REVIEW IN ENGLISH: QKZ X HBB HADES REVIEW
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INTRODUÇÃO:
Fone da QKZ em collab com o avaliador HawaiiBadBoy (HBB), conhecido pelo canal do YouTube “Bad Guy Good Audio Reviews”. O HBB já tem diversas collabs com marcas, inclusive com a QKZ ele já está na terceira, que é o fone que iremos avaliar hoje, o QKZ x HBB Hades.
Fone enviado pela LINSOUL, uma das principais distribuidoras dos produtos da QKZ, além de outras diversas marcas e produtos de áudio. Mais informações nos links abaixo.
PS: Para quem não sabe, a LINSOUL é a mesma DD-Audio Store no AliExpress.
Preço: $49.99 dólares (USD)
Cor: Roxo/Preto
Cabo: Com Mic ou Sem Mic
LINSOUL LINKS:
https://s.click.aliexpress.com/e/_Dmxgyib
https://s.click.aliexpress.com/e/_DB1UIE7
ESPECIFICAÇÕES:
Dual Dynamic Drivers:
– (2) Drivers Dinâmicos (DD) de 9mm PU+LCP por lado
– Faixa de frequência: 20Hz – 20kHz
– Impedância: 16Ω ±15%
– Sensibilidade: 95dB
– THD: ≤1% (@1KHz)
– Cabo de cobre OFC
– Conectores: 2 pinos 0.78mm (destacável)
– Plugue: 3.5mm (reto)
– Material da Shell: resina
– Tamanho do cabo: 120cm
– Peso do fone: 5.4g (um lado)(sem ponteira)
– Peso do cabo: 14.3g
– Peso total (caixa, fones, etc): 308.8g
– Tamanho da caixa: 18cm [C] x 18cm [L] x 4.5cm [P]
UNBOXING:
ASPECTOS FÍSICOS:
Construção: A começar pelo unboxing. Achei a apresentação muito interessante, a experiência foi bem legal, a empresa investiu recursos para trazer algo bacana para o consumidor, isso pode ser visto como um ponto positivo. Vamos destrinchar passo a passo os elementos que vieram dentro da caixa. Falando especificamente das shells (fones), a qualidade é de tirar o chapéu. A resina é de ótima qualidade, possui uma transparência que da para ver os drivers e também os dutos por onde passam o som. O fone ganhou ar de produto premium com essas shells.
Eartips (ponteiras / borrachinhas): Veio apenas um tipo de ponteira em silicone, nos tamanhos P/M/G. As ponteiras são boas, o interessante é que a espessura do tubo é bem fina, e isso eu penso ser muito bom porque não aumenta o diâmetro do bocal dos fones, fica algo mais confortável de usar por longos períodos. Na minha opinião, acho que a experiência de unboxing foi boa mas ficou faltando talvez um jogo a mais de ponteiras… que nunca é demais. No final das contas, eu consegui achar o som/encaixe/conforto com as ponteiras que vieram no fone, e sendo assim, eu fiz a avaliação com elas (no tamanho M). Não vejo necessidade de adquirir ponteiras de empresas terceiras para o Hades (claro, isso é subjetivo).
Cabo: Se a experiência de unboxing foi legal, não posso dizer a mesma coisa da experiência com o cabo… no meu entender, foi uma experiência negativa. Pela qualidade das shells, esse fone não merecia esse cabo. Ele embola muito, pega um pouco de memória, um pouco de microfonia. Os earhooks tem uma curvatura estranha, acabam encostando na orelha bem ali no finalzinho do plástico… Tudo bem não fez ponto de pressão, mas não é o ideal ser assim. Acho que a única coisa que vejo como ponto positivo é que é um cabo fino e leve. O Hades é realmente um fone que pode receber um upgrade de cabo. Sei que isso em parte é algo subjetivo mas penso que poderia ter vindo algo melhor. O cabo não possui chin slider porque ele vem com um módulo de microfone.
Encaixe e conforto: Certamente é um ponto bem positivo do Hades, tanto o encaixe como o conforto, ambos ficaram muito bons. Sem surpresas, a shell é muito anatômica, ficou 100% estável nos meus ouvidos, o fone tem um design que já é consagrado para usar em IEMs. O isolamento eu achei médio, e a inserção eu achei média. Fone muito confortável, bom para ficar muito tempo ouvindo. A única coisa que não me agradou mesmo foi a curvatura dos earhooks, que não me causaram desconforto, mas eu penso que poderia ter um ângulo melhor e evitar o contato ali no finalzinho do plástico.
Acessórios: Aqui temos outras duas questões interessantes. O fone tem um estojo (case) pra lá de esquisito, e honestamente o material é de um plástico bem ruim… não gostei… e por mais que seja um estojo rígido, fez toda aquela experiência de unboxing luxuosa soar como produto barato. E a outra coisa inusitada do fone é que ele vem com uma moeda – nem sei ao certo se poderia chamar de moeda – tem o logo do HBB e o logo da QKZ. É um item decorativo, mas como sempre, não é utilizável como um acessório em prol do fone… poderiam ter investido em colocar um cabo de melhor qualidade, ou colocar mais ponteiras. Enfim, minha opinião.






ASPECTOS SONOROS:
A sonoridade do QKZ X HBB Hades eu compreendi como um fone L-Shape (Desenho em L). O fone tem um boost na região dos graves, e nos médios e nos agudos ele soa mais suave, discreto. Acho que a principal característica desse fone é o som mais voltado para o quente (warm), ele acaba entrando na lista dos fones escuros (dark). Esse penso ser um fone muito indicado para quem busca ter uma apresentação com graves mais destacados do resto das frequências, ou também, pessoas que procuram fones com pouca atividade na região dos agudos.
Eu fiz um teste com as ponteiras Moondrop SpringTips e achei que melhorou mais a sonoridade, aumentou ali a região dos médios e um pouco dos agudos… mas ainda assim, o fone ficou com graves proeminentes, e não mudou o estado qualitativo dos graves. Como disse no parágrafo das ponteiras, eu fiz a avaliação com as ponteiras stock do Hades.
Graves:
Quantitativo: Vamos começar falando da região de maior destaque no Hades. O nível dos graves eu entendi como alto. Mas calma que também não é nada de outro mundo… tem bastante grave sim, mas eu não considero que é um fone inaudível por causa disso. Pro meu gosto, poderia ter menos graves, ou um equilíbrio maior entre as outras regiões (médios e agudos). É um fone que pode atender a uma pessoa que curte graves e que não curte médios e agudos mais pra frente. O Hades tem bastante sub-graves e médio-graves, e penso que os médio-graves são um pouco mais destacados na apresentação. Não senti decaimento (roll-off), a extensão é boa. Certamente esse é um fone que vai melhor com os gêneros em que os graves necessitam de um destaque a mais, tipo Reggae, Hip-Hop, EDM, etc.
Qualitativo: São graves bem fortes, massudos, autoritários, tem muito peso, corpo, bastante fisicalidade, bastante textura. O impacto é bem forte e massudo, volumoso. São graves que preenchem e conferem uma sensação de calor à apresentação. Infelizmente, toda essa quantidade de graves citada no paragrafo anterior, junto com a capacidade técnica, fez os graves soarem mais expansivos, eles tendem a serem graves mais inclinados ao estrondoso, ao abafado, e terminam por invadir a faixa dos médios. Não é que sejam graves ruins de definição, mas por todas as outras características, eles acabam soando mais “lentos”, “desequilibrados”, é aquele tipo de grave inchadão. Se a pessoa não liga tanto para tecnicalidade, e busca mais quantidade, o Hades pode ser uma boa pedida. Nessa faixa de preço, um concorrente de peso para o Hades é o Tin HiFi C3. O C3 na minha opinião tem graves qualitativamente melhores.
Médios:
Quantitativo e qualitativo: Os médios do Hades são recuados, e ainda tem o fator que os graves estão em maior quantidade, o que faz com que os médios do Hades tenham menos destaque. Os médios estão no nível do moderado para baixo, e a projeção ficou aquém do que eu gostaria. Tecnicamente falando, falta detalhamento, falta arejamento, e tá longe de ter uma resolução de alto nível. Os médios recebem forte influência dos graves e ficam com uma característica mais “calorosa”. A única coisa que eu poderia dizer de ponto positivo aqui é que certamente esses médios jamais farão alguém sentir fatiga auditiva. A região do pinna gain é bem suave, então, dá pra ficar escutando por horas sem cansar. Inevitavelmente a sonoridade é um todo, e não tem como ouvir os médios sem ouvir os graves (volumosos).
Vozes: Facilmente as vozes masculinas/graves tiveram mais desempenho. Eu estava ouvindo o disco “Dori Caymmi – Mundo de Dentro (2010)“, e como a voz de Dori fica profunda, texturizada e com imponência aqui no Hades. Por outro lado, as vozes femininas/agudas perdem aquela energia, a vitalidade, a projeção, ficam sempre com uma suavidade na apresentação.
Agudos:
Quantitativo: Os agudos eu penso serem de moderados para baixo. Realmente tem pouca presença de agudos no Hades. Se não for uma música que tenha ali um destaque de algum instrumento agudo, é capaz de você nem se lembrar que o fone tem agudos. Segue bem a linha dos médios, que também não se destacam na apresentação. Esse é aquele tipo de fone que tem zero chances de incomodar alguém por causa de agudos. Aqui no Hades eu tive a sensação de decaimento (roll-off) nos agudos, a extensão não me pareceu muito boa. Esse sem dúvidas não é o tipo de fone para ouvir gêneros mais detalhistas como Jazz, música clássica ou música instrumental.
Qualitativo: Penso que são agudos suaves, tranquilos, calmos, relaxados, sem picos, sem coloração, sem fatiga. Por outro lado, a suavidade é tanta que o fone perde poder técnico, a definição é apenas ok, o brilho é bem contido, falta detalhamento, falta arejamento. Não são agudos estridentes, não são agudos ríspidos, não são agudos afiados, e não apresentaram sibilância em momento algum. Carrilhão soa muito discreto, o brilho quase não aparece. Pro meu gosto, penso que o Tin HiFi C3 consegue ser um fone que, mesmo com agudos também mais contidos, tem um equilíbrio melhor que o Hades (não só nos agudos mas num contexto geral).
Palco sonoro: A sensação de palco sonoro eu achei média/boa. Fones com médios recuados geralmente tem uma profundidade maior no som, e se a pessoa não estiver ouvindo uma música com muito destaque nos graves, aí penso que a apresentação fica com uma espacialidade interessante… mas quando o grave é muito ativo, aí essa sensação é encurtada.
Separação instrumental: A separação instrumental eu achei ser de média para baixa. O fone não tem bom detalhamento nas regiões médias e agudas, isso causou um impacto muito grande na percepção do posicionamento dos instrumentos. O que dá para ouvir de forma mais fácil são os instrumentos que transitam na região das frequências mais baixas. E ainda assim, meio que cobre o espaço de outros instrumentos na apresentação. Lembrar que esse quesito tem forte influência da qualidade da gravação.
Teste de driver flex: Não presenciei som de driver flex ao inserir os fones nos meus ouvidos.
Amplificação: Eu usei o DAP FiiO M11S para fazer essa avaliação. A saída utilizada foi a 3.5mm e o DAP no modo High Gain. O Volume ficou em 80% dos 120% disponíveis pelo M11S. Eu posso afirmar que o Hades é um fone fácil de tocar, não necessita de amplificação dedicada. Testei o Hades no FiiO KA11 e tocou tranquilamente. O Hades vai tocar em celulares, tablets, e notebooks. Mas como de costume, eu indico que pelo menos a pessoa tenha um dongle de boa qualidade para tocar os fones. Atualmente, faço a recomendação do FiiO KA11 como bom dongle custo/benefício.


PRÓS E CONTRAS:
– Unboxing interessante
– Qualidade das shells
– Sonoridade Basshead (subjetivo)
– Livre de fatiga auditiva
– Bom encaixe e conforto
– Fone leve
– Boas ponteiras
– Fácil de tocar
– Muito grave (subjetivo)
– Graves invadem os médios
– Médios e agudos recuados
– Baixo detalhamento
– Baixa separação instrumental
– Cabo ruim
– Case de baixa qualidade
– Moeda?
– Poucas ponteiras
GRÁFICOS POR HBB:


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