






>>Caso você seja novo aqui, recomendo que leia a página “Apresentação”<<
INTRODUÇÃO:
A FiiO é uma das maiores empresas de áudio da China, provavelmente todo mundo que está no hobby dos fones de ouvido já ouviu falar dela ou já teve algum produto da marca. A FiiO possui diversos produtos, a citar: DAPs (Digital Audio Players), IEMs (fones intra-auriculares), Earbuds, Headphones, DAC/AMP (de mesa e dongles), fones TWS (sem fio), além de outros diversos acessórios como, cabos, estojos, e etc. Parece que só faltava mesmo a FiiO fabricar ponteiras… Não falta mais!
Eu já tive oportunidade de avaliar o fone FiiO FH3 e o DAC/AMP dongle FiiO / Jade Audio KA1. Agora eu irei avaliar as recém lançadas eartips (ponteiras) da marca: as FiiO HS18. As HS18 estão sendo vendidas na loja oficial da FiiO no AliExpress por $9.99 dólares (USD). Existe a opção de adquirir as ponteiras de duas formas: uma com os 6 pares, porém dividido em 2 pares nos tamanhos P/M/G (1° link), e a outra com 6 pares apenas em um tamanho específico que você escolher (2° link). O pack da avaliação é o que vem os tamanhos P/M/G.
Link da FiiO:
https://fiioaudio.pt.aliexpress.com/store/910953046
https://pt.aliexpress.com/item/1005004758043657.html (1° link)
https://pt.aliexpress.com/item/1005004786429640.html (2° link)
ESPECIFICAÇÕES:
– Domo com 0.4mm de espessura
– Silicone utilizado na medicina (por Shin-Etsu Chemical CO.)
– Compatível com bocais de 5mm-6.5mm
– Pacote contém 6 pares

ASPECTOS FÍSICOS E SONOROS:
Antes de começar, deixar o lembrete de que os relatos compartilhados aqui no texto fazem parte das minhas experiências com os produtos, todo mundo já tá ciente que ponteiras alteram o som e que elas podem se comportar de forma diferente em cada ouvido, com relação ao encaixe, ao conforto, e etc. Então, eu sempre indico que vocês busquem ter a experiência de vocês com os produtos, review é apenas uma base pra você pegar alguma informação, ainda que sejam informações – em parte – de forma subjetiva.
>>Eu fiz toda essa avaliação utilizando as ponteiras de tamanho M.<< O interessante é que particularmente eu preferi a sonoridade com as HS18 de tamanho G. O que aconteceu foi que as ponteiras que eu uso atualmente no FH3 é como se fossem uma sonoridade entre o tamanho M e o tamanho G das HS18, então eu acabei decidindo – pro meu gosto – ir logo pra um tamanho maior. As ponteiras que eu uso no FH3 conferem um pouquinho mais de médio-graves do que as HS18 tamanho M, daí as tamanho G corrigiram essa diferença. Mas repito, a avaliação foi com base nas de tamanho M.
Dizer que ter subido um tamanho com a HS18 não influenciou em nada na experiência em termos de conforto, as ponteiras são simplesmente muito confortáveis, top 3 das ponteiras mais macias e maleáveis que já testei. Quando coloquei no ouvido pela primeira vez a ponteira simplesmente escorregou e eu tomei aquele baque, tipo: “ué, esse tamanho tá certo?”. A questão é que as eartips que eu uso no FH3 tem um formato mais abobadado, já as HS18 tem um formato mais cônico, entra mais “reto”, além da maciez do silicone que também influenciou na inserção.

O diferencial dessas novas ponteiras da FiiO é justamente a questão do conforto mesmo (na minha opinião). Elas não tem nenhum feature especial que chame a atenção, a magia tá mesmo em poder oferecer uma experiência mais prazerosa com o uso de IEMs, o silicone utilizado realmente proporciona essa experiência agradável. A gente sabe que muitas pessoas acham IEMs algo muito desconfortável, mas a resposta para uma melhor adaptação está justamente na ponta dos fones.
A ponteira tem a logo da FiiO em alto-relevo do lado externo (lado que fica em contato com a pele), mas nos testes aqui isso é algo imperceptível e não afeta no uso, nem traz desconforto.
Para a parte dos aspectos sonoros eu utilizei o DAC/AMP Dongle Questyle M15 com o FiiO FH3 (que já é um fone que eu tenho conhecimento da sonoridade). Volume em 35% na escala do Windows10.
HS18 x SpinFit CP100




Começando os comparativos com a SpinFit CP100, uma das ponteiras mais populares do hobby. São estilos diferentes, enquanto a CP100 preza pelo mecanismo que se ajusta no canal auditivo, a HS18 visa não alterar o caminho do som. Uma das vantagens da HS18 em relação à CP100 fica na questão do preço, por quase 2 pares da CP100 dá pra adquirir 6 pares da HS18.
Em termos físicos, a HS18 possui um silicone mais macio, a inserção é mais suave, enquanto que a CP100 o silicone é um pouco mais aderente (em comparação uma com a outra, a CP100 também tem um silicone macio). O tubo da CP100 é mais estreito, então ela fixa melhor no bocal dos fones, ainda que a HS18 também fixa bem, mas a CP100 o aperto é maior. A CP100 é um pouco mais comprida que a HS18, e isso faz com que em alguns casos o fone fique com uma parte pra fora do ouvido, gerando assim menos estabilidade no encaixe. Pra mim, quanto mais inserido o fone estiver na concha, maior será a estabilidade.
Em termos sonoros, as diferenças são pequenas, cada região teve ali sua modificação, porém num contexto geral o som não foi alterado de forma brusca. Então, os graves na CP100 ficaram mais cheios na região dos médio-graves, daí um contrabaixo vai soar mais encorpado. Na HS18 o impacto tende a ficar mais seco, mais definido, a batida de um bumbo ou surdo fica mais direta. Os médios na HS18 são mais claros, apresentam mais transparência, as vozes ficam mais “frias”. Na região dos agudos, a CP100 consegue deixar alguns sons de forma mais baixa, um solo de guitarra muito alto tende a ficar menos intenso.
HS18 x SpinFit CP145




Aqui a briga é forte. A SpinFit CP145 é uma das minhas ponteiras preferidas, isso porque ela tem o silicone mais macio que eu já testei em uma ponteira. Então, dizer que agora a HS18 chegou com um silicone tão agradável quanto, se não for exatamente o mesmo material. A diferença de “maciez” entre elas é imperceptível ao tato, a única questão diferente aqui é que o tubo da HS18 é discretamente mais rígido do que da CP145 (só é possível notar isso ao apertar a ponteira com os dedos).
A CP145 também é um pouco mais comprida do que a HS18, assim a CP145 possui uma espécie de “bico” (alguns milímetros a mais na extremidade da ponteira) que acaba gerando uma inserção mais profunda no canal auditivo. Eu sempre acho que esse “bico” acaba gerando mais isolamento com a CP145 do que com outras ponteiras, inclusive gerou um pouquinho mais do que a HS18.
Pra mim, ambas são extremamente confortáveis, não tem vencedora aqui nesse quesito conforto, a CP145 tem o “eixo” que pode gerar ali um certo acomodamento maior da ponteira no canal auditivo, mas pra mim não foi algo que fizesse a HS18 ser inferior, até porque podem surgir situações em alguns fones que o “eixo” pode gerar instabilidade no encaixe (mas isso é uma hipótese, já que nessa avaliação o FH3 ficou bem estável).
Em termos sonoros, com a CP145 a apresentação fica um pouco mais quente, a região dos graves como um todo fica mais destacada. A HS18 assim como observado no comparativo da CP100 também ficou com uma abertura a mais nos médios, enquanto que na CP145 os médios ficaram mais sedosos. Na região dos agudos a coisa ficou bem parecida, só que como a CP145 confere um pouco mais de graves na apresentação, então faz a HS18 parecer ter um pouco mais de nitidez nos agudos. Mas como sempre as diferenças foram muito sutis.
HS18 x SpinFit W1




Aqui já começam a aumentar as diferenças, a SpinFit W1 já se distancia das outras ponteiras da própria marca e por conseguinte da HS18 também. A W1 custa o dobro da HS18, e mesmo que ela venha com os tamanhos P/M/G, são apenas 3 pares no pacote, enquanto a HS18 vem 6 pares… a W1 também tem o acréscimo do frete. A W1 também tem a questão de não ser tão fácil de encontrar para aquisição, parece não ter chegado no AliExpress.
Em termos físicos, eu acho a HS18 superior em conforto, mas a W1 também é bastante confortável, só que os silicones utilizados são de texturas distintas. Enquanto a HS18 desliza no canal auditivo, a W1 gera o inverso, procura ser algo mais aderente, e das SpinFit que testei, a W1 é a que possui o maior agarro (grip). O comprimento da W1 também é maior que a da HS18, e aí volta aquela questão que citei na CP100, do fone poder ficar um pouco instável no encaixe. A HS18 eu acho uma ponteira excelente para longas audições, é como se realmente não estivesse nenhum objeto dentro do ouvido.
Em termos sonoros, a W1 é uma ponteira que confere mais graves do que a HS18 (tamanho M), mesmo assim, o som entre as duas faz a HS18 parecer ser Bright (frio/brilhante), enquanto a W1 seria algo “equilibrado” (subjetivo). Se o som fica mais “Bright” com a HS18, então obviamente temos um ínfimo destaque na região dos médios e agudos com a ponteira citada. O interessante que mesmo a W1 tendo esse lado mais forte nos graves, a apresentação na região dos médios e agudos não sofrem com perda de nitidez.
HS18 x Azla Xelastec



A HS18 e a Azla Xelastec são caminhos opostos, as medidas aqui não são próximas. A começar que o furo da Xelastec está mais próximo das ponteiras de bocal aberto (Wide Bore), a HS18 eu considero o furo como “normal”, o padrão. Em conforto, acho que nem preciso dizer, a HS18 dá um banho na Xelastec, o silicone da Xelastec é muito aderente, sem dúvida a ponteira mais “grudenta” que já testei.
A espessura do tubo da Xelastec é algo que não me agradou, eu simplesmente não me dou bem com essas ponteiras que a espessura do tubo é mais grossa, pra entrar no ouvido é uma dificuldade, além de logo meu ouvido começar a cansar, sentir incômodo. Pode dar certo pra quem tem o ouvido muito largo, só que o meu não é. A Xelastec tem o lado positivo que é o isolamento, nesse quesito ela realmente funciona bem, mas ao custo de que para mim logo logo eu teria que tirar do ouvido por causa da sensação de “corpo estranho”.
A Xelastec é algo que eu penso ser para situações mais específicas, como para quem vai escutar música durante um momento de deslocamento, e aí precisa de mais estabilidade no encaixe, ou então, usar em caso de um ambiente com muito barulho, ela vai cancelar os ruídos externos passivamente. A HS18 eu entendo ser para o momento mesmo de escutar a música de uma forma mais confortável, seja no escritório ou em casa.
Em termos sonoros, a Xelastec acabou deixando os graves de uma forma mais solta, sem muita definição. Eu até achei que ela ia aumentar a quantidade de graves, mas não foi algo que eu percebi aqui. Nos médios a Xelastec também faz com que haja uma perda de definição, chegando a soar meio distante. Nos agudos é onde a Xelastec não tem tanta diferença assim e acaba soando mais semelhante à HS18. No resumo da obra, eu achei que a HS18 traz mais resolução para a apresentação como um todo (na minha opinião).
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