REVIEW IN ENGLISH VERSION CLICK HERE: KIWI EARS QUINTET
>>Caso você seja novo aqui, recomendo que leia a página “Apresentação”<<
INTRODUÇÃO:
Após ter avaliado o Cadenza e o Quartet, chegou a vez do fone com mais drivers que eu já pude testar, o Kiwi Ears Quintet. De cara, eu já adianto que esse é o melhor fone da Kiwi que pude testar – até o momento. Além de muito bom, o Quintet é “correto”, um verdadeiro “All rounder” (na minha opinião).
Fone enviado pela Linsoul, uma das principais distribuidoras dos produtos da Kiwi Ears, além de outras diversas marcas e produtos de áudio. PS: Para quem não sabe, a Linsoul é a mesma DD-Audio Store no AliExpress, então, vou colocar os links das duas lojas para facilitar.
Avaliações da KIWI EARS: Cadenza, Quartet
Preço: $219 dólares (USD)
Cor: Preto/Prata
Cabo: Sem Mic
Link da LINSOUL:
https://s.click.aliexpress.com/e/_DFTiHcf
https://s.click.aliexpress.com/e/_DlxKeiB
ESPECIFICAÇÕES:
Híbrido: 5 drivers por lado
- (1) Driver Dinâmico (DD) de 10mm DLC
- (2) Armaduras Balanceadas (BA)
- (1) Planar magnético (MPT) de 5mm
- (1) Condutor ósseo piezoelétrico (PZT)
– Frequência: 20Hz – 30KkHz
– Sensibilidade: 106dB SPL/mW
– Impedância: 32Ω
– THD: 0.5%
– Potência nominal: 5mW (mini), 10mW (máx)
– Plugue: 3.5mm (reto)
– Conectores: 2 pinos 0.78mm
– Cabo: OFC cobre banhado a prata
– Tamanho do cabo: 1.2m (removível)
– Material da Shelll: Resina
– Peso do fone: 4.7g (um lado)
– Peso do cabo: 21.1g
– Peso total (caixa, fones, etc): 243.7g
– Tamanho da caixa: 13cm [C] x 11cm [L] x 6.5cm [P]
UNBOXING:
ASPECTOS FÍSICOS:
Vamos começar pelas ponteiras (eartips), aqui temos o ponto que eu achei ser o mais fraco do fone. Honestamente, as ponteiras são muito simples para o quão bom é o fone (spoiler!), inclusive para o preço que custa. Então, eu confesso a vocês que nem me dei ao trabalho de testar, peguei um par de SpinFit CP100 no tamanho M e deu tudo certo. Já fica então a minha crítica ao conjunto de ponteiras do Quintet, acho que poderiam ter colocado algo diferente, de qualidade um pouco melhor. Fiz um teste com as FiiO HS18 no tamanho G e ficaram boas também, apesar de tirar um pouco dos médio-graves, assim, eu preferi o som com as CP100.
Cabo. Ponto bem positivo no fone. Pro meu gosto, eu achei bem bonito, mas além da parte estética, o cabo também é bastante funcional. É um cabo bem leve, só a parte do plugue que eu achei mais pesado, parece ser uma peça de metal mais sólida, embora isso não atrapalhe em nada na experiência de uso. Fácil de enrolar, não embaraça, não apresenta microfonia. Os earhooks tem boa curvatura, não causam aperto. Os conectores são do tipo 2 pinos, a indicação para inserir o lado correto é por meio da cor vermelha (lado direito). O corpo dos fones não tem indicação de qual lado encaixar, vai ser preciso de um pouco de experiência aqui nessa questão… em todo caso, o lado com o nome “Kiwi” é o direito, e o lado com o nome “Quintet” é o esquerdo. O chin slider funciona 100%. Não percebi nada de muito diferente que possa ser criticado. Ótimo cabo.
Encaixe & conforto. Como de costume, esses são relatos muito pessoais, cada pessoa vai ter uma opinião diferente. No meu entender, o Quintet teve um encaixe excelente, e o conforto do fone nos meus ouvidos também foi excelente. O corpo do fone é feito em resina, e isso deixou ele super leve, nem mesmo com a quantidade de drivers que tem fez o fone ficar pesado, esse foi um ponto muito positivo que achei do Quintet. A faceplate (tampa), a princípio eu achei ser de plástico, mas eu olhei na info do produto e lá consta que é de metal, e assim, aqui comigo eu dei uma leve batidinha uma na outra e saiu som de metal mesmo.
O fone encaixou mais num ângulo vertical, e ficou 100% estável nos meus ouvidos, ele tem um design bem anatômico, bom para fazer longas sessões musicais. O isolamento eu achei muito bom, mas também confesso que a ponteira da SpinFit ajudou aqui nesse quesito. Não tive sensação de pressão interna (intra-auricular). A inserção eu achei média, mas tendendo para uma inserção mais funda. Minha dica é empurrar a CP100 até o máximo que der no bocal do fone, assim vai deixar o bocal um pouquinho mais curto.
Na info do produto não mostra se ele tem tubos de condução do som, mas olhando o bocal aqui de perto, dá pra ver que existem 3 furos separados na ponta do bocal. Só é possível ver esse detalhe olhando bem de perto, de longe a grade de proteção esconde. Não tenho como confirmar a existência dos dutos porque não abri o fone.
Acessórios. De acessórios inclusos, veio um estojo de transporte em estilo semirrígido e fechamento em zíper. Penso que para o preço do fone seria legal se o estojo fosse de couro sintético e fechamento por magnetismo (mas isso é algo subjetivo ao meu gosto). O importante é que o estojo que veio serve muito bem para guardar e proteger o fone.
ASPECTOS SONOROS:
A sonoridade do Kiwi Ears Quintet eu entendi como um U-Shape (desenho em U). O adjetivo que eu usaria para descrever o som que ouvi do Quintet seria: “correto”. Esse fone me agradou muito, é um bom “all rounder”, aquele fone que toca vários estilos de música diferente. Não tem nada no som do fone que se diga: “nossa, tá faltando isso”, ou “tá sobrando isso aqui”, é tudo muito equilibrado (claro, para os meus ouvidos).
- Graves:
Quantitativo: Eu achei num nível do moderado. Em algumas situações do moderado para o alto. Eu gosto de graves e me dei por satisfeito, a quantidade encontrada aqui é ótima. Em termos de sub-graves e médio-graves, eu penso que há um equilíbrio entre as regiões, ambas com boa presença, e como disse no parágrafo das ponteiras, a alteração entre uma ponteira e outra pode aumentar ou diminuir os médio-graves, com a CP100 aqui para mim aumentou, e aí vem a sensação de que o fone tem “mais graves” por causa disso. O fone tem boa extensão e não apresenta decaimento (roll-off). Se a pessoa busca uma quantidade muito grande de graves, aí o Quintet não chega nesse nível, mas eu que gosto de ouvir músicas que precisam de um destaque para os graves (EDM, HipHop, etc), pude me agradar e ouvir esses estilos tranquilamente.
Qualitativo: Os graves do Quintet tem corpo, tem textura, tem um calor agradável que deixa a sonoridade muito envolvente, e a definição também é muito boa. O impacto tem força e presença, e não é um impacto seco, mas sim aquele tipo que tem preenchimento, que você sente que tem uma massa. Felizmente são graves bem controlados e não invadem os médios. Os graves tem um bom recorte, você sente que o driver dinâmico tá mandando energia, mas não se perde dentro da apresentação, eles tem o seu espaço delimitado perante os outros sons/instrumentos. Não são graves estrondosos, muito menos graves “bolhudos”. É um fone que dá pra ouvir Metal e Rock com muita segurança, porque não cansa. Eu confesso que já ouvi graves mais técnicos que esses do Quintet, mas talvez o grande lance aqui seja exatamente trazer mais emoção.
- Médios:
Quantitativo e Qualitativo: Os médios do Quintet são muito agradáveis, também são muito equilibrados, o tuning é excelente, nada soa agressivo ou “passando do ponto”, assim como também nada soa recuado ou distante. De fato se você vem de um fone que o pinna gain for muito “alto”, certamente você sentirá que os médios do Quintet estão mais “baixos”, e da mesma forma se vier de um fone de médios recuados, vai achar que o Quintet é mais “pra frente”, é preciso se acostumar com o equilíbrio aqui. Muita transparência, detalhamento e resolução, assim são os médios do Quintet. Essa é uma região “encorpada” e “envolvente”, que me lembrou o FiiO JD7, o timbre das guitarras ficam “quentes” e “texturizadas”, principalmente nos Riff e as bases. Flautas se apresentam com uma sonoridade muito doce e prazerosa de se ouvir.
Vozes: Aqui temos um empate técnico, isso porque dessa vez não houve um tipo de voz que combinou mais que a outra, ambas tiveram um ótimo desempenho, tanto as masculinas/graves, quanto as femininas/agudas. O Quintet é um fone que tem bastante textura nos graves, e isso certamente contribui para que as vozes mais graves se destaquem, mas as vozes mais agudas também tem bastante vida e detalhamento. Eu achei um melhor resultado para as vozes femininas/agudas quando subi 10% a mais de volume com o DAP, eu estava fazendo as audições e senti que tinha algo para esse tipo de voz que poderia ficar ainda melhor, daí esse detalhe no volume fez toda diferença, subiu o arejamento e a presença sem desequilibrar as outras frequências.
- Agudos:
Quantitativo: Eu achei que o nível de agudos do Quintet ficou no moderado. Presença na medida certa (na minha opinião). Esse é um fone eu considero bom para aqueles que tem receio com agudos mais “presentes”, o Quintet é bem tranquilo, não soa fatigante. Bem verdade é bom fazer uma boa escolha de ponteiras na hora de utilizar o fone, não que ele vai se transformar num fone “bright” por causa da ponteira, não é isso, e sim porque se por exemplo você escolher uma ponteira Wide Bore (bocal aberto), você pode perder um pouco de graves e por consequência aumentar as zonas agudas (na minha opinião). O Quintet tem boa extensão, não senti decaimento (roll-off).
Qualitativo: Os agudos do Quintet são lineares, equilibrados, coerentes com o real, sem coloração. Possuem ótima resolução e articulação, ótimo detalhamento (a nível micro detalhamento), bom arejamento. O brilho desse fone é bem acertado, nem soa apagado, nem soa fino, se apresentou muito realista (para os meus ouvidos). Não são afiados, não são estridentes, não são artificiais, nem ríspidos. Os agudos do Quintet não apresentaram sibilância em momento algum durante o tempo que avaliei o fone. Chimbais soam com bastante detalhamento, é possível ouvir as micro nuances do instrumento com excelente definição. Dedilhados em cordas de violão soam bem ricos e com resolução. Pratos de bateria se apresentam com bastante “naturalidade” (oposto de soar artificial pros meus ouvidos). Carrilhão traz um brilho com a nitidez exata. Eu só não achei o fone tão bom pra Jazz porque eu curto ouvir esse gênero de uma forma um pouco mais fria, com menos graves e um toque mais analítico na apresentação.
Palco sonoro (soundstage). O Palco desse fone eu achei excelente. Aqui é o conjunto da obra, em altura e largura os sons se expandem de forma excelente, já em profundidade, o nível fica no âmbito do muito bom. Em profundidade um Campfire Andromeda vai ter uma sensação de maior distância do que o Quintet, mas o interessante é que o Quintet também consegue criar essa sensação de distância sem fazer o som ficar “oco”, ou “vazio”, “perdido”, você consegue sentir uma proximidade, mas não consegue identificar de onde começa o som. É claro que fones intra-auriculares tem as suas limitações em termos de projeto acústico, não tem como comparar com headphones, mas sem dúvidas o Quintet se apresenta como um dos melhores fones que já testei no quesito espacialidade. Desemprenho muito bom.
Separação instrumental. A separação dos instrumentos é outro ponto excelente do Quintet. Nada fica congestionado, nem mesmo as músicas de Metal mais extremo que escutei, e nem em músicas de Samba com vários instrumentos tocando ao mesmo tempo. Foi possível identificar todos os sons sendo produzidos com bastante definição e separação. Na música “L’île des morts – Alcest“, foi possível ouvir em um determinado momento da música, a percussão mudando de posição e deu para identificar a correta posição de onde vinha o som, algumas vezes mais atrás, outras mais lateral. Achei esse detalhe muito positivo nesse fone. A divisão estéreo do Quintet também é ótima (lembrando que a separação pode variar também de acordo com a gravação e outros processos durante a produção musical).
Teste de Driver Flex. Com tantos drivers diferentes dentro do Kiwi Quintet, torna-se mais do que necessário fazer o teste de driver flex. A conclusão é que durante todo o tempo que passei avaliando o fone, ele não apresentou o ruído de driver flex. Mais um ponto positivo para o fone. Para aqueles que ainda não conhecem o que é “driver flex”, eu coloquei a explicação aqui nesse link.
Amplificação. Eu usei o DAP FiiO M11S para fazer essa avaliação. A saída utilizada foi a 3.5mm e o DAP em modo High Gain. Na minha opinião, o Kiwi Quintet é um fone que não necessita de amplificação extra para tocar corretamente. Com o M11S eu comecei aumentando o volume aos poucos e cheguei em 70%, senti que ainda dava pra colocar mais 10% de volume para chegar no meu gosto, então finalizei com 80% (dos 120% disponíveis). Testei direto na placa de áudio do meu notebook – um Dell das antigas – e o Quintet tocou facilmente. Também testei o fone direto do meu smartphone – um Motorola mais antigo ainda – e o resultado foi igual, fácil de empurrar (mas eu sempre recomendo que tenham pelo menos um bom dongle pra uso com smartphones, independente do fone precisar de mais potência ou não).
Gosto é subjetivo, então aqui vai a lista dos estilos musicais que eu achei que combinaram mais com esse fone. Lembrando que foram apenas alguns gêneros testados e alguns poucos artistas. Se eu coloquei que combinou com tal estilo e outro não, não significa que você não possa ouvir o seu gênero musical preferido com este fone e adorar. Então, aí vai:
Combinaram:
Eletrônica
Hip Hop/Rap
Reggae
MPB
POP
Rock
Blues
Metal
Samba
Pagode
Clássica
Sertanejo
Bossa Nova
Forró
Axé
Nem tanto:
Jazz
Link da Playlist:
Gráficos por Super* Review:
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