100 MK2 ao Hidizis AP80 Pro em questão de sonoridade – claro, são produtos completamente distintos, com implementações distintas – ambos são excelentes produtos, diferenças entre eles são bem difíceis de pontuar, eu diria que no HUD100 MK2 eu percebi uma ínfima a mais de amplitude e definição do som, e foi só, agora bem complicado até de dizer isso porque a amplificação é que pode estar fazendo essa diferença de um produto pro outro, isso porque no HUD100 MK2 o volume ficou em 40% e no Hidizs AP80 Pro eu precisei colocar em 75% pra que pudesse ficar “equivalente”. O HUD100 MK2 eu rodei conectado ao notebook e na saída Padrão, e o Hidizs AP80 Pro eu rodei direto da bateria interna do DAP e utilizei a saída 3.5mm SE. O fone utilizado nesse teste foi o Audiosense DT200.
Uma observação que faço é que presenciei uma espécie de “pop” ou um som próximo a um pequeno estalo ao conectar o produto no celular, mas é bem discreto, não incomoda, mesmo estando com o fone já conectado ao ouvido. No notebook não presenciei tal fato.
Por último, um alerta, o produto tem duas entradas semelhantes em termos físicos, porém em termos sonoros elas se diferem, então, é preciso ter atenção na hora de plugar e dar o play na música, porque geralmente a configuração do volume pode ficar salva da última vez que você usou o produto… Usando ele no meu notebook e com o Tin P1, eu deixo o volume em 60%, se eu tirar e colocar um KZ por exemplo, já viu né.
Tutorial de instalação da Case de proteção:
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