JAYBIRD VISTA 2

>>Caso você seja novo aqui, recomendo que leia a página “Apresentação” <<

INTRODUÇÃO:

A JAYBIRD é uma empresa Norte-americana sediada na cidade de Park City (UT) que fabrica exclusivamente fones de ouvidos bluetooth. A empresa tem como viés central a produção de fones voltados para a prática de atividade física. Atualmente a Jaybird pertence à Logitech, empresa bastante conhecida pela fabricação de acessórios de informática, áudio, vídeo, dentre outros.

Da Jaybird, eu já tive a oportunidade de ouvir os modelos: X3, TARAH, e o VISTA (os dois últimos com review aqui no site). O X3 pra mim foi o fone de ouvido intra-auricular bluetooth com melhor grave que já pude escutar até hoje. Uma pena que era um modelo que ainda tinham cabos conectando os falante, e pouco tempo depois a empresa começou a voltar sua produção apenas para fones TWS – TrueWireless (totalmente sem fios). Hoje eu vou analisar mais um modelo da empresa, o JAYBIRD VISTA 2.

O VISTA 2 foi lançado no ano de 2021 e é tido como uma atualização do modelo anterior (VISTA). O fone está sendo comercializado pelo preço de $199,99 dólares (USD). O produto foi lançado nas cores, Black (preta), Midnight Blue (azul petróleo), e Nimbus Gray (cinza claro). A Jaybird sempre lança outras cores ao longo do tempo, inclusive em edições especiais.

Link da Jaybird:

https://www.jaybirdsport.com/en-us

https://www.jaybirdsport.com/pt-br

https://www.logitechstore.com.br/jaybird


ESPECIFICAÇÕES:

ÁUDIO
  • Tipo: in-ear
  • Isolamento: Passivo e ativo (ANC)
  • Impedância: 23 Ohm ±15% a 1 KHz
  • Sensibilidade da caixa de som: 103.5 ±1.5 dB a 1 KHz
  • Saída: 12 mW RMS (com limite de nível)
  • Distorção harmônica total <3% (1KHz, 1mW)
  • Formato de áudio: Estéreo 16 bits
  • Codec bluetooth: SBC e AAC
  • Largura de banda: 20 Hz – 20 kHz
  • Tamanho do driver: 6 mm
BLUETOOTH
  • Versão do Bluetooth: 5.0
  • Faixa de frequência: 2,4 GHz
  • Perfis: Mãos livres, Headset, A2DP, AVCRP, SPP
  • Alcance sem fio: Alcance padrão classe 2 10 m/33 pés
MICROFONE INTEGRADO
  • Tipo: MEMS, onidirecional
  • Sensibilidade: -38dB +- 3dB (condições de teste: 1 KHz, 0 dB = 1 V/Pa)
CERTIFICAÇÃO IP
  • (Fones) IP68: À prova de poeira, suor, e água.
  • (Estojo) IP54: Proteção contra poeira e resistente a jorro de água.

*Não carregar os fones ou estojo se estiverem molhados, apenas se estiverem completamente secos.

BATERIA
  • Tempo de reprodução: 8 horas* + 16 horas no estojo = total de 24horas
  • Tempo de carregamento: 2 horas
  • Carregamento rápido: 5 min. = 1 hora de reprodução
  • Carregamento: Através do estojo de carregamento com conector USB ou Wireless.
  • Potência de entrada: DC 5V 500mA
  • Tipo: Íon de lítio
  • Voltagem da bateria: 3,8V
  • Voltagem de energia em watt/horas por bateria: 0,26 Wh
    *Pode variar conforme o uso, o dispositivo e o desgaste
PESO E DIMENSÕES
  • Largura do estojo: 74.6mm
  • Altura do estojo: 38.5mm
  • Profundidade do estojo: 25mm
  • Largura dos fones: 15.7mm
  • Altura dos fones: 16.2mm
  • Profundidade dos fones: 20.3mm
  • Peso de um fone com ponteira M: 6.7g
  • Peso de um fone sem ponteira: 5.4g
  • Peso do Case (estojo) sem os fones: 42.8g
PRODUTOS COMPATÍVEIS
  • Qualquer Bluetooth compatível com HFP, HSP e A2DP

ASPECTOS FÍSICOS:

Eartips (ponteiras/borrachinhas). A Jaybird sempre traz eartips proprietárias em todos os seus fones, e no Vista 2 isso não foi diferente. Vieram três pares nos tamanhos 1/2/3 (P/M/G). As de número 1 não possuem a “bartatana”, apenas as de número 2 e 3. Eartips proprietárias podem ser um ponto positivo e também um ponto negativo. Ponto positivo é que reduz o número de peças no produto e também você tem algo que foi desenvolvido especificamente para aquele produto. Agora, os pontos negativos são, se você perder, já era, vai ter que gastar uma grana pra adquirir especificamente aquela eartip (que provavelmente não vai ser tão barata, ou ficar a mercê de ter em estoque). E outro ponto negativo também é que você fica preso ao som que aquela eartip confere ao fone, como também o tipo de encaixe que a eartip proprietária traz. Se no caso você não se der bem com ela, você não tem como fazer a troca por outra, são só as que vem com o fone e pronto.

Eu ainda acho que as eartips da Jaybird não são passíveis de tantas críticas porque elas em último caso são de boa qualidade. Tem uma ótima textura, são bem macias e ao mesmo tempo são bem resistentes. Isso já é meio caminho andado pra não precisar se preocupar com essas ponteiras. A minha crítica maior é realmente a espessura do furo da eartip que – na minha opinião – acaba enviesando a sonoridade do fone.

Encaixe. O encaixe de fones TWS sempre é uma questão de extrema importância. Eu posso afirmar que o encaixe dos fones da Jaybird sempre foram bons pra mim. Algo que faz toda diferença são as “barbatanas”, pra mim elas são a melhor forma do fone fixar no ouvido sem ter dúvida se vai ficar caindo ou não. Eu acredito que a Jaybird seja a melhor marca de fones para prática de atividade física, justamente por causa dessas “barbatanas”.

Basicamente quase todo fone TWS fica com parte protusa pra fora do ouvido, até porque tem toda a questão dos componentes internos (bateria, DAC, etc), e com o Vista 2 não foi diferente. Embora eu ainda considere “os Vistas” um dos TWSs mais discretos do mercado na atualidade.

O encaixe do Vista 2 é similar ao do Vista (2019), então não mudou muita coisa de lá pra cá, pra mim o encaixe foi bom, não se compara a um fone feito de resina (tipo custom), mas é compreensível isso. O fone não cai dos meus ouvidos, a estabilidade é excelente. A inserção do fone no canal auditivo eu acho de média pra funda, tem um isolamento passivo muito bom, e isso é ótimo pra TWSs, porque quanto mais isolamento, mais bem preso ele fica no ouvido, o que de forma indireta já ajuda no encaixe também.

Um ponto que é preciso observar sobre o encaixe é que, se a pessoa tiver um ouvido muito pequeno, eu acredito que essa pessoa possa vir a ter algum problema com o encaixe no ouvido, isso porque o Vista não é um fone tão pequeno, o estilo dele horizontal ocupa uma certa quantidade de espaço dentro da concha do ouvido. Já vi algumas fotos na internet de pessoas com ouvido pequeno usando esse fone e ficou uma coisa meio “diferente” do que era esperado.

Conforto. No Vista (2019) eu tive um ponto de pressão no fundo concha (nos primeiros dias, depois passou), já o Vista 2 isso não aconteceu, acredito que meu ouvido já estava “acostumado” com o primeiro Vista, porque com o Vista 2 foi bem tranquilo, não tive nenhum ponto de pressão (claro, isso é subjetivo). O corpo do fone é quase todo feito em plástico, só tira a parte externa que é revestida com uma espécie de tecido (e das eartips que cobrem o fone com silicone). Eu considero ele um fone leve, eu geralmente uso por 2-3 horas seguidas e não sinto incomodo. Pra mim, a única questão não tão confortável desse fone é o que eu vou relatar no parágrafo seguinte.

Botão físico. Então, aqui temos um ponto negativo do fone (na minha opinião), ele não é “Touch” (controle por toques gestuais), o Vista 2 ainda usa botão de apertar, e aí você acaba empurrando o fone contra seu ouvido toda vez que apertar o botão. OK os botões do fone são bem macios, mas mesmo assim não escapa de empurrar o fone contra o ouvido. Particularmente eu preferia que ele já fosse Touch, porém entendo que um fone pra atividade física se dá melhor com botões físicos do que com Touch, por causa de suor ou água na superfície do Touch, eles acabam ficando mais difíceis de corresponder aos comandos.

Uma coisa que achei estranha nesse botão, é que ele é revestido com uma espécie de tecido, segundo a Jaybird é pra poder reduzir o som do vento no microfone, entretanto, não sei se foi uma boa ideia ter utilizado esse material, tipo, quanto tempo vai durar esse tecido? No meu entender aqui, a durabilidade não parece ser das melhores. E também, o logotipo da empresa é tipo plotado sobre esse tecido, e aí quanto tempo essa logo vai aguentar a pessoa todo dia esfregando o dedo ali na região? Enfim, achei isso um ponto fraco na construção.

Sensor de proximidade. Ou também chamado de função Auto Pause e Resume. Se a música está tocando e você tira o fone do ouvido, ele pausa automaticamente, se você recoloca o fone no ouvido, a música volta a tocar. A observação que faço é que esse sensor não é dos mais “inteligentes” não, tipo, se você tirar o fone e colocar em cima de uma mesa, o fone pode reconhecer a mesa como uma aproximação, e aí ele solta a música, ou até mesmo se você tirar o fone do ouvido e encostar o dedo sem querer, o fone vai dar Play na música. Ele vai entender como se você tivesse colocando o fone de volta no ouvido, só que na verdade foi um objeto qualquer que encostou na frente do sensor.

Case (ou estojo de carregamento). Houve uma atualização no Case do Vista (2019) pro Vista 2. Além da bateria que aumentou a carga extra de 10 para 16 horas, outros pequenos detalhes estéticos também foram atualizados. O Case ficou um pouquinho mais arredondado e agora não faz mais tanto barulho ao fechar a tampa, o movimento ficou mais suave. Ele agora possui a opção de ser encontrado pelo GPS do aplicativo, e também mostra a quantidade de carga em porcentagem pelo App (antes apenas contava com os LEDs indicativos pra saber o nível de carga). No mais, as qualidades de antes permaneceram, a tampa possui fechamento magnético, assim como os fones são fixados por magnetismo também (e não caem com a tampa aberta), é bastante leve e compacto. Agora, um ponto negativo desse Case que acho é, como ele possui um estilo horizontal, fica difícil de abrir a tampa com uma mão só, e até porque o magnetismo da tampa é bem forte, então só vai mesmo usando as duas mãos.

O Case agora possui carregamento Wireless. Eu não cheguei a testar essa função porque não tenho base de carregamento aqui, mas eu vi nas informações técnicas disponibilizadas pela empresa. Então, além do carregamento via cabo USB-C, os fones podem ser carregados (dentro do Case) por meio de qualquer “Qi wireless charger”.

Os fones podem ser usados de forma individual (modo mono), ou seja, você pode deixar um guardado no Case e usar somente o outro lado, então tanto faz se for o direito ou o esquerdo. Caso você queira ouvir os dois lados, é só retirar o fone que ficou no Case e ele fará o pareamento automaticamente.

Conectividade. Dos fones que já testei, esse foi o que teve o pareamento mais rápido todos (após feito aquele pareamento inicial de todos). Foi instantâneo, tipo, tirou o fone do Case, conectou! Os alertas sonoros continuam os mesmos: “Connected”, “Battery fully charged”, “Not connected” (todos falados por uma voz feminina). Não percebi presença de Delay (atraso) entre o som e a imagem – quando utilizando para vídeos. Ótima sincronia. A estabilidade do sinal bluetooth também é muito boa, não detectei nenhum tipo de quebra de sinal, e também pude usar o fone longe do dispositivo e o sinal continuou bem estável (mesmo o dispositivo estando entre paredes e objetos dentro da residência).

Microfone. Essa parte da análise nunca tem muito aprofundamento nas minhas reviews, eu apenas realizei uma chamada por Whatsapp dentro do ambiente domiciliar, não testei ao ar livre, porém eu simulei o barulho do vento com um ventilador. O que achei foi que o microfone do Vista 2 em ambiente fechado vai bem, a qualidade do áudio é boa, do tipo comum de todo microfone de TWS. Agora, quando eu simulei o vento com o ventilador, aí achei que houve muita captação do vento e o áudio não ficou muito legal, tipo, muita presença de ruído no som.

Aplicativo. Como já fiz review de outros fones da Jaybird e eles usam o mesmo aplicativo, decidi então fazer uma revisão específica só do App, assim posso utilizar a mesma informação para todas as reviews que eu fizer. Atenção! Essa parte do aplicativo é muito importante, esse App da Jaybird é um dos pontos diferenciais dos outros fones aí do mercado, então, eu recomendo dar uma olhada caso você tenha interesse.

Link da análise do App:

https://iemsandmusic.com/app-jaybird/

Novas funções do Vista 2 em comparação ao Vista 1:

-Função ANC – cancelamento de ruído ativo
-Função SurroundSense – Som ambiente. Capta os sons ao redor
-Revestimento de tecido contra ruídos de vento
-Sensor de proximidade – Pausa fora do ouvido, retorna ao colocar no ouvido
-Localizador do Case (estojo) via App
-Carregamento via Wireless
-Grau de proteção IP68 (fones)
-Grau de proteção IP54 (Case)
-Cerca de 8horas de reprodução (fones)
-Cerca de 16horas de carga extra (Case)
-Novas funções no aplicativo

ASPECTOS SONOROS:

A sonoridade do Jaybird Vista 2 é a mesma sonoridade do Vista (2019), ou pelo menos pra mim soou bem parecido. É um fone que segue a sonoridade V-Shape (desenho em V), tem a característica Warm (quente), e é um fone bem “divertido”. Na primeira ocasião, eu usei a minha preset de equalização ao fazer a análise do fone, agora, eu irei fazer a análise com o fone em modo Flat, ou seja, sem equalização, da forma como o som do fone vem de fábrica.

Começando pelos graves. Em termos quantitativos, tem bastante presença, muita vida, é bastante destacado, principalmente na região dos sub-graves. É um fone que você consegue escutar muito mais força na região dos subs do que nos médio-graves (ainda que os médio-graves também sejam bem presentes). Esse sim é um fone que eu indicaria pra uma pessoa que gosta de grave, os chamados “bassheads”. Pra mim ele tem uma quantidade que faz com que qualquer música que você colocar soe com graves. Realmente um fone que se propõe a ser voltado para a prática de atividade física precisa ter um nível um pouco mais elevado pra poder combinar com os estilos mais populares de música.

Em termos qualitativos, são graves de muito peso, muita massa, bem autoritário, muita extensão. Sinceramente, não é o melhor dos graves que já escutei, até mesmo o próprio Jaybird X3 pra mim tinha um grave mais articulado. O impacto é mais solto, tipo expansivo, não estilo seco, é algo que confere mais preenchimento à apresentação, Tem casos que eles vão soar levemente estrondosos, e em algumas situações um pouco abafado (eu acho que a espessura do tubo das eartips contribuem diretamente pra isso). Eu acredito que eles sangrem um pouco nos médios, e aí é preciso fazer um trabalho de EQ se a pessoa achar preciso. Mas é um grave que mesmo assim é o tipo que combina bem com músicas mais “divertidas”.

Os médios do Vista 2 são recuados, e os médio-agudos possuem uma elevação na região da presença das vozes, o que deixam elas com uma boa projeção, sem a característica de serem apagadas. Tem boa clareza e transparência, só não acho uma região com muito detalhamento e arejamento. É uma pena fazer a análise no modo Flat, porque minha preset de EQ nessa região eu dei um pouco mais de boost e o resultado pra mim deixa o som mais pra frente.

Com relação à vozes do Vista 2, eu achei que ambos estilos de vozes, masculinas e femininas se saíram muito bem, as vozes masculinas ganham um pouco mais em vantagem, porque como o fone tem um timbre mais Warm (quente), então acaba beneficiando as vozes mais graves. Mas as femininas também ficaram ótimas, até mesmo as mais altas, só não chegam num nível de agressividade.

Chegando nos agudos, em termos quantitativos, pra mim são agudos “bem basicão”, eu gosto da palavra ‘confortáveis’ pra me referir a uma quantidade de som que não é nem em excesso, nem em falta, mesmo que já tenha colocado outros fones como “confortáveis” e que tinham um pouco menos de agudos que esse, porém ainda acho que estão numa mesma faixa de quantidade. Os agudos estão em quantidade para aqueles que querem fugir da fadiga auditiva de fones com muito agudo. Dito isso, “trebleheads” não é a melhor opção pra vocês.

Em termos qualitativos, os agudos são bem “macios”, sem brilho em excesso, sem presença de coloração, sem picos, sem rispidez, sem estridência, sem sibilância. Tem boa extensão, o detalhamento é ok, tem suas limitações nesse quesito, assim como também não esperem a última gota em transientes e articulação. Acho que falta arejamento também. Mas isso tudo é comparando ao que temos com fones a cabo, então é uma comparação um pouco injusta. Chimbais ficam bem polidos, pratos de condução (ride) soam bem relaxados, solos de guitarra mais agudos não incomodam, triângulos não alfinetam. Tudo nessa região soa bem coerente.

Modos Cancelamento de ruído ativo (ANC) e SurroundSense. O fone vem com esses dois recursos, o ANC bloqueia os ruídos externos, e o SurroundSense faz exatamente o contrário, abre os microfones para a captação dos sons ao redor, é o que em outros fone chamam de “modo ambiente”. Na prática, eu não cheguei a fazer um teste na rua, o que utilizei foi um ventilador pra tentar medir o nível de interferência do vento e também o barulho do motor. A conclusão que cheguei foi que:

  • Modo ANC: com o modo ANC ligado e com o ventilador direcionado pra meu rosto, o barulho do motor foi “suavizado”, porém a captação do vento foi muito perceptível.
  • Modo SurroundSense: já nesse modo, o que aconteceu foi o oposto, o som do motor volta ao normal e o vento é cortado drasticamente, mantendo apenas um discreto ruído ao fundo, mas que não se parece com barulho de vento.

O teste foi feito sem reprodução de música no momento, pra testar a qualidade da tecnologia. Eu ainda continuo achando que essa é uma tecnologia tem que avançar, o cancelamento de ruído ativo é algo que reduz alguns sons externos mais graves, porém ele ainda está longe de gerar um “cancelamento” total dos ruídos externos (ver outras informações na análise do App).

Palco sonoro (soundstage). A sensação de palco sonoro eu achei boa/média. É um pouco de “médio” em tudo, profundidade e largura. Não soa tão amplo mas também não deixa a apresentação apertada/fechada, nem muito profundo nem tão próximo ao ouvido.

Separação instrumental. A separação dos instrumentos talvez seja o ponto mais fraco do fone, eu achei apenas ok. A imagem estéreo é boa, mas a sensação de espaço entre os instrumentos não tem uma definição tão aguçada. A apresentação acaba ficando em alguns momentos sem muita precisão, principalmente se a música tiver muita quantidade de grave (lembrando que isso pode variar também de acordo com a gravação e outros processos durante a produção da música).

Driver Flex. Como o Vista possui driver dinâmico (DD) em sua composição, aqui estamos pra testar se ele apresenta driver flex. Testando aqui, o Vista 2 apresenta sim sinais de driver flex, e o por incrível que pareça, só está acontecendo do lado esquerdo, o lado direito não apresentou. Lembro que no Vista 1 eu cheguei a ter também quando fazia um ajuste ou quando pressionava o botão, aqui com o Vista 2 a questão continua. Assim, pelo menos é um driver flex mais discreto, não chega a me incomodar não.

Amplificação. Sabemos que amplificação de fones bluetooth é restrito aos componentes internos do fone, então aqui eu vou apenas tentar passar a capacidade de volume. No meu entender, tem uma altura bem satisfatória, consegue produzir um nível alto de som mas não absurdamente alto. Agora, ainda acho que o Vista 1 era um pouco mais alto, mas pode ser placebo de minha parte, até porque tanto no Vista 1 quanto no Vista 2, eu coloco em 80% (escala do Window10) ou 12-13 (de 15) níveis de volume do Android.

ASPECTOS MUSICAIS:

O Vista 2 é um fone “divertido”, combina bem com gêneros musicais que pedem uma boa ênfase na região dos graves. Eu não vou ser muito crítico com um fone desse estilo porque eu entendo que o intuito aqui é mais praticidade do que qualidade extrema de som. Em síntese, pro meu gosto, tocou bem com música eletrônica, Reggae, POP, Hip-Hop, Rap, Metal, Rock.

Metal. O Gênero ficou muito bom mesmo, em termos tonais, em termos técnicos, claro, temos algumas limitações, mas tocou bem com todas as músicas de Metal que escutei. Sem agressividade, sem fadiga, bom pra ficar bastante tempo escutando o gênero (subgêneros) sem se incomodar.

Blues. Ficou tão bom quanto Rock, as guitarras ficaram com uma energia legal, o timbre mais quente, ideal pra quem gosta de ouvir o gênero mesmo se por longas sessões.

MPB. No Vista 1 eu optei por ‘não combinou”, mas acho que fui muito crítico com esse gênero. A verdade é que combinou, mas como tenho outros fones aqui, então dou preferência quando vou escutar o gênero.

Samba e Pagode. Confesso que senti falta de detalhamento e arejamento, mas como disse que não seria tão crítico, consigo escutar sim os gêneros, a assinatura do Vista é V-shape, é uma assinatura que não tenho problema. Pagode ficou mais bem acertado do que Samba.

Forró. Ficou muito bom, bem eufônico, todas as músicas que testei ficaram bem encaixadas, todos os instrumentos ficaram bem destacados. O grave poderia soar um pouquinho mais “limpo” na minha opinião, mas isso é porque estou comparando com outros fones que já ouvi e que gostei mais.

Sertanejo. No primeiro Vista eu coloquei que Sertanejo não tinha combinado, ouvindo agora o Vista 2 e não sendo muito criterioso, eu acho que combinou, quando o fone tem grave pra mim é mais fácil de eu aceitar, e lembrando que esse fone foi feito pra usar o equalizador, então é possível achar um ajuste que melhore a sonoridade.

Bossa Nova. No Vista 1 eu não gostei por causa da quantidade dos graves, e isso usando minha preset de EQ na ocasião. Aqui agora eu ainda amplio dizendo que a qualidade também não é de meu agrado com o gênero. Eu busco um grave mais limpo, sem muito subgrave.

Jazz. Infelizmente aqui eu vou ter que ser um pouco mais crítico. Muito sub-grave e sem muito detalhamento, não é a forma como eu gosto de ouvir o gênero. Eu não pegaria esse fone pra escutar Jazz tendo outros fones que acho que mais apropriados.

Música Clássica. No Vista 1 eu disse que realmente não gostei de ouvir música clássica, aqui no Vista 2 também segue a mesma premissa, falta muita coisa pra esse fone ficar bom pro gênero. Detalhamento, arejamento, separação instrumental, e outros, são os quesitos que ficaram faltando.

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Gosto é subjetivo, então aqui vai a lista dos estilos musicais que eu achei que combinaram mais com esse fone. Lembrando que foram apenas alguns gêneros testados e alguns poucos artistas. Se eu coloquei que combinou com tal estilo e outro não, não significa que você não possa ouvir o seu gênero musical preferido com este fone e adorar. Então, aí vai:

Combinaram:

Eletrônica
Reggae
Rap
Hip Hop
Rock
Metal
Blues
Samba
Pagode
Sertanejo
Forró
MPB
Pop
Axé

Nem tanto:

Bossa Nova
Clássica
Jazz

MÚSICAS TESTADAS:

Dire Straits – Sultans of Swing
Jack Thammarat – Back to the Start
Slayer – Angel of Death
Pantera – The Great Southern Trendkill
Deicide – Once Upon the Cross
Entombed – Left Hand Path
Immortal – Norden on Fire
Mayhem – Freezing Moon
Dimmu Borgir – In Death’s Embrace
Iron Maiden – Aces High
Angra – Carry On
Korn – Freak On a Leash
Slipknot – Left Behind
Paramore – Monster
AC/DC – Moneytalks
KISS – Heaven’s On Fire
Scorpions – Rock You Like a Hurricane
Jethro Tull – Locomotive Breath
Pink Floyd – Time
The Rolling Stones – Wild Horses
Queen – I Want to Break Free
Kings of Leon – Supersoaker
Red Hot Chili Peppers – Californication
The Strokes – You Only Live Once
Coldplay – Viva La Vida
Charlie Brown Jr – Lutar Pelo Que é Meu
Sade – Cherish The Day
Eric Clapton & B.B. King – Ten Long Years
Clube de Patifes ft. Luiz Caldas – Hey Mama
Stevie Ray Vaughan – Pride and Joy
Gary Clark Jr – Catfish Blues
Jimi Hendrix – Little Wing
Kenny G – Songbird
Boney James – Full Effect
Dave Holland Quintet – Prime Directive
Kenny Wheeler – Seven Eight Nine (part 1)
Keith Jarrett Trio – You’ve Changed
Diana Krall – Where or When
Enya – May It Be
Loren Allred – Never Enough
Bob Marley & The Wailers – Is This Love
Edson Gomes – Malandrinha
Adão Negro – Louco Louco
Gregory Isaacs – Cool Down The Pace
Diamba – Miscigenação
Skrillex – Scary Monsters And Nice Sprites
Armin van Buuren – This Is What It Feels Like
The Timewriter – Tenda Count
Alok – Piece of Your Heart (remix)
Hardwell feat. Amba Shepherd – Apollo [Mix Cut]
Tom Jobim – Desafinado
João Gilberto – Sampa
Roberto Menescal & Andrea Amorim – O Barquinho
Caetano Veloso & Maria Gadú – O Quereres (ao vivo)
Gilberto Gil – Aos Pés da Cruz (ao vivo)
Djavan – Pecado (ao vivo)
Chico Buarque – Renata Maria (ao vivo)
João Bosco – Mano Que Zuera
Vanessa da Mata ft. Ben Harper – Boa Sorte/Good Look
Ed Motta – Minha Casa, Minha Cama, Minha Mesa
Ney Matogrosso – O Tempo Não Para
Rita Lee – Doce Vampiro
Lenine – Martelo Bigorna
Kid Abelha – Como Eu Quero
Negra Li – Venha
Luiza Possi – Over The Rainbow
Michael Jackson – Beat It
Madonna – Like a Virgin
George Michael – Careless Whisper
Daft Punk – Give Life Back to Music
Adele – Rolling in The Deep
Geraldo Azevedo – Chorando e Cantando
Dominguinhos – Preciso do Teu Sorriso
Flávio José – Tareco & Mariola
Alcymar Monteiro – Lindo Lago do Amor
Fernando e Sorocaba – Vendaval/Bala de Prata (ao vivo)
César Menotti & Fabiano – Só Mais Uma Verdade
Paula Fernandes – Jeito do Mato
Zezé Di Camargo & Luciano – O Defensor (ao vivo)
Diogo Nogueira ft. Hamilton de Holanda – Salamandra
Paulinho da Viola – Onde a Dor Não Tem Razão
Luiz Melodia – A Voz do Morro (ao vivo)
Jorge Aragão – Coisa da Pele (ao vivo)
Mart’nália – Cabide
Mumuzinho – Eu Mereço Ser Feliz (ao vivo)
Pixote – Coisas do Amor/Você Pode (ao vivo)
Harmonia do Samba – Molejinho
Sabotage – País da Fome: Homens Animais
Emicida – Rotina
Eminem – Lose Yourself
Filipe Ret – Neurótico de Guerra
The Weeknd ft. Daft Punk – Starboy
Chiclete com Banana – Meia Lua Inteira (Capoeira Larará)
Ara Ketu – Ara Ketu Bom Demais
Banda Eva – Beleza Rara
Filhos de Jorge – Vai Que Cola “Melanina”
Vivaldi – Violin Concerto in E Major, RV 269, No. 1, Spring: I. Allegro
Tchaikovsky – The Nutcracker, Op. 71, Act 2: No. 13 Waltz of the Flowers
Mozart – Serenade in G Major, K. 525 “Eine kleine Nachtmusik”: 1. Allegro
Chopin – “Grande valse brillante” in E-Flat Major, Op. 18

Link da Playlist:

Gráficos por Rtings.com:



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