TIN HIFI C3

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>>Caso você seja novo aqui, recomendo que leia a página “Apresentação”<<

INTRODUÇÃO:

Estamos de volta com mais um lançamento da TIN HIFI, hoje farei a avaliação do TIN C3. Penso que não é mais necessário introduzir a Tin HiFi depois de tantas avaliações que já fiz deles. Essa avaliação vai acontecer de eu estar sempre citando o C2 como comparativo, porque a empresa lançou os dois fones ao mesmo tempo, e porque não faz muito tempo que eu avaliei o C2 (tá fresco na memória).

Avaliações da TIN HIFI: Tin T2 EVOTin T2+Tin T3+Tin P1Tin T1S, Tin P1 Max, Tin C2

Preço: $49 dólares (USD)
Cores: Preto
Cabo: Sem Mic


Link da TIN HIFI:

https://www.tinhifi.com/

https://www.tinhifi.com/products/tinhifi-c3

https://tinhifi.pt.aliexpress.com/store/912323289

https://pt.aliexpress.com/item/1005004996432145.html


ESPECIFICAÇÕES:

(1) Driver Dinâmico de 10mm por lado (PU+LCP)
Frequência: 10Hz – 20kHz
Sensibilidade: 106±3dB
Impedância: 32Ω±15%
Potência Max: 5mW
Plugue: 3.5mm banhado a ouro (reto)
Cabo: Cobre banhado a prata
Tamanho do cabo: 125cm (removível)
Conectores: 2 Pinos 0.78mm
Material da shell: Resina plástica
Peso: 4.39g (um lado)



ASPECTOS FÍSICOS:

Eartips (ou ponteiras/borrachinhas). Começando pelas ponteiras do C3, e aqui é o mais fraco do produto, daí em diante ele só cresce e fica melhor. Vieram 6 ponteiras em silicone, dois pares de cada tamanho (P/M/G). As ponteiras são simples, idênticas as do Tin C2. Não dá pra exigir muito de fones mais acessíveis, mas na minha opinião era para a empresa ter disponibilizado pelo menos dois tipos de ponteiras, inclusive as ponteiras “brancas” que a empresa sempre colocava nos fones de entrada. A única diferença do C2 para o C3 foi que aqui no C3 eu não tive o mesmo problema que tive no C2 (ver a parte dos agudos do C2 que eu explico melhor o que aconteceu). Então assim, aqui com o C3 eu tive a felicidade de conseguir encontrar a sonoridade ideal com as ponteiras de fábrica (stock). Não vejo necessidade de upgrade de ponteiras para o C3 – isso é algo bem pessoal – mas para mim o C3 está pronto pra uso já com o que vem nele.

-Eu usei as ponteiras de fábrica no tamanho M para fazer a avaliação do fone.

Cabo. Como disse anteriormente, o fone vai ficando melhor a cada tópico. O cabo incluso no C3 foi de excelente escolha, tanto esteticamente, como na questão prática, da usabilidade. Para vocês terem noção do quão bom é o cabo desse fone, eu tenho aqui o cabo “Origin” da Effect Audio, e só o preço do cabo custa $49 usd, ou seja, basicamente o preço do C3, e eu acho o cabo do C3 melhor que o “Origin”. Ponto bem forte do produto, acho que é sim um upgrade em comparação ao cabo do C2 – mas isso também é algo subjetivo. É um cabo leve, não embaraça facilmente, não pega ‘memória’, não possui microfonia, e é fácil de enrolar para guardar. O cabo vem com o “Chin Slider” (peça que regula a abertura dos cabos que vão para os falantes), e aqui eu diria que a peça funciona mas não dou 100% de efetividade, uma vez que não é do tipo que fica duro no lugar, há um certo risco de em um momento ou outro da peça deslizar.

Earhooks (ou ganchos de orelha). Aqui honestamente eu diria que os ganchos do C2 tem o estilo que é de minha preferência, mas isso não faz com que os ganchos do C3 sejam ruins, pelo contrário, são bons, a curvatura é a ideal – pra mim – encaixou da forma correta nos meus ouvidos. A única ressalva que faço é sempre a questão dessas ondulações que acompanham o trançado do cabo, porque em algumas situações pode gerar desconforto, entretanto, não foi o que aconteceu aqui, o conforto foi muito bom.

Conectores. O C3 tem conectores do tipo dois pinos (2pin) 0.78mm. O interessante aqui é que eles tem um perfil mais baixo, menor do que o corpo dos conectores por aí a fora, algo que eu sempre achei interessante que os fones tivessem. Os conectores possuem a indicação por letra “L” e “R” (esquerdo e direito) para fazer o encaixe do lado correto, assim como o corpo dos fones também possui a indicação pelas respectivas letras. Também é possível se basear pela cor vermelha do conector do lado direito (R).

Encaixe. Outro ótimo ponto do C3. O fone encaixou como uma luva em mim, é basicamente o mesmo corpo do T3+, se não o mesmo (já não possuo mais para comparar). A estabilidade ficou excelente, o fone fica bem acomodado nos meus ouvidos, todo preenchido, e ainda assim não cria sensação de pressão interna. Eu sempre digo que tenho preferência por fones de encaixe horizontal – como foi o caso do C2 – entretanto, mesmo o C3 sendo vertical, não senti detrimento por causa disso, o encaixe ficou tão bom quanto. Em mim, o C3 ficou bem discreto, sem apresentar partes protusas saindo do ouvido. Penso no C3 como uma boa alternativa para uso como retorno de palco (mas é só uma especulação, já que não sou músico profissional e não uso fone de ouvido para esse propósito). A inserção eu achei média, e o isolamento eu achei bom (isola mais que o C2).

Conforto. Aqui foi um ponto que gerou muito debate com relação ao C2, é um fone excelente porém algumas pessoas tiveram sérios problemas com a questão do conforto. Se viram minha avaliação do C2, sabem que esse ponto foi tranquilo para mim. Agora o C3… Fone inquestionavelmente super confortável! Entra no hall dos fones mais confortáveis que já testei. O fone é bem leve, não criou nenhum ponto de pressão nos meus ouvidos, o molde (corpo) dele é bem anatômico, bem arredondado, a resina é muito boa, a sensação de contato com a pele é bem suave. Em suma, é um fone ideal para longas audições. O conforto chega ao ponto de parecer que não estou usando fones (só que é claro que existem fones que possuem ainda mais essa sensação, a citar, os fones estilo Bullet). Esse é um quesito sempre subjetivo, caso você já tenha testado o T3+, eu diria que vai ter aqui a experiência quase que idêntica.

O produto não vem com nenhum estojo, e essa é meio que uma das poucas críticas que posso fazer nessa parte dos aspectos físicos. Se eu achei que no C2 custando menos deveria ter vindo um estojo, aqui no C3 não será diferente.



ASPECTOS SONOROS:

A sonoridade do TIN HIFI C3 eu considero como uma variação da Harman Target (curva de compensação do grupo Harman). Em suma, temos uma elevação dos graves, médios equilibrados, e agudos mais recuados. O Tin C3 tem uma sonoridade bem relaxada e gostosa de se ouvir, eu diria que a palavra ideal para descrever esse fone como um todo seria: Conforto. Nos aspectos físicos vocês viram que ele é um primor em conforto, e aqui no som o fone segue a mesma premissa. O C3 tem uma característica mais voltada para o quente (warm), e ele me lembra em parte o TRI Meteor, fone que eu considerei como tendo uma abordagem mais escura (dark), entretanto, penso que o C3 – na minha opinião – não entra na galeria dos fones escuros.

Eu acredito que muitas pessoas vão querer saber se o C3 é um upgrade do C2 Mech Warrior… Então, o C2 já não está mais em minhas mãos, e sendo assim, não será possível um comparativo side-by-side, mas eu vou tentar durante a avaliação trazer alguns pontos que podem ser interessante fazer uma distinção entre um e outro (ainda que de memória). Eu já adianto que o C3 nos aspectos fiscos é sim um upgrade do C2 – ainda que isso seja algo subjetivo. Agora, nos aspectos sonoros eu entendo que é apenas um sidegrade, ou seja, tão bom quanto, porém um vai ter um tuning diferente do outro. Se leram minha avaliação do C2, viram que eu tive um problema de sibilância usando as ponteiras que vieram com o fone… Até por isso eu não curti ouvir gêneros como Metal e EDM com o fone. Entretanto, o problema foi resolvido com o uso de ponteiras SpinFit CP100, e o engraçado é que o C2 com as CP100 ficou algo próximo ao som do C3.

Os graves do C3 em termos quantitativos. Começar falando que a medida aqui passa do moderado, já tem uma presença bem legal e que me agradou em termos de quantidade. Aqui é onde o C3 tem uma pequena diferença em relação ao C2, os graves do C3 são um pouquinho superiores aos do C2. Pra mim é o quantitativo que nem falta nem sobra, isso é, o som não fica enfadonho quando os gêneros precisam de graves, mas também não torna a apresentação exagerada por excesso de graves. Por incrível que pareça, se um basshead me perguntasse se eu indicaria esse fone para ele, eu diria que não, mas acredito que ele também não iria se decepcionar ao ouvir o C3. Para mim, os sub-graves e dos médio-graves são bem lineares, não percebi destaque a mais entre uma região e outra. Não senti decaimento (roll-off) na região dos subs. A extensão é boa.

Em termos qualitativos, os graves do C3 são autoritários, controlados, tem peso, tem corpo, tem textura, tem um bom impacto, tem uma gota de fisicalidade, porém nada que faça o ouvido tremer. Não são graves estrondosos, inchados, ou lamacentos, e também não invadem os médios. A definição é boa, a velocidade também é boa/Ok. Penso que são graves bem completos, não há nada que possa criticar (principalmente pelo preço do produto), talvez se fosse um driver exclusivo só para os graves talvez pudesse ganhar mais em qualidade. Os graves do C2 são mais limpos e secos do que os do C3 (na minha opinião), os graves do C3 tem um pouco mais de “carne”. Pra mim esses graves do C3 topam qualquer parada, combinam com uma gama bem variada de gêneros musicais, bom para Hip-Hop, POP, Rock, eletrônica, e outros.

Os médios do C3. Aqui é onde eu acho que o C2 e o C3 são mais parecidos, praticamente quase tudo se repete do primeiro para o segundo fone, a única diferença que posso notar é que essa faixa média do C3 ficou um pouco mais aquecida (warm) do que a do C2. Então é isso, Ctrl-C/Ctrl-V dos médios do C2… Faixa de frequência bem equilibrada, sem soar muito recuada nem muito pra frente (forward). Permanece a boa definição e clareza aqui também. Esses médios do C3 já são meio que a formula do sucesso, só não agrada mesmo a pessoa que prefere médios (médio-agudos) mais secos e diretos, algo como encontrado nos NF NA3 ou BGVP Melody, por exemplo.

As vozes. Aqui as coisas se invertem do C2 para o C3. Se no C2 eu achei que combinou um pouco mais com as vozes femininas/agudas, aqui no C3 eu achei que foi o contrário, o fone encaixou melhor com as vozes de timbres mais graves. Na realidade, isso de combinou um pouco mais é algo sutil, quando um fone é mais frio ele tende a combinar mais com vozes soprano ou mezzo-soprano, e quando o fone é mais quente ele tende a combinar mais com as vozes mais baixas e barítono (que foi o caso aqui do C3). O C3 consegue tirar mais proveito das vozes roucas e guturais, conferindo mais textura ao som (na minha opinião). Um bom exemplo que sempre uso para saber se o fone vai bem com uma voz mais grave tá aí na playlist dos gêneros musicais, Ed Motta, se a voz ficar “encorpada”, já é um sinal de que vai dar bom.

Os agudos do C3 em termos quantitativos. Aqui é a região mais discreta e a mais diferente em comparação ao C2. Se lá no C2 era a região que poderia “quebrar” o equilíbrio, aqui no C3 é a região que falta para chegar no equilíbrio (isso pode ser até certo ponto subjetivo). Eu achei que a quantidade ficou do moderado para baixo. A presença é Ok, são agudos que cumprem tabela, e na minha opinião poderia tem um pequeno acréscimo a mais pro fone fechar com chave de ouro. Para algumas pessoas eu imagino que vai ser exatamente o que elas procuram… e quem são essas pessoas? As que tem muita sensibilidade aos agudos. Aqui no C3 é fatiga zero, sem chance de cansar. Como disse no começo dos aspectos sonoros, é o fone do conforto. Fone mais que recomendado para ficar longas horas escutando música sem se sentir incomodado pelo som (está lançado o desafio!).

Em termos qualitativos, os agudos do C3 são suaves, doces, gentis, sem coloração, são agudos que eu poderia dizer que são “neutros”, isso é, coerentes. Não são agudos estridentes, nem afiados, nem ríspidos, e também não apresentam sibilância hora nenhuma. Eu não senti decaimento (roll-off) ou pouca extensão, para mim esses quesitos foram Ok, o que eu senti falta foi realmente um pouco mais de brilho, de arejamento, de micro detalhamento… Não que o que tem aqui seja algo ruim, mas sim vai entrar uma questão de gosto, pro meu gosto poderia ter um pouco mais. O C2 nesses quesitos já tem um pouco mais de presença, o que por sua vez vai gerar uma percepção maior dessas características. Os chimbais no C3 não soam ríspidos, Carrilhão não imprime coloração, Pratos de bateria não geram agressividade.

Palco sonoro (soundstage). A sensação de palco sonoro eu achei boa. O som se apresenta de forma relativamente ampla, trazendo um pouco de espacialidade para as músicas. Boa profundidade, boa altura, e boa largura. Certamente a diferença de tuning, e possivelmente diferença de construção da shell, fez o C3 ter uma melhor sensação de palco do que o C2 (na minha opinião).

Separação instrumental. A separação instrumental eu achei Ok/média. Certamente a imagem estéreo é boa e é possível ouvir os instrumentos tocando com definição, entretanto, não há um recorte muito preciso no posicionamento de cada um, a sensação realmente é de um som estar “por cima” do outro (lembrando que isso pode variar também de acordo com a gravação e outros processos durante a produção da música).

Driver Flex. O C3 é um fone single DD, e quando é assim, é preciso verificar se tem presença de driver flex. Então, posso afirmar que o C3 não apresentou sinais de ruído de driver flex. Quem não sabe o que é driver flex, eu coloquei a explicação aqui nesse link.

Amplificação. Eu usei o DAC/AMP dongle Questyle M15 conectado ao meu notebook para fazer essa avaliação. A saída utilizada foi a 3.5mm SE e o dispositivo com seletor no modo “Low”, ou seja, sem ganho. Posso afirmar que o Tin C3 é um fone super tranquilo para ser rodado de qualquer fonte, smartphones, notebooks, tablets, etc. Não necessita de amplificação dedicada. Eu fiz toda avaliação entre os volumes 35% e 40% dos 100% disponíveis pela escala de volume do Windows.



Gosto é subjetivo, então aqui vai a lista dos estilos musicais que eu achei que combinaram mais com esse fone. Lembrando que foram apenas alguns gêneros testados e alguns poucos artistas. Se eu coloquei que combinou com tal estilo e outro não, não significa que você não possa ouvir o seu gênero musical preferido com este fone e adorar. Então, aí vai:

Combinaram:

Eletrônica
Reggae
Metal
Hip Hop/Rap
POP
Rock
Blues
Samba
Pagode
Sertanejo
Bossa Nova

Forró

Nem tanto:

Clássica
MPB
Jazz
Axé


Link da Playlist:


Gráficos por IANFANN:




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