REVIEW IN ENGLISH: HIDIZS MS1 REVIEW
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INTRODUÇÃO:
Após a Hidizs de ter lançado o MS1 Rainbow em 2020, agora é a vez do Hidizs MS1 Galaxy, novo fone de entrada da marca. O MS1 Galaxy é um fone Single DD, ou seja, possui apenas um alto-falante dinâmico por lado.
Preço: $15,99 dólares (USD)
Cor: Azul, Vermelho, Preto, Transparente
Cabo: Com Mic ou Sem Mic
LINKS:
https://s.click.aliexpress.com/e/_DE7d7kd
ESPECIFICAÇÕES:
(1) Driver Dinâmico de 10mm PU+PEEK por lado
– Frequência: 20Hz – 40kHz
– Sensibilidade: 108dB/Vrms (@1kHz)
– Impedância: 32Ω
– Cabo: Cobre banhado a prata OFC
– Plugue: 3.5mm (em L)
– Tamanho do cabo: 1.2m (removível)
– Conectores: 0.78mm 2 pinos
– Material da shell: Plástico
– Peso do fone: 3.5g (um lado)(sem ponteira)
– Peso do cabo: 12.2g
– Peso total (caixa, fones, etc): 81.7g
– Tamanho da caixa: 11.2cm [C] x 7.5cm [L] x 4.2cm [P]
UNBOXING:
ASPECTOS FÍSICOS:
Construção: O MS1 Galaxy é feito em plástico. Eu geralmente considero que um fone é de plástico quando ele vem com duas partes separadas – o corpo e a tampa, e essas duas partes são unidas por encaixe ou por uma cola, como é o caso do MS1. Por ser de plástico, o fone fica bem leve, o que é ótimo para um fone de ouvido, mas por outro lado, é preciso de um cuidado maior, porque a durabilidade pode não ser tão boa como de um fone de metal ou mesmo um de resina mais elaborado. Detalhe interessante é que essa versão transparente do MS1 dá pra ver tudo dentro do fone, acho que deixei bem visível isso no vídeo de unboxing.
Eartips (ponteiras / borrachinhas): Veio apenas um tipo de ponteira em silicone, nos tamanhos P/M/G. Olha, não tem muita variedade, mas o interessante aqui é a qualidade das ponteiras me deixou bem surpreso quando comecei a fazer o unboxing. O silicone é muito macio, diferente dessas ponteiras comuns que vem nos fones mais baratos. Essas aqui do MS1 me lembram a maciez das SpinFit CP145 ou também das FiiO HS18, que são ponteiras muito macias. Ponto muito positivo para o fone. Se não entregou em variedade, entregou em qualidade. Até por isso fiz a avaliação usando as stock no tamanho G. Penso que não há necessidade de upgrade, mas claro, esse é um ponto bem subjetivo.
Cabo: O Cabo do MS1 foi outro ponto que me deixou muito surpreso durante o unboxing, mas para um lado positivo da coisa. O cabo do MS1 é muito bom, gostei bastante. Bem levinho, fino, fácil de enrolar, não pega memória, não possui microfonia. Ótimo trançado, bem maleável, só vejo pontos positivos no cabo do MS1. Talvez diria que ele embaraça um pouco na região dos earhooks, mas nada de muito complicado de resolver. O cabo não vem com chin slider, penso que é porque o MS1 possui uma versão com microfone, e quando é assim, nenhuma empresa coloca a peça citada. É a questão mesmo de ser mais prático na hora de produzir.
Outros dois pontos positivos do cabo do MS1 que achei foram os earhooks (ganchos) e os conectores. Os hearhooks são lisos, sem ondulação, o que gera um ótimo conforto com a orelha (para mim é o melhor tipo). Os conectores são de 0.78mm 2 pinos, também os melhores para mim. A diferença aqui é que os conectores não tem aquela parte prolongada acima dos pinos, isso faz com que esse cabo não seja tão compatível com outros modelos de fone que existem no mercado. Agora, se o cabo não é tão compatível, a base que entram os pinos no fone, certamente é compatível com muitos outros cabos tipo 2 pinos. Os conectores possuem as letras L & R (esquerdo e direito), além das cores azul e vermelho (esquerdo e direito) para indicar o lado correto a ser encaixado.
Encaixe e conforto: Em termos de encaixe, não houve nenhuma surpresa, o MS1 encaixou muito bem nos meus ouvidos, além de possuir uma ótima estabilidade (graças aos earhooks também). Achei que, nos meus ouvidos, o MS1 ficou um pouquinho protuso. O fone tem muito espaço vazio internamente, seria interessante a empresa cortar esse espaço e deixar o fone mais “magro”, menor (na minha opinião). O isolamento eu achei médio. A inserção eu achei média.
Em termos de conforto, o MS1 é excelente. Parece que não estou usando nada nos meus ouvidos, ele é muito leve. Ponto muito positivo do produto, como era de se esperar de fones com o tipo de material utilizado. O MS1 é muito anatômico, fone que vai bem com pessoas de ouvido pequeno, médio, ou grande. Só deixo a observação para quem tiver um ouvido muito grande, já que os earhooks são tipo pré-moldados, é possível que pessoas com o ouvido muito grande tenham algum ponto de contato com os earhooks. Mas comigo ficou ótimo, sem pontos de pressão. Essa é uma questão muito subjetiva. O MS1 no meu entender, é um bom fone para longas audições.
Acessórios: Infelizmente o MS1 não vem com nenhum acessório extra. Como o seu concorrente de preço – TangZu Wan’er SG – também não vem com acessórios, penso que não há o que criticar. Obviamente, pro meu gosto, seria bom se viesse com um case semirrígido… mas é isso, vida que segue.
ASPECTOS SONOROS:
A sonoridade do Hidizs MS1 Galaxy eu compreendi como um Mild-V Shape, ou seja, um fone com desenho em V só que de forma mais leve. O fone tem um boost na região dos graves, tem médios um pouco mais recuados (porém sem recuo excessivo do pinna gain), e agudos presentes (mas com linearidade). O MS1 possui uma sonoridade mais voltada para o quente (warm), ele tem um som muito gostoso de se escutar, a apresentação fica divertida e ao mesmo tempo é macia e envolvente.
Acho que na faixa de preço do MS1, o concorrente de peso seria o TangZu Wan’er SG. Infelizmente eu não tenho o Wan’er em mãos para fazer um comparativo lado a lado, mas eu me recordo bem que a tonalidade do fone era muito boa, mas as tecnicalidades eram reduzidas, carecia de mais desempenho técnico. Aqui com o MS1, eu vejo que o fone tem uma tecnicalidade um pouco melhor que do Wan’er, agora, se fosse pra escolher a tonalidade, penso que o Wan’er combina mais com o meu gosto.
Graves:
Quantitativo: Os graves eu considero como de moderados para cima. É aquele tipo de fone que não entra na lista dos fones bassheads, mas também não desaponta por falta de graves. Certamente estão acima da neutralidade. Achei que o MS1 possui mais ênfase na região dos médio-graves do que dos sub-graves, porém o fone também possui sub-graves. Não senti decaimento (roll-off), a extensão dos graves é boa. Penso que são bons para ouvir gêneros como POP, Rock, Reggae, Hip-Hop, etc. Para EDM eu acho que ele vai bem também, só não é o meu tipo preferido de graves para o estilo musical (prefiro mais sub-graves e menos médio-graves, ou um equilíbrio).
Qualitativo: Os graves tem preenchimento, eles aquecem a apresentação, as músicas ficam com corpo. Tem uma boa definição, porém nada de impressionante, ok para a faixa de preço. Tem uma textura interessante, e também tem um pouco de fisicalidade. O impacto é forte e mais aberto, do tipo expansivo, ao invés daquela batida seca. Por exemplo, o kick no bumbo de uma bateria você sente a pancada com mais vigor, o som ressoa. Não são graves estrondosos, não são lamacentos, e não invadem os médios. São um pouquinho inchados, mas acho que não tem exagero… como disse no parágrafo anterior, tem mais ênfase nos médio-graves, o que geralmente fazem os graves ficarem com essa característica. O destaque aqui vai para o som do contrabaixo, o instrumento se impõe na apresentação.
Médios:
Quantitativo e qualitativo: Os médios são recuados, deixando o som mais “macio”, embora a região do pinna gain não tem sensação de retração, não é como os fones V-Shape antigos que tinham aquele buraco nos médios. Então assim, a parte das vozes você escuta com boa projeção, já batidas em caixas de bateria você escuta de uma forma mais amaciada, sem agressividade. Os médios do MS1 tem uma definição bem legal para essa faixa de preço. São médios encorpados e sedosos, isentos de qualquer sonoridade ríspida ou fatigante.
Vozes: As vozes aqui nesse fone, eu achei que a batalha foi vencida pelas vozes do tipo masculinas/graves. Isso porque o MS1 tem médio-graves e sub-graves presentes, o que confere muita textura para as vozes de timbres mais baixos. Vozes femininas/agudas também ficam legais, até porque como foi dito antes, o fone tem uma projeção ali na região do pinna gain, além de ser um fone Mild V-shape, isso é, tem um pouco de agudos que ajudam nos timbres mais altos.
Agudos:
Quantitativo: Os agudos do MS1 eu achei no nível do moderado. Em algumas pouquíssimas situações, o MS1 pode apresentar um pouco mais de quantidade do que o moderado, depende muito se a gravação tem ênfase nos agudos, como por exemplo, a introdução da música “Time” do Pink Floyd. Por mais que no gráfico esteja mostrando um pico, em termos de som, essa questão não apareceu. Eu recomendo o MS1 até para quem não curte fones com muito agudos. Claro, se a pessoa prefere um fone mais escuro (dark), aí é melhor procurar outra opção, fones V-Shape/Mild V-Shape sempre possuem um pouco mais de agudos. Não senti decaimento (roll-off), a extensão dos agudos é boa.
Qualitativos: Os agudos do MS1 são versáteis, tem bom detalhamento, tem boa definição, não apresentam coloração, nem soam fatigantes. O arejamento é apenas ok. O brilho tem um lado voltado para o cristalino, mas de forma alguma faz os agudos soarem artificiais. Não são agudos afiados, não são estridentes, não são ríspidos, não são fatigantes. O MS1 não apresentou sibilância. A diferença técnica do MS1 para o Wan’er é basicamente que o MS1 tem mais detalhamento, além de mais separação instrumental e espacialidade (ou palco, como preferir). O fone entrega um bom detalhamento com bandolim e violões. Pratos de bateria soam com boa definição.
Palco sonoro (soundstage): O palco sonoro eu achei bom. De fato não é um fone que possui uma espacialidade absurda, a questão aqui vai muito de que os médios do fone não são “para frente”, então o som não fica como se estivesse colado ao seu ouvido. Acho que as melhores dimensões do MS1 são largura e profundidade.
Separação instrumental: A separação instrumental eu achei boa. Instrumentos de corda ficam bem distinguíveis na apresentação, tanto violões com corda de aço como contrabaixos. Fiquei bem impressionado que em algumas situações eu pude perceber a posição de instrumentos tocando ao longe ou vindo de trás, algo que certamente nessa faixa de preço não é tão fácil de encontrar (PS: a separação pode variar também de acordo com a gravação e outros processos durante a produção musical).
Driver Flex teste: O MS1 é um Single DD, e geralmente esses Single DDs mais baratos podem ter esse detalhe do driver flex. Posso afirmar que o MS1 passou no teste. Nenhum sinal do ruído de driver flex durante o momento de inserção do fone nos meus ouvidos. Para quem ainda não conhece o que significa “driver flex”, eu coloquei a explicação aqui nesse link: Glossário.
Amplificação: Eu usei o FiiO KA11 para fazer essa avaliação. Eu utilizei o dongle conectado ao meu notebook. Volume 25% da escala do Windows. O MS1 é um fone que não necessita de amplificação extra, ele é capaz de tocar bem em qualquer fonte. Eu testei o fone direto na minha placa de áudio do notebook, e direto no celular sem dongle, e tocou tranquilo nos dois dispositivos. Como sempre, eu recomendo ter pelo menos um bom dongle para melhorar a saída de áudio.
Gosto é subjetivo, então aqui vai a lista dos estilos musicais que eu achei que combinaram mais com esse fone. Lembrando que foram apenas alguns gêneros testados e alguns poucos artistas. Se eu coloquei que combinou com tal estilo e outro não, não significa que você não possa ouvir o seu gênero musical preferido com este fone e adorar. Então, aí vai:
Combinaram:
Hip Hop/Rap
Eletrônica
Reggae
Metal
Samba
Pagode
POP
Rock
Blues
Sertanejo
Bossa Nova
Forró
MPB
Nem tanto:
Clássica
Jazz
Axé
PLAYLIST:
GRÁFICOS POR IAN FANN:
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