TIN HIFI T2 PLUS

>>Caso você seja novo aqui, recomendo que leia a página “Apresentação” deste blog<<

INTRODUÇÃO:

A TIN HiFi, anteriormente também conhecida como TIN Audio, é uma empresa chinesa especializada na fabricação de fones de ouvido intra-auriculares e acessórios de áudio. A empresa ganhou fama rapidamente com o modelo T2 e também fez um enorme alarde na comunidade audiófila ao lançar o Tin P1, fone com driver planar magnético de preço mais acessível. O modelo que eu vou avaliar aqui é o T2 PLUS.

O T2 PLUS começou a ser vendido no ano de 2020 pelo preço de $59 dólares. Também é possível encontrar o mesmo fone por $49 ou até menos, quando com cupons de descontos, ou épocas promocionais do AliExpress.

Link da Tin HiFi:

http://www.tinhifi.com/

https://tinhifi.aliexpress.com/store/912323289

https://pt.aliexpress.com/item/1005003145756235.html

ESPECIFICAÇÕES:

Driver Dinâmico único de 10mm.
Frequência: 10Hz-20kHz
Sensibilidade: 104±3dB @1kHz 0.126V
Impedância: 32Ω±15%
Distorção máxima: 1% @1kHz 0.126V
Potência nominal: 3mW
Potência máx: 5mW
Plugue: 3.5mm
Cabo: 1.25m (22/0.06AS esmaltado prateado+200D Kevlar)*4, Cabo em PVC transparente.
Conectores: MMCX banhado a ouro.
Cor: Aço inoxidável

ASPECTOS FÍSICOS:

Cabo. Cabo banhado a prata chama atenção, não é verdade? Além da beleza, a qualidade também é muito boa se comparar o preço do fone pra o nível do cabo que veio. Esse tipo de cabo geralmente sempre fica um pouco embaraçado, coisa pouca, mas se enrolar ele direitinho na mão antes de guardar, já melhora a experiência de uso imediato pra próxima vez.

Os earhooks (gancho de orelha) são pequenos e precisos, tem um tamanho satisfatório pros meu ouvidos. Eles não são muito rígido, tem lá sua maleabilidade. Algumas pessoas não gostam de earhooks rígidos porque pode ficar um pouco apertado envolta da orelha, aí é de gosto, eu prefiro um pouco mais rígido que esse do T2 Plus, acho que o fone fica mais estável, mas esse do T2 Plus já é melhor do que o do Tin HiFi P1, por exemplo.

A peça que ajusta o tamanho (chin slider) não é das melhores, ela até consegue um pouco de ‘grip’ mas acho que no geral ela pode acabar não entregando o que se espera desse tipo de recurso.

Eartips. Um pacote não tão variado mas eficiente. Um par apenas de Foamtips (tamanho único) e um tipo apenas de silicone, nos tamanhos P/M/G (dois pares cada tamanho). Começando pelas Foams (de espuma), eu acho que a cor não é adequada porque logo logo elas vão ficar com aspecto de sujas. Pra mim elas não tem serventia porque eu não uso mais Foamtips. As de silicone eu achei bem interessante, não precisei nem experimentar todos os tamanhos, coloquei a ‘M’ e pronto, bom isolamento e em termos sonoros pra mim foi satisfatório. A análise então será feita com base nessa eartip de silicone tamanho ‘M’.

Conforto. Sempre fui muito curioso em saber qual o som do T2 (versão normal) mas devo dizer que aquele formato cilíndrico não me enche os olhos, sempre achei que os fones precisam de uma certa angulação de entrada. Já no T2 Plus a coisa é diferente, eles mudaram o design e pra mim eles acertaram.

O conforto do T2 Plus é muito bom, o fone é todo feito em metal e tem aquela sensação mais gelada ao toque, e que pra mim não causou irritação ao primeiro contato com ouvido. Isso é meio relativo, eu moro numa região mais quente do país, então numa região mais fria ou quem use em ambiente com Ar-condicionado, talvez sinta um pouco de desconforto ao colocar o fone.

A superfície da ‘Shell’ é bem lisa, bem curvilínea, não tive pontos que causassem incômodo, a única observação que faço é na parte frontal, que não é muito anatômica e eu acho que eles deveriam ter dado uma afinada nessa parte, pois há sim uma leve pressão no ‘trago’ da orelha.

Quanto ao peso, não é nem pesado nem levíssimo, tem um peso que eu considero ótimo porque se for pesado demais causa desconforto durante a audição, e se for leve demais passa impressão de ser um fone peba.

Encaixe. Gostei bastante do encaixe, não tive nenhuma surpresa, encaixo rápido e não preciso ficar ajeitando muito, dou um mínimo de ajuste só pra dar aquela “assentada” e pronto, não preciso ficar mexendo, ele fica bem estável. O fone também é bem discreto no sentido de não deixar nenhuma superfície protusa aparecendo pra fora do ouvido.

Um detalhe sobre os acessórios do Tin T2 Plus é que não veio nenhuma ‘Case’ pra guardar o fone, no máximo a própria caixa se transforma numa opção, porque vem com uma parte interna com um material aveludado. Em último caso funciona pra guardar o fone, mas não é muito portátil ou resistente.

ASPECTOS SONOROS:

O Tin HiFi T2 Plus possui uma questão bem interessante quanto à assinatura sonora. Eu particularmente considero ele como sendo Neutro – Pra Frente (Neutral – Forward Sounding), mas a maioria das reviews que vi, o pessoal sempre o colocava como “balanced” (equilibrado), mas eu tendo a divergir um pouco porque, pra mim, se é equilibrado, então teoricamente esse fone deveria ir bem com uma gama maior de estilos musicais, e não foi bem isso que eu percebi aqui com esse fone, claro, isso é pela minha perspectiva. Veremos isso no decorrer do texto.

Vamos começar pelas vozes. Eu achei que as vozes nesse fone são de ótima projeção e transparência, não senti sensação de recuo, pelo contrário, são bem pra frente e é algo de destaque nesse fone. Acho que esse fone tem um timbre que tende mais pro agudo, então vozes femininas ganham uma ligeira vantagem, mas as vozes masculinas também ficam muito boas, não há grande discrepância na apresentação entre uma ou outra, apenas um leve encaixe melhor com as femininas.

Uma observação que faço é que notei uma pequena presença de sibilância na execução das vozes, não é aquela sibilância que estraga um fone, mas pra mim foi perceptível, tipo, dos poucos fones que eu testei, esse até agora foi o que eu mais presenciei essa característica, assim como também notei uma presença de silvos. Essa característica não foi geral, do tipo algo que ocorreu em todas as músicas, mas na ocasião, pra mim, soou um pouco fora do que eu consideraria o desejável.

A região dos agudos eu achei que possuem bastante presença, sinto como se o T2 Plus me desse uma bandeja bem completa, como se a apresentação me permitisse ouvir tudo que vem dos médio-agudos pros agudos, e tudo isso com uma energia considerável.

Eles não possuem nenhuma sensação de pico ou estridência, disso o fone tá livre, porém não acho que seja uma região de muita suavidade, às vezes sinto que soa um pouco “agressivo”, e em algumas músicas, um Chimbal de bateria por exemplo, corta um com aquela sensação mais seca/ríspida. Pros meu ouvidos, obviamente.

São agudos bem detalhados e que trazem bastante informação para as músicas, tem brilho mas não chegam a soar brilhante demais. Em matéria de extensão, eu achei boa a capacidade, consegue se manter nas notas mais altas.

Pra mim, a única região que não me agradou nesse fone foi a região dos graves. Não me considero um “basshead” (não gosto do termo mas serve pra fazer alusão), porém gosto de grave quando a música pede um destaque nos graves, tipo, como é que escuta uma música eletrônica sem grave? Tudo bem isso é subjetivo, mas pra mim, e para o gênero musical citado, eu entendo que precise de um pouco mais de ênfase na região.

Então os graves eu achei uma região mais contida, a quantidade é moderada, embora em termos de qualidade tenha suas virtudes, é bem limpo e definido, não soa abafado ou estrondoso, pra quem quer uma apresentação em que o grave não entre nos médios, esse fone pode ser uma opção.

O T2 Plus tem atividade no sub-grave, porém eu acredito não ser muita, há uma queda (Roll Off) nessa região mais baixa do fone, o que o faz não ter uma melhor capacidade de extensão.

Palco sonoro. A sensação de palco sonoro eu descreveria como “média”, assim, eu não acho que passa muita sensação de espacialidade ou amplitude, mas existem fones que o palco sonoro é muito compacto ou quase zero, não é o caso aqui.

Separação instrumental. Achei que nesse quesito foi de média pra boa, principalmente falando de um fone com apenas um Driver Dinâmico. Eu considero que o T2 Plus fica ainda algumas posições a baixo do Tin P1 nesse quesito, mas consegue ter uma boa capacidade de separação instrumental (lembrando que isso pode variar também de acordo com a gravação e outros processos durante a produção da música).

Amplificação. Fone fácil de empurrar e não necessita de amplificadores dedicados, claro que se você já tiver algum recurso a mais, ótimo, se não pode ficar despreocupado com isso. Aqui na minha placa de áudio do notebook eu escuto entre 40%-50% e já fica de médio pra alto (escala de volume do Windows 10).

Driver flex. O T2 Plus é um fone de único Driver Dinâmico por lado, e felizmente ele – até o momento – passou no teste e não apresentou nenhum sinal de Driver flex, ou seja, Driver flex free!

ASPECTOS MUSICAIS:

Com relação aos estilos musicais que pude testar, esse fone pra mim segue a mesma linha do Tin P1, é um fone exclusivamente pronto pra o estilo Jazz. Sem dúvidas que é o melhor gênero musical pra esse fone.

Música Clássica também eu achei que ficou muito bom, violinos, pianos, ficaram excelentes, talvez esse fone seja uma solução mais em conta ao P1.

Bossa Nova, houve algo interessante, as vozes ficaram com mais destaque do que o violão, por exemplo. Num contexto geral é possível se agradar com a sonoridade.

MPB ficou bom, uma apresentação bem uniforme, sem altos e baixos, pelo menos pra o que eu pude ouvir com esse fone.

Honestamente pra Rock eu achei que faltou uma “pitada” a mais de grave, mas isso é o meu gosto pessoal, mas eu escutei as músicas do gênero e não achei que estavam ruins, então pra quem tá procurando um fone pra ouvir Rock com um grave mais contido, o T2 Plus pode ser esse fone. POP segue a mesma premissa do Rock.

Blues segue um pouco a linha do que eu disse pra Rock, e ainda acho que ficou até melhor, essa questão do grave não me incomodou.

Quem ouve Axé sabe que o ritmo precisa de energia, principalmente na região dos graves, até por causa da quantidade de instrumentos percussivos, então pra mim não combinou.

Sertanejo a apresentação ficou um pouco enfadonha, na minha opinião. Aí entra forte a questão do gosto, mas sinceramente já não é um estilo que eu escuto e esse fone não contribuiu pra melhorar.

Forró ficou brilhante a apresentação. A baixa percepção da Zabumba por exemplo é crucial para eu achar que não combinou com o estilo, agora bem verdade tanto o Triangulo como o Acordeom ficaram bons.

Samba, praticamente não dá pra ouvir o Rebolo, o Baixo ou o Surdo marcando, então pra mim não combinou. Agora, os instrumentos de frequência aguda, aí sim ficaram com bastante definição e detalhamento.

Pagode, achei até melhor que Samba, porque os caras sempre colocam mais quantidade nos graves do que no Samba, mas nem todas as músicas ficaram boas, então não dá pra tentar a sorte de achar “a gravação” que case com o fone.

Quando eu fui ouvir Hip-Hop chegá eu dei risada da falta de grave. Música Eletrônica, Reggae, Rap e Metal segue a mesma premissa de Hip-Hop.

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Gosto é subjetivo, então aqui vai a lista dos estilos musicais que eu achei que combinaram mais com esse fone. Lembrando que foram apenas alguns gêneros testados e alguns poucos artistas. Se eu coloquei que combinou com tal estilo e outro não, não significa que você não possa ouvir o seu gênero musical preferido com este fone e adorar. Então, aí vai:

MÚSICAS TESTADAS:

Dire Straits – Sultans of Swing
Jack Thammarat – Back to the Start
Slayer – Angel of Death
Pantera – The Great Southern Trendkill
Deicide – Once Upon the Cross
Entombed – Left Hand Path
Immortal – Norden on Fire
Mayhem – Freezing Moon
Dimmu Borgir – In Death’s Embrace
Iron Maiden – Aces High
Angra – Carry On
Korn – Freak On a Leash
Slipknot – Left Behind
Paramore – Monster
AC/DC – Moneytalks
KISS – Heaven’s On Fire
Scorpions – Rock You Like a Hurricane
Jethro Tull – Locomotive Breath
Pink Floyd – Time
The Rolling Stones – Wild Horses
Queen – I Want to Break Free
Kings of Leon – Supersoaker
Red Hot Chili Peppers – Californication
The Strokes – You Only Live Once
Coldplay – Viva La Vida
Charlie Brown Jr – Lutar Pelo Que é Meu
Sade – Cherish The Day
Eric Clapton & B.B. King – Ten Long Years
Clube de Patifes ft. Luiz Caldas – Hey Mama
Stevie Ray Vaughan – Pride and Joy
Gary Clark Jr – Catfish Blues
Jimi Hendrix – Little Wing
Kenny G – Songbird
Boney James – Full Effect
Dave Holland Quintet – Prime Directive
Kenny Wheeler – Seven Eight Nine (part 1)
Keith Jarrett Trio – You’ve Changed
Diana Krall – Where or When
Enya – May It Be
Loren Allred – Never Enough
Bob Marley & The Wailers – Is This Love
Edson Gomes – Malandrinha
Adão Negro – Louco Louco
Gregory Isaacs – Cool Down The Pace
Diamba – Miscigenação
Skrillex – Scary Monsters And Nice Sprites
Armin van Buuren – This Is What It Feels Like
The Timewriter – Tenda Count
Alok – Piece of Your Heart (remix)
Hardwell feat. Amba Shepherd – Apollo [Mix Cut]
Tom Jobim – Desafinado
João Gilberto – Sampa
Roberto Menescal & Andrea Amorim – O Barquinho
Caetano Veloso & Maria Gadú – O Quereres (ao vivo)
Gilberto Gil – Aos Pés da Cruz (ao vivo)
Djavan – Pecado (ao vivo)
Chico Buarque – Renata Maria (ao vivo)
João Bosco – Mano Que Zuera
Vanessa da Mata ft. Ben Harper – Boa Sorte/Good Look
Ed Motta – Minha Casa, Minha Cama, Minha Mesa
Ney Matogrosso – O Tempo Não Para
Rita Lee – Doce Vampiro
Lenine – Martelo Bigorna
Kid Abelha – Como Eu Quero
Negra Li – Venha
Luiza Possi – Over The Rainbow
Michael Jackson – Beat It
Madonna – Like a Virgin
George Michael – Careless Whisper
Daft Punk – Give Life Back to Music
Adele – Rolling in The Deep
Geraldo Azevedo – Chorando e Cantando
Dominguinhos – Preciso do Teu Sorriso
Flávio José – Tareco & Mariola
Alcymar Monteiro – Lindo Lago do Amor
Fernando e Sorocaba – Vendaval/Bala de Prata (ao vivo)
César Menotti & Fabiano – Só Mais Uma Verdade
Paula Fernandes – Jeito do Mato
Zezé Di Camargo & Luciano – O Defensor (ao vivo)
Diogo Nogueira ft. Hamilton de Holanda – Salamandra
Paulinho da Viola – Onde a Dor Não Tem Razão
Luiz Melodia – A Voz do Morro (ao vivo)
Jorge Aragão – Coisa da Pele (ao vivo)
Mart’nália – Cabide
Mumuzinho – Eu Mereço Ser Feliz (ao vivo)
Pixote – Coisas do Amor/Você Pode (ao vivo)
Harmonia do Samba – Molejinho
Sabotage – País da Fome: Homens Animais
Emicida – Rotina
Eminem – Lose Yourself
Filipe Ret – Neurótico de Guerra
The Weeknd ft. Daft Punk – Starboy
Chiclete com Banana – Meia Lua Inteira (Capoeira Larará)
Ara Ketu – Ara Ketu Bom Demais
Banda Eva – Beleza Rara
Filhos de Jorge – Vai Que Cola “Melanina”
Vivaldi – Violin Concerto in E Major, RV 269, No. 1, Spring: I. Allegro
Tchaikovsky – The Nutcracker, Op. 71, Act 2: No. 13 Waltz of the Flowers
Mozart – Serenade in G Major, K. 525 “Eine kleine Nachtmusik”: 1. Allegro
Chopin – “Grande valse brillante” in E-Flat Major, Op. 18

Link da Playlist:

Gráficos por Crinacle.com:

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