CELEST WYVERN ABYSS

REVIEW IN ENGLISH: CELEST WYVERN ABYSS REVIEW

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Atualmente o Wyvern Abyss também pode ser encontrado pelo nome de Wyvern Black. E também existe a versão Wyvern Abyss – ou Black – Pro, que seria o mesmo fone apenas com a adição de um microfone no cabo. Lembrar também que existe a primeira versão do fone, o Wyvern.

Celest Reviews: PandamonGumiho, Plutus Beast, Pandamon 2.0

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Construção: Como não começar falando dessa linda faceplate, não é verdade? Foi dito lá na introdução que o design simula as escamas do dragão (o Wyvern). Sem dúvidas, é o fone mais bonito dessa faixa de preço dos $20-30 dólares (claro, isso é subjetivo). É também o fone mais bonito da Celest Audio, gostei até mais do que o Plutus Beast e do Pandamon 2.0. A qualidade da shell é excelente, me lembra o Kiwi Ears Cadenza, apesar de que o Cadenza custava um pouco mais ($35 USD). A qualidade da shell do Wyvern Abyss é encontrada em fones de preços muito mais elevados, ponto bem positivo para o produto. Ele tem um design semi-custom que a princípio eu fiquei um pouco receoso, achei que seria muito grande, mas eu vou detalhar isso no parágrafo do “encaixe e conforto”.

Antes do Wyvern Abyss eu avaliei o Truthear Gate, e o que reparei foi que a qualidade de construção entre os dois é um “abismo”… o Abyss dá uma surra no Gate… e se a gente for ver, a diferença de preço é de seus $10 dólares, isso levando em consideração os preços originais, porque o Abyss entra em promoção e fica com o preço bem igual ao do Gate. Então, nesse sentido da construção, o Abyss é o campeão.

Eartips (ponteiras / borrachinhas): Esse parágrafo eu vou relatar algo que não achei tão bom no produto, e em parte isso também vai ser subjetivo. A Celest colocou apenas 1 tipo de ponteira em silicone – nos tamanhos P/M/G – e elas são no formato wide bore (bocal aberto). Quem acompanha minhas avaliações sabe que eu não curto esse tipo de ponteira, o som perde um pouco dos graves e também aumenta as regiões dos médio-agudos e agudos. Como só veio esse tipo de ponteira no fone, eu tive que partir para uma solução de empresas terceiras, usei as SpinFit CP100, elas sempre me salvam quando as ponteiras do kit original não me servem. Então, as minhas duas críticas são essas, primeiro a empresa colocou poucas ponteiras – em termos de variedade, e em segundo, optou por colocar uma ponteira que ao meu ver, foge um pouco do formato “padrão” de ponteiras. Se levar em consideração o Truthear Gate, ele custa menos e ainda vem com 2 tipos de ponteiras no kit.

Encaixe e conforto: Como disse no paragrafo da construção, achei que seria um fone bem grande, olhando o fone de lado você vê que ele tem um corpo mais espichado… mas toda a neura caiu por terra quando eu inseri o fone nos meus ouvidos. O fone encaixou muito muito bem, eu fiquei com a sensação de estar usando um fone custom (feito com o molde dos ouvidos). A inserção eu achei média, e o isolamento eu achei muito bom, principalmente em combinação com a SpinFit CP100, penso que pode ser um bom fone para ser usado como monitor de palco (em caso da pessoa não ter muito recurso financeiro para investir em um fone custom). Tudo bem essa é sempre uma parte muito subjetiva, eu tenho um ouvido que sempre tem espaço para acomodar os fones, então quase sempre dá certo. Talvez se você tiver um ouvido muito “raso”, pode ser que o encaixe não fique 100%, mas aí é uma hipótese, não tenho como saber isso né. O conforto também foi outro ponto muito positivo, o Wyvern Abyss é um fone bem leve, o cabo também é bem leve, então não tive nenhum problema, fiz minhas 2-3h de sessão musical sem sentir desconforto. Penso que o Abyss é um bom fone para passar muito tempo ouvindo música.

Acessórios: Nessa faixa dos $20-30 dólares eu nem faço mais tantas críticas quanto aos acessórios, ou como no caso aqui, a falta deles… Produtos nessa faixa preço quase nunca vem com acessórios interessantes, então, ter somente por ter, não faz sentido. O Wyvern Abyss eu até entendo porque eles priorizaram a qualidade da shell e colocaram um cabo muito bom, e isso vale muito mais do que qualquer acessório. Agora, só pra lembrar, o Truthear Gate veio com um estojo tipo couro sintético no kit.


A sonoridade do Celest Wyvern Abyss eu compreendi como uma variação da Harman Target (curva de compensação criada pelo grupo Harman International – atualmente adquirido pelo conglomerado da Samsung). Digo sempre ser uma variação porque cada empresa molda esse tuning de acordo com suas preferências. Traduzindo para a linguagem do som, a Harman Target é basicamente uma sonoridade com boost nos graves, médio-agudos mais destacados, e agudos mais contidos.

Analisando o Celest Wyvern Abyss e o Truthear Gate, o Gate tem um som mais energético, a sonoridade mais próxima do V-Shape, enquanto o Abyss é mais quente e relaxado, ainda que com a sua dose de diversão. A principal diferença entre eles são os agudos, o Gate possui mais agudos, então vem com um detalhamento maior que o Abyss, esse que por sua vez possui agudos neutros, tendendo ao lado mais discreto, mais polido. O Abyss tem um som mais quente e texturizado, enquanto que o Gate tem uma apresentação mais limpa e mais magra, o que faz ele ter uma sensação de mais definição. Nas outras duas frequências – graves e médios – os fones se parecem (em quantidade). Acho que se a pessoa busca por mais tecnicalidades, o Gate vai ser a opção, e para quem busca mais musicalidade, mais envolvência, o Wyvern Abyss vai ser a pedida. Se for mais sensível aos agudos, o Abyss é o melhor para você. Se busca um brilho a mais na apresentação, o Gate então. Evidente que tudo aqui é de um em comparação ao outro, ambos são ótimos fones para a faixa de preço. Tenho certeza que se você só puder escolher um, vai se sentir satisfeito com o que pegar.

Graves:

Quantitativo: Os graves do Wyvern Abyss são moderados. Quantidade bem parecida com a do Gate, vai mudar só na parte qualitativa. Na minha opinião, esse não é um fone para bassheads. Agora, o fone tem graves num nível muito bem acertado, eu gosto de graves e me satisfiz com o que o fone apresenta. O Abyss para mim possui subgraves e médio-graves de forma bem presente, e me parece que ele tem um leve acréscimo a mais na região dos médio-graves, mas algo bem discreto, porque os subs também aparecem junto. Não senti decaimento (roll-off), a extensão é boa.

Qualitativo: São graves que trazem calor para a apresentação, possui uma ótima textura e fisicalidade, sem soarem excessivos. A definição é boa, agora, são graves que tem a sensação de serem mais encorpados, mais cheios, deixam a apresentação mais macia e preenchida. Tem um bom impacto, mas é do tipo mais massudo, a pancada é mais ampla, ao invés de ser seca e apertada. Os graves do Gate são meio que o oposto dos do Abyss, lá no Gate os graves são mais “frios”, mais secos e com menos textura, o que faz ele soar com mais velocidade e definição. De certa forma, os graves do Gate são mais “técnicos”, enquanto que os do Abyss são mais relaxados, mais envolventes. Na minha opinião, os graves do Abyss não são estrondosos, não são inchados, não são abafados, e não invadem os médios. O som de um contrabaixo você vai ouvir de uma forma mais quente e texturizada em comparação aos graves do Gate. Então, vai ser uma questão de gosto pessoal, se você curte graves mais “quentes” (Abyss) ou graves mais “secos” (Gate).

Médios:

Quantitativo e qualitativo: Aqui no Abyss temos praticamente a mesma quantidade de médios que o Truthear Gate, nem são recuados nem são frontais demais. Isentos de qualquer dureza ou agressividade, pelo contrário, são médios bem melódicos. O que vamos ter de diferente nos médios do Wyvern Abyss em comparação aos do Gate é que, os médios do Abyss são mais quentes e sedutores, uma vez que o Abyss traz um “aquecimento” que vem da região dos graves, isso deixa a região dos médios mais sedosa, mais envolvente. Mas não se enganem, os médios do Abyss tem boa definição, boa transparência, boa clareza, e bom detalhamento, tal como os médios do Gate.

Vozes: Eu senti uma leve vantagem para as vozes masculinas/graves, justamente porque o Abyss tem esse lado mais “quente” e com mais textura, isso beneficia os timbres mais baixos. Então fica meio que assim, O Abyss para vozes de timbres mais graves, e o Gate para vozes de timbres mais agudos (ainda que o Gate não seja excelente para esse tipo de voz). Eu gostei do Abyss na questão de passar muita naturalidade para as vozes, me traz uma sensação agradável, de conforto. É preciso lembrar também que eu fiz a troca das ponteiras, então com as que usei, certamente o som como um todo fica mais suave.

Agudos:

Quantitativo: Os agudos estão no nível do moderado mas inclinando para baixo. O “para baixo” é principalmente porque eu estou comparando com o Truthear Gate, que na minha opinião tem mais quantidade nos agudos do que o Abyss. O Wyvern Abyss é um ótimo fone para quem quer evitar agudos mais acesos, ele tem uma quantidade bem confortável, penso que vai agradar as pessoas que são mais sensíveis aos agudos. Ele tem uma leve sensação de decaimento (roll-off), mas não afetou a extensão dos agudos. É um fone muito bom para gêneros como Reggae, Hip-Hop, Rock, POP, ritmos que não tem “tanto” enfoque nos agudos, já para gêneros como Jazz, musica clássica, ou instrumental acústico, aí penso que pode faltar uma dose a mais nos agudos (claro, isso é subjetivo).

Qualitativo: São agudos suaves, naturais, controlados, polidos, doces. Não são ríspidos, não são estridentes, não são fatigantes, e não apresentam sibilância em momento algum. Tem uma boa definição, o detalhamento e o arejamento eu achei bom/ok (nesse quesito o Gate consegue apresentar mais desempenho). O brilho é bem coerente com o real, nada passa do ponto, os sons tem uma sensação de serem bem naturais, por exemplo, pratos de condução tem um som bem confortável. Não senti presença de picos ou coloração nos agudos. Para quem busca mais brilho e mais detalhamento, realmente o Gate pode ser a melhor pedida, já para quem busca algo mais “natural”, mais comedido, o Wyvern Abyss é a indicação.

Palco sonoro: O palco sonoro eu achei ótimo. O fone possui uma boa espacialidade, principalmente para a faixa de preço. Aqui nesse quesito o Abyss acho ser melhor que o Truthear Gate, até porque o Gate é mais em V, e nisso a sonoridade dos instrumentos ficam mais pra frente, o que de certa forma faz o som se apresentar como se estivesse mais próximo de você. No Wyvern Abyss eu diria que a profundidade e a largura são as melhores características.

Separação instrumental: A separação eu achei média. Nesse quesito o Truthear Gate consegue tem um desempenho um pouco melhor, até por causa do detalhamento maior na região dos agudos. Não que o Wyvern Abyss seja ruim, mas é que o Gate eu achei um pouco melhor. É evidente que é possível ouvir todos os instrumentos com boa nitidez (no Abyss). A imagem estéreo também é boa. O ponto positivo é que como o palco sonoro é grande, então ajuda na questão de “espaçar” mais os instrumentos (Lembrar que a qualidade das gravações influenciam bastante nesse quesito).

Teste de Driver Flex: Não presenciei som de driver flex ao inserir o fone nos meus ouvidos.

Amplificação: Eu usei o DAP FiiO M11S para fazer essa avaliação. A saída utilizada foi a 3.5mm e o DAP no modo High Gain. O Volume ficou em 70% dos 120% disponíveis pelo M11S. O Celest Wyvern Abyss é um fone fácil de tocar, não necessita de amplificação extraordinária. Testei o fone no FiiO KA11 e tocou tranquilamente. O Wyvern Abyss pode ser empurrado com fontes mais simples como smartphones, tablets, ou notebooks. Mas eu faço o alerta para que você sempre tenha um dongle de boa qualidade para tocar os fones. Atualmente, faço a recomendação do FiiO KA11 como bom dongle custo/benefício. Nesse caso – assim como no Truthear Gate – o KA11 pode ser até mais caro que o fone, mas eu acho mais vantagem ter logo um dongle nessa faixa de preço do que comprar um mais simples e depois querer o KA11, então, melhor partir para a solução mais recomendada (na minha opinião).




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