CAMPFIRE AUDIO ANDROMEDA

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>>Caso você seja novo aqui, recomendo que leia a página “Apresentação”<<

INTRODUÇÃO:

Primeiramente, gostaria de agradecer ao amigo Raphael Lopes que me emprestou o Andromeda para review, se não fosse por ele essa avaliação não seria possível. Sou muito grato a ele por essa generosidade. Então, ao amigo Rapha, o meu muitíssimo obrigado! Um abração e tamo junto! PS: Foi o Rapha também que indicou o álbum “Metronomy – The English Riviera” já postado aqui no site.

Segundo, é dizer que essa unidade do Andromeda que irei avaliar é a que pode ser adquirida pelo AliExpress. Eu já adianto que nunca escutei o Andromeda proveniente dos EUA, então não vou entrar no mérito se é igual ou diferente. Outros amigos do hobby escutaram os fones e disseram que eles são exatamente o mesmo.

Preço Andromeda AliExpress: ~$600 dólares (USD)
Cores: Verde
Cabo: Sem Mic


Link da loja:

https://s.click.aliexpress.com/e/_DDJ4crD


ESPECIFICAÇÕES:

Full BA: (5) Armaduras Balanceadas (2 Agudos, 1 Médios, 2 Graves)

– Frequência: 10Hz – 28kHz
– Sensibilidade: 115 dB SPL/mW
– Impedância: 12.8 Ohms @ 1kHz
– Plugue: 3.5mm (em L)
– Cabo: Cobre banhado a prata
– Tamanho do cabo: 1.2m (removível)
– Conectores: MMCX
– Material da shell: Alumínio
– Peso da unidade: 5.9g
– Peso total (fones+cabos): 220g



ASPECTOS FÍSICOS:



ASPECTOS SONOROS:

A sonoridade do Campfire Andromeda eu compreendi como Warm – U-Shape (Quente – Desenho em U). O fone realmente impressiona por ter uma tonalidade muito agradável e ao mesmo tempo ter tecnicalidades que se destacam. Eu achei o Andromeda excelente por isso, ele consegue ser muito versátil, se você vai escutar um gênero que busca mostrar as nuances dos instrumentos, tipo um Jazz, o fone vai entregar desempenho técnico, ou se a pessoa vai escutar um gênero mais relaxado, o fone também consegue se adaptar e entregar uma sonoridade envolvente.

O quantitativo de graves do Andromeda. Eu penso que o nível dos graves ficou entre o moderado e o moderado pro alto. De certo as ponteiras e/ou a amplificação pode gerar um resultado para mais ou para menos, como é assim também para uma boa parcela dos fones. Aqui a questão pro meu gosto eu prefiro quando o fone tem um pouco mais de intensidade nos sub-graves do que nos médio-graves – um equilíbrio entre as regiões também é o interessante. No Andromeda eu senti que o fone apresenta um pouco mais de foco nos médio-graves, embora aqui os médio-graves não são tão destacados assim, então o som fica mais “linear”, sem “inchaço”. Mas o fone tem sim sub-graves presentes, só que tipo, para música eletrônica (EDM) eu penso que o Andromeda não seria a melhor opção, isso porque eu entendo que esse gênero necessita de um destaque maior nas áreas mais baixas do som, para tentar extrair mais vibração (na minha opinião). Não senti decaimento nos graves, a extensão é boa. Se me perguntassem se eu indicaria o Andromeda para Bassheads, eu diria que não, mas penso que se eles escutassem o fone também não se sentiriam frustrados.

Em termos qualitativos, os graves do Andromeda são controlados, são limpos, definidos, tem corpo, tem calor. Fisicalidade não é muito a dos graves aqui, creio que vai depender um pouco da gravação nesse quesito. O impacto talvez sejam uma das características que mais se destacam nos graves do Andromeda, não por excesso, mas sim por ser audível de uma forma exata, o kick em um bumbo de bateria ou a batida em outros instrumentos de percussão, fica muito coerente com o real. Os graves do Andromeda não são estrondosos, não são lamacentos, não são inchados, não são abafados, e não invadem os médios. Os graves desse fone se dão muito bem com gêneros que são mais acústicos, que tem violão, bandolim, etc, só que claro ele também vai tocar bem os instrumentos amplificados como guitarra, contrabaixo e etc, mas a questão é extrair mais nuances dos instrumentos acústicos por causa da ótima resolução que o fone traz.

Os médios. O Andromeda pode ser considerado um fone com médios mais recuados, e de pinna gain mais suave (principalmente se olharmos a resposta de frequência do fone), só que na prática essa região – para mim – não soa tão recuada assim, isso porque a resolução que o fone apresenta aqui nos médios é realmente algo muito bom, poucos fones que eu ouvi trazem um recorte tão bom como o que a Campfire fez aqui com o Andromeda. São médios com muito detalhamento, transparência, e informação, então mesmo o fone não tendo uma característica mais “pra frente” aqui nessa região, é possível escutar tudo com muita nitidez. Daí penso que ao mesmo tempo que é algo doce, também não sem negligencia o desempenho técnico, e essa combinação pra mim foi o que fez os médios do Andromeda não soarem distantes ou escuros. Caixas de bateria tem sim mais suavização no som, porém sem perder a capacidade de mostrar a definição das batidas. Flautas, saxofones, trompetes ficam com sonoridade eufônica e ao mesmo tempo com muita informação e detalhamento.

As vozes. Aqui temos algo bem interessante, algo que me fez lembrar o que eu ouvi quando testei o Audiosense DT300. Na ocasião lá, e aqui agora, a sensação que fica é como se os vocais fossem retirados da gravação e depois inseridos para tocar exclusivamente por um driver (BA), então passa a sensação de um recorte perfeito da voz, e também da localização do(a) vocalista. Em questão de timbre, para mim, tocou bem ambos tipos de vozes – masculinas/graves ou femininas/agudas. Agora, é meio que sabido que o fone por ter esse pinna gain mais baixo vai fazer com que timbres mais altos fiquem suavizados na apresentação. Por outro lado, vozes de timbre mais baixos o Andromeda consegue tirar uma textura legal. Muito bom também ouvir vozes mais sussurrantes aqui com esse fone, a resolução e o arejamento faz esse tipo de voz ganhar uma sensação muito sedutora.

Os agudos do Andromeda em questão de quantidade. Para mim eles tem uma presença satisfatória e penso que eles ficam no nível do moderado. Aqui novamente as ponteiras podem fazer uma leve diferença no som, por exemplo, se a pessoa usar uma ponteira com furo mais aberto (wide bore), aí sim pode ser que os agudos flertem para um lado mais bright, agora, pra mim as Final E eartips deram certo de primeira, os agudos ficaram num ponto agradável sem perder a vitalidade. Aqui vai valer algo semelhante ao que disse na parte dos graves, se não é um fone que indicaria para Bassheads, também não indicaria para os Trebleheads, mas penso que esses não iriam se desagradar com os agudos do Andromeda. Eu que gosto de ouvir Jazz clássico com uma sonoridade mais bright (fria/brilhante) e pude me dar por satisfeito com os agudos do Andromeda, creio que em parte por causa da questão qualitativa dos agudos. Não senti sensação de decaimento, a extensão achei boa.

Os agudos em termos qualitativos. Os agudos do Andromeda tem resolução, rapidez, são claros, vivos, não possuem picos, nem coloração. O detalhamento dos agudos é muito bom, a nível de micro detalhamento. O arejamento também é muito bom. O brilho se apresenta de uma forma muito bem feita, sem soar cristalino. Os agudos do Andromeda não são estridentes, não são afiados, não são ríspidos, não são fatigantes, e não apresentaram sibilância em momento algum. Performance técnica mais do que esperada aqui com os agudos do Andromeda. Sons de harpa, triângulo carrilhão fica tudo com um brilho muito limpo e detalhado, e sem soarem de forma fina ou artificial. Violinos se apresentam com maestria e timbre muito coerente. Notas mais agudas de pianos tem muita definição e velocidade, a exemplo da música “Chopin: grande valse brillante in E-flat major, Op. 18” que lá pelo tempo de 0.46 segundos você escuta toda rapidez das teclas e do som. PS: essa música está na playlist para testar os gêneros do site.

Palco sonoro (soundstage). A sensação de palco sonoro eu achei excelente. Sempre escutei geral falando sobre a espacialidade que o Andromeda traz, e agora pude confirmar. Sim, esse fone tem uma espacialidade muito boa, o som é amplo em profundidade, altura e largura. A Campfire utiliza um sistema chamado Tuned Acoustic Expansion Chamber™ (T.A.E.C.) que na teoria faz a sonoridade do fone não soar comprimida, é possível que essa seja uma das razões pela qual o som se apresenta mais aberto. E também como o fone não tem um pinna gain tão “pra frente”, isso acaba diminuindo aquela sensação do som estar muito próximo ao tímpano. Eu confesso que gostei bastante do palco sonoro do Andromeda mas eu não me surpreendi tanto assim porque quando eu ouvi o Audiosense AQ4 eu tive uma sensação de bastante espacialidade no som também, que quiçá igual ou talvez até maior do que a do Andromeda. Uma pena eu não ter mais o AQ4 aqui para poder fazer essa comparação lado a lado, então esse relato vai ficar apenas como uma recordação.

Separação instrumental. A separação instrumental eu achei excelente. A imagem estéreo do fone é ótima, e os espaços entre os instrumentos (e voz) também é ótima, ponto muito positivo para esse fone. Tudo fica muito bem localizado e definido, o som não embola em momento algum, nem com músicas de muita instrumentação, como samba, pagode ou música clássica (lembrando que a separação pode variar também de acordo com a gravação e outros processos durante a produção musical). Eu sempre comento que acho que fones híbridos ou Full BAs tem um desempenho técnico superior aos fones Single DD – na minha opinião – mas claro também sei que isso não é uma regra, é só uma percepção individual do que experimentei na minha jornada, posso mudar de opinião no futuro.

Teste de Driver Flex. O Andromeda é um fone que possui apenas armaduras balanceadas (BA), então, esse parágrafo pode ser eliminado, uma vez que BAs não produzem ruído de driver flex. Para aqueles que ainda não conhecem o que é “driver flex”, eu coloquei a explicação aqui nesse link.

Amplificação. Eu utilizei o FiiO KA5 conectado ao meu notebook para fazer essa avaliação. A configuração que coloquei foi a seguinte: saída 3.5mm, dongle em 120 passos (vol. máx), high gain, e 15% de volume no Windows. Eu tinha começado a escutar o Andromeda no low gain e com 20% de volume, mas no meio do caminho eu fiz essa modificação que citei anteriormente. Para mim o resultado com o high gain e diminuindo o volume ficou perfeito, som limpo e dinâmico. O Andromeda é um fone bem sensível e não precisa de uma fonte muito potente para tocar corretamente. Entretanto, é preciso ficar atento que nem toda fonte que você colocar o Andromeda vai soar tão limpo, eu testei direto da placa de áudio do meu notebook (Realtek) e o ruído de fundo ficou bem audível, o som não ficou legal, sendo assim eu penso que talvez seja bom a pessoa buscar pelo menos um equipamento que gere menos ruído possível no som.


Gosto é subjetivo, então aqui vai a lista dos estilos musicais que eu achei que combinaram mais com esse fone. Lembrando que foram apenas alguns gêneros testados e alguns poucos artistas. Se eu coloquei que combinou com tal estilo e outro não, não significa que você não possa ouvir o seu gênero musical preferido com este fone e adorar. Então, aí vai

Combinaram:

Clássica
Reggae
Metal
Jazz
MPB
POP
Rock
Blues
Samba
Pagode
Sertanejo
Bossa Nov
a
Forró

Nem tanto:

Hip Hop/Rap
Eletrônica
Axé



Link da Playlist:


GRÁFICOS POR MUSICAFÉ:



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