REVIEW IN ENGLISH VERSION CLICK HERE: TIN HIFI C2 MECH WARRIOR REVIEW

>>Caso você seja novo aqui, recomendo que leia a página “Apresentação”<<
INTRODUÇÃO:
Hoje farei a avaliação do TIN HIFI C2 MECH WARRIOR. Nova série de fones da TIN HIFI.
A loja de aquisição do TIN HIFI C2 foi a HIFIGO, uma das principais distribuidoras dos produtos da TIN HIFI, além de outras diversas marcas e produtos de áudio. Sendo assim, eu vou deixar os links do produto e quem tiver interesse em saber sobre o TIN C2, é só conferir pelos links abaixo (não são afiliados).
Avaliações da TIN HIFI: Tin T2 EVO, Tin T2+, Tin T3+, Tin P1, Tin T1S, Tin P1 Max
Preço: $39 dólares (USD)
Cores: Cinza escuro
Cabo: Sem Mic
Link da HIFIGO:
https://hifigo.com/products/tinhifi-c2
https://hifigo.pt.aliexpress.com/store/5562139
https://www.aliexpress.com/item/1005005004622697.html
https://www.amazon.com/dp/B0BNHY1FHV/tinhifi+c2/
https://www.amazon.co.jp/dp/B0BNHZBY4B/tinhifi+c2/
ESPECIFICAÇÕES:
(1) Driver Dinâmico de 10mm por lado (PU+LCP)
Frequência: 10Hz – 20kHz
Sensibilidade:104±3dB
Impedância: 32Ω±15%
Potência nominal: 3mW
Distorção Max: 3% @1kHz
Plugue: 3.5mm banhado a ouro (em L)
Tamanho do cabo: 120cm (removível)
Conectores: 2Pin 0.78mm
Material da shell: Liga de alumínio 6063
Peso: 5.9g (um lado)





ASPECTOS FÍSICOS:
Eartips (ou ponteiras/borrachinhas). Começando pelas ponteiras. Só veio 1 tipo de ponteira em silicone, nos tamanhos P/M/G, dois pares de cada tamanho. Não precisa nem dizer muito que o pacote ficou bem simples e até limitado se for pensar em outros fones de valor mais baixo e com pelo menos dois tipos de ponteiras inclusas, a citar: o TangZu Wan’er S.G, e o 7Hz Salnotes Zero. Acho que aqui a empresa poderia pelo menos ter colocado aquelas ponteiras brancas que eles disponibilizaram no T1S, eu acho elas mais macias do que essas que vieram inclusas no pacote. De toda forma, é possível usar a ponteira disponibilizada, mas eu já adianto que seria interessante fazer um upgrade de ponteiras aqui. Algumas opções: Eartips
-Eu usei as ponteiras pretas no tamanho M para fazer a avaliação do fone.
Cabo. Num primeiro momento o cabo veio todo enrolado para caber dentro da caixa, e isso acabou deixando alguns vincos e ondulações em sua extensão. Porém, com o uso paulatino ele foi melhorando essa questão das marcas. É um cabo pragmático, e eu vejo com mais pontos positivos do que negativos. Ele é leve, resistente, não apresenta microfonia, não embaraça com facilidade. Esteticamente ele me lembra o cabo do FH3, só que o cabo do FH3 é bem duro, parrudo, difícil de controlar, já o cabo do C2 é mais maleável, ele é coberto por um PVC transparente que tem um toque bem liso ao tato. Honestamente, para o preço do fone eu achei que ele ficou bem colocado, quebra aquela repetição de cabos trançados o tempo todo. Sei que algumas pessoas vão querer fazer a mudança do cabo, e eu até pensei isso quando fiz o unboxing do fone, mas no uso diário com o produto eu mudei de opinião, vejo que é um cabo bem legal e prático. O cabo do C2 não possui o Chin Slider (peça que regula a abertura dos cabos que vão para os falantes), mas eu não faço uso dessa peça.
Earhooks (ou ganchos de orelha). Ponto positivo ao cabo do C2. Os earhooks são como eu gosto, lisos e sem ondulação. Pra mim esse é o melhor tipo de earhooks que um fone pode receber, embora possa ser confeccionado por outros materiais, com tanto que seja assim em estilo “tubular”. Para mim eles foram bem confortáveis e tem uma angulação que eu acho bem acertada (pros meu ouvidos). Quando os earhooks vem assim, a possibilidade do fone ter um bom encaixe no ouvido também é grande.
Conectores. O C2 possui conectores de estilo 2 pinos 0.78mm. Ele é bastante encontrado nos fones da Moondrop, como por exemplo no Aria, e recentemente ele também apareceu no Truthear Hexa. Sendo conectores de 2 pinos eu já me agrado mais do que MMCX. Sinceramente o MMCX não rotacionando pra mim é de boas, mas a chance de rotarionar é grande, então, tenho preferência por conectores de 2 pinos. Os conectores tem a indicação de encaixe por letras L & R (esquerdo e direito), bem como o corpo do fone também possui a indicação com as letras. Que ótimo ver que a TIN evoluiu nesse sentido.
Encaixe. O encaixe do C2 foi bem tranquilo, e aqui o destaque vai por ele ser um fone horizontal, eu tenho um pouco mais de preferência por fones horizontais do que verticais. Essa questão do encaixe é algo bem subjetivo, então pros meus ouvidos a estabilidade do fone ficou ótima, ele não fica balançando, eu não preciso ficar fazendo ajustes o tempo todo, apenas coloco no ouvido e esqueço. O C2 tem um design bem compacto, a faceplate é plana então faz ele ficar bem discreto no ouvido, sem partes protusas para fora. A inserção eu achei média, e o isolamento eu achei médio. Eu entendo que para esse fone, a troca das ponteiras pode gerar um pouco mais de inserção, e um pouco mais de isolamento. A SpinFit CP100 é uma boa opção para encontrar esse mínimo ajuste nos quesitos citados anteriormente (subjetivo).
Conforto. O conforto do C2 foi outro ponto que – pra mim – também foi muito positivo. O fone é construído de metal, mas ele é bem leve, não igual um fone de plástico, porém não me causou preocupação por ser de metal. A qualidade da shell bate fones acima de $50 dólares facilmente, me arrisco a dizer até mais, tem fones bem mais caros que não tem a qualidade que o C2 entrega. O produto pra mim foi super confortável, não tive nenhum ponto de pressão, nem quinas estranhas durante o uso. Eu fiquei mais de duas horas com o fone antes de fazer uma pausa, e durante esse momento eu não tive nenhuma sensação de desconforto. O C2 tem esse design meio quadrado na parte de trás, e isso pode gerar algum receio de quem pensa em adquirir o fone… o que eu posso dizer é que pra mim isso não foi problema, o fone nem chega a encostar no fundo da minha concha. Mesmo com esse detalhe no design, ele é muito bem esmerado e liso, acredito que não seja algo negativo para outras pessoas, mas aí só testando mesmo (algo bem subjetivo).
O produto não veio com nenhum estojo e também nenhum acessório adicional. Nada, simplesmente nada. Nem aquelas sacolinhas de tecido… corte de gastos total da empresa. Esse fone merecia pelo menos um estojo semirrígido.

ASPECTOS SONOROS:
A sonoridade do TIN HIFI C2 MECH WARRIOR eu considero como equilibrada (balanced), e também possui uma leve inclinação para a sonoridade U-Shape (desenho em U). Que fique claro que a sonoridade U-Shape é entendida aqui como um fone semelhante aos fones V-Shape, porém com médios menos recuados (de acordo com as literaturas). Outra coisa, esse fone é meio difícil de definir a sonoridade em apenas uma palavra, essas denominações de sonoridades que fazemos é apenas para tentar orientar em qual direção a sonoridade está indo.
O TangZu Wan’er S.G foi um fone que me impressionou bastante pela coerência na tonalidade, porém, eu fiquei com a sensação de que faltava ali um pouco mais de resolução como um todo. Então, eu penso que o TIN C2 consegue ser esse fone com uma ótima tonalidade e também com um bom nível de resolução. Bem verdade o C2 é um pouquinho mais caro que esses fones sub-100 reais, mas ele tem aparecido com uns descontos que beiram essa faixa de preço.
Os graves do C2 em termos quantitativos. Eu acredito que os graves do C2 ficaram com um nível moderado. Pro meu gosto eu aceitaria até mais quantidade do que tem aqui, vide FiiO FH3, Letshuoer D13, ou até mesmo o Moondrop Aria. Agora, também gostei da quantidade disponível no C2, porque são graves que se adequam bem com diversos estilos musicais, você não tem graves em excesso, nem em falta. A medida encontrada aqui eu acredito ser algo bem satisfatório para quem busca um som equilibrado. Claro que já diz que para os bassheads talvez não seja a pedida ideal, embora também ache que eles não iriam se decepcionar, eu gosto de graves e me agradei.
Em questão de sub-graves e médio-graves, eu penso que os médio-graves levaram uma discretíssima vantagem sobre os sub-graves, algo bem pequeno mesmo. Não é que o fone tenha mais médio-graves, e sim que os sub-graves são mais baixos, e aí faz com que a apresentação ganhe um leve realce com sons como bumbo de bateria e notas mais graves de um violão. Então assim, não é que ele tenha um decaimento (roll-off) que afete a extensão, não é isso, pelo contrário, a extensão é boa, a questão é que o sons nos sub-graves são mais “baixos”, se assim poderia dizer. Isso não afeta a percepção auditiva dos sub-graves (na minha opinião).
Em termos qualitativos, os graves do C2 são bem “versáteis”, limpos, controlados, e ao mesmo tempo não deixa de ter uma parcela de peso e textura (mas que tá longe de ser o principal aqui dos graves do C2). Não são graves tão físicos, do tipo aqueles que fazem o ouvido vibrar, não, mas é sim possível sentir notas mais densas de um piano, ou a vibração em notas de um contrabaixo. O impacto é algo bem interessante nesse fone (pro lado positivo eu penso), tem uma característica mais delineada, mas lisa, mais “seca”, e isso tudo sem perder a capacidade de gerar uma certa “porrada”/kick, como em um pedal duplo de bateria, por exemplo. Não são graves estrondosos, inchados, ou lamacentos, e também não invadem os médios. A definição é boa pra essa faixa de preço, já acho melhor que a definição dos graves do 7Hz Salnotes Zero.
Os médios do Mech Warrior. Os médios centrais são um pouco recuados, mas os médio-agudos tem uma leve ênfase. Em suma, você tem médios bem equilibrados, uma medida bem implementada, não há sensação de muita distância, nem sensação de muita frontalidade, é um meio termo o que temos aqui no C2. A qualidade dessa região pra mim foi muito boa, é possível ouvir vozes e instrumentos com boa clareza e definição. Lembrar que estamos falando de um fone na faixa dos 100 reais. Aqui eu acho que o Moondrop CHU leva uma vantagem em termos qualitativos com relação aos médios do C2, embora eu ainda prefiro os médios do C2, porque os do CHU em algumas situações ficaram mais “agressivos/ secos” (na minha opinião).
Vozes. As vozes no C2 eu achei que as femininas/agudas ganharam a batalha sobre as masculinas/graves. O que aconteceu foi que o C2 não confere corpo para as vozes mais graves, tipo, você não tem o gutural ou o ronco mais profundo, elas acabam ficando mais “magras”. Já as vozes mais altas/agudas se apresentam de uma forma que eu considero melhor, não se tornam agressivas mas também não perdem a projeção. É evidente que esse não o melhor fone que já ouvi para vozes mais agudas, agora, por exemplo, um vocal de Heavy Metal vai combinar muito bem, a citar: um Painkiller – Judas Priest.
Os agudos do C2 em termos quantitativos. Aqui é a única região que pode alterar o status de “equilíbrio” do fone, embora isso seja muito subjetivo, pois uma pessoa pode achar que está num nível satisfatório e outra achar que está soando além do equilíbrio. Na minha opinião, essa região em si eu considero como moderada, mas você sente que o fone tem uma gotinha de energia aqui, existe sim um ponto nesses agudos em que algumas situações passam da coerência, ou perdem a “naturalidade” (eu não gosto de usar essa palavra mas ficou bom para exemplificar). O que acontece é que a depender de algumas gravações, certos instrumentos podem ficar mais destacados na apresentação (vou elucidar algumas coisas nos parágrafos seguintes). Não senti decaimento (roll-off). Eu diria que são agudos nota 6.2 numa escala de 0 a 10.
Em termos qualitativos, os agudos são bem definidos, tem boa resolução, boa extensão, bom arejamento, bom detalhamento – mas claro, não a nível de micro detalhamento. Não são agudos fatigantes, não são estridentes, não são afiados. O brilho é coerente a maior parte do tempo, mas em algumas poucas situações eu senti uma coloração maior em determinados instrumentos, como por exemplo, um pandeiro meia-lua mais alto na gravação. A única questão mesmo do C2 que não me agradou foi que eu senti alguns leves sons de sibilância em gravações que já tinham ali a propensão de acontecer. Mas eu percebi que isso poderia estar diretamente ligado às ponteiras do fone, porque eu refiz toda audição com as SpinFit CP100 e o problema desapareceu. Então, eu acredito que foi uma interação entre as ponteiras stock e o meu canal auditivo. Até por isso falo que o C2 poderia receber um upgrade nas ponteiras (subjetivo). Esse quesito da sibilância foi o preponderante para eu declinar a combinação com EDM e Metal (com as ponteiras stock).
Palco sonoro (soundstage). A sensação de palco sonoro eu achei boa. A melhor característica talvez seja mesmo a profundidade, porque em altura e largura eu achei algo médio. Usando o exemplo de uma apresentação ao vivo, pra mim, os sons (instrumentos e etc) ficaram como se estivessem em uma linha reta, tipo enfileirados lado a lado, mas não de forma colada ou agarrados uns aos outros. Note que o termo profundidade eu entendo como a sensação de distância do som aos meus ouvidos, e não a profundidade de um palco físico (palanque).
Separação instrumental. A separação instrumental eu achei boa/média. A imagem estéreo é boa, e a separação também é boa para a faixa de preço do fone. É claro que não há algo incrível aqui, pra mim é somente a capacidade do fone não congestionar a apresentação. Acredito que fones híbridos levam mais vantagem nesse quesito, embora não seja uma regra (lembrando que isso pode variar também de acordo com a gravação e outros processos durante a produção da música).
Driver Flex. O Tin Hifi C2 é um fone single DD, e quando é assim, é preciso verificar se tem presença de driver flex. Então, posso afirmar que o C2 não apresentou sinais de ruído de driver flex. Quem não sabe o que é driver flex, eu coloquei a explicação aqui nesse link.
Amplificação. Eu usei o DAC/AMP dongle Questyle M15 conectado ao meu notebook para fazer essa avaliação. A saída utilizada foi a 3.5mm SE e o dispositivo com seletor no modo “Low”, ou seja, sem ganho. Pelo que pude ouvir aqui com o C2, ele não precisa de amplificação extra para tocar bem. Na minha opinião ele vai tocar bem em qualquer fonte que você colocar. Já em termos de qualidade sonora, aí fica a seu critério buscar um equipamento que se destine a melhorar a saída de áudio dessas fontes mais comuns (celular, tablet, notebook, etc). A avaliação foi feita com os volumes em 35% ou 40% dos 100% disponíveis pela escala de volume do Windows.

Gosto é subjetivo, então aqui vai a lista dos estilos musicais que eu achei que combinaram mais com esse fone. Lembrando que foram apenas alguns gêneros testados e alguns poucos artistas. Se eu coloquei que combinou com tal estilo e outro não, não significa que você não possa ouvir o seu gênero musical preferido com este fone e adorar. Então, aí vai:
Combinaram:
POP
Rock
Blues
Reggae
Samba
Pagode
Sertanejo
Bossa Nova
Hip Hop/Rap
Forró
MPB
Jazz
Nem tanto:
Eletrônica
Clássica
Metal
Axé

Link da Playlist:
Gráficos por Super*Review:

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