ZIIGAAT CINNO

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ESPECIFICAÇÕES:


UNBOXING:

Vídeo produzido para o Reels do Instagram @iemsandmusic

Acessórios. Infelizmente o Cinno não veio com nenhum estojo para guardar o fone. Assim como disse no Kiwi Eras Melody, penso que os outros fones dessa mesma faixa de preço todos tem algum tipo de estojo, então, era ideal que tanto o Cinno quanto o Melody, viessem com um estojo. Agora, para além dessa questão, a ZiiGaat tem um estojo proprietário vendendo por fora: Link do produto.



A vida do ZiiGaat Cinno ($99 USD) não está nada fácil quando se tem concorrentes como: Truthear Hexa ($79), FiiO JD7 ($79), Letshuoer DZ4 ($89), QoA Vesper2 ($79), Kiwi Melody ($89), e o Simgot EM6L ($109). Mas veremos que o Cinno tem sim o seu espaço dentre os fones citados.

Se na avaliação do Kiwi Ears Melody eu disse que dentre todos esses fones, o Melody era o único que vinha com a proposta da sonoridade V-Shape, agora, o ZiiGaat Cinno vem com a proposta do Mild-V-Shape (que seria algo como um V-Shape mais leve), ou seja, mesmo que próximo da sonoridade do Melody, ele ainda tem suas diferenças. Na minha humilde opinião, o Cinno consegue ser melhor que o Melody, principalmente na região dos agudos, onde o Cinno tem menos quantidade.

Cada um desses fones citados tem uma sonoridade diferente, então, todos se fazem importante. A única coisa que eu gostaria de ressaltar é que o Simgot EM6L está numa faixa de preço acima dos $100 dólares, e também eu acredito que ele seja o melhor dentre esses fones que citei anteriormente. Então, colocando o EM6L numa prateleira acima, pro meu gosto, eu elejo os que mais achei interessante (ordem random): FiiO JD7, Truthear Hexa, e o ZiiGaat Cinno.

Quantitativo: Os graves do Cinno eu entendo como moderados, e em algumas situações, de moderados para cima. Se leram lá a parte das ponteiras, viram que o selamento do canal auditivo faz uma boa diferença para alcançar os graves com mais quantidade, por isso que eu mudei o tamanho M para o G. Eu já vou avisando que o Cinno não é um fone basshead, mas eu gosto de graves e me dei por satisfeito com o Cinno, consegui ouvir todos os gêneros que necessitam de uma dose a mais de graves. O Cinno tem boa presença tanto nos sub-graves quanto nos médios-graves, é algo que achei ser de bom equilíbrio entre as regiões. O Truthear Hexa, por exemplo, tem mais atividade nos sub-graves do que o Cinno. Não senti decaimento (Roll-off), a extensão é boa.

Qualitativo: Os graves o Cinno são limpos, rápidos, controlados. São graves que eu diria que possuem uma característica de serem mais magros, ou seja, não esbanjam textura e fisicalidade, e aí para as pessoas que acham que os graves do FiiO JD7 são mais “soltos”, os graves do Cinno podem ser uma “correção”. Eu penso que são graves que tem uma boa definição, e são bem versáteis, conseguem se adaptar aos diversos tipos de música ou instrumentos. O impacto é mais contido, ao invés de ser uma porrada massuda. Não são graves estrondosos, não são abafados, e não invadem os médios. Tipo, a batida em um bumbo de bateria você escuta com bastante precisão o som do pedal tocando a pele do bumbo. Já um contrabaixo você escuta um dedilhado com boa velocidade e definição.

Quantitativo e qualitativo: Os médios do Cinno são médios “feijão com arroz”, ou seja, nem são recuados, nem são para frente. Médios nota 7 pra passar de ano no colégio. Os médio-agudos tem uma quantidade bem acertada, não soam agressivos, nem fazem as vozes soarem recuadas. A sonoridade Mild V-Shape eu acredito que seja assim, um fone que traz a energia dos fones V-shape, porém sem soar “energético” demais, sem se exceder. Os médios do Cinno tem boa definição, boa transparência, e boa clareza. O som das caixas de bateria ficam com um bom detalhamento e sem apresentar rispidez. Guitarras demonstram um timbre bem equilibrado, e pra exemplificar: alguns fones conferem um som quente e mais texturizado, os riffs ficam bem viscerais/encorpados, e outros fones deixam a guitarra com um som mais “crocante”, o efeito do overdrive fica bem seco, então aqui com o Cinno é um meio termo entre essas duas situações.

Vozes: As vozes eu achei que ficaram com um empate técnico, ou seja, o desempenho é bom para ambos os tipos de vozes – masculinas/graves e femininas/agudas. Só que assim, o fone também não é excelente para nenhum dos dois tipos, por exemplo, se sua biblioteca musical tiver bastante vozes de timbres baixos, o Cinno não vai extrair todo o potencial da textura que esses tipos de vozes possuem. O mesmo vale para as vozes de timbres mais altos.

Quantitativos: Se eu disse que o Cinno consegue ter agudos melhores que os do Melody, é justamente porque o Cinno tem agudos mais moderados, ou seja, eu achei que os agudos são mais baixos do que os do Melody. Talvez tenha sido alguma interação com as ponteiras, não podemos esquecer que avaliar fones de ouvido intra-auriculares não é uma ciência exata, o que posso afirmar é o que eu ouvi, e o que eu ouvi foi o que citei acima. Os agudos do Cinno são livres de gerar fatiga auditiva, eu indico o fone para quem quer fugir de fones com agudos altos (a menos que a pessoa seja muito muito sensível aos agudos, aí penso que seria melhor ir num fone L-Shape/Dark/Escuro). Não senti decaimento (Roll-off), a extensão é boa.

Qualitativos: Os agudos do Cinno são versáteis, tem boa definição, possuem um bom detalhamento, um bom arejamento, não são coloridos, não são fatigantes, não presenciei picos. Eu diria que o fone tem um brilho ativo, nem soa fino/cristalino, nem soa apagado. Os agudos não são estridentes, não são afiados, não são ríspidos, nem apresentam sibilância. Se eu achei que o Melody não foi tão bem com o gênero Metal por causa dos agudos, aqui com o Cinno o gênero foi aprovado. Chimbais tocam com velocidade sem soarem agressivos, pratos de bateriam soam bem definidos nas apresentações, dedilhados de violão ficam com coerência com o real.

Palco sonoro (Soundstage): O palco sonoro do Cinno eu achei bom. Na sonoridade V-Shape (ou leve V-Shape), você tem muita informação sendo lançada em você de uma vez só, e isso inevitavelmente diminui a sensação de amplitude, o bom é que no caso aqui do Cinno o fone consegue ter um palco bem resolvido para tocar qualquer tipo de som, não é o maior palco sonoro que já ouvi mas o desempenho é bom nas 3 dimensões (altura, largura, e profundidade).

Separação instrumental: A separação instrumental é ótima, ponto muito positivo do fone, aqui realmente eu consinto que é o Cinno e o Hexa todos dois tem níveis altíssimos de uma excelente separação instrumental. Se você põe uma gravação de qualidade você consegue extrair todo o potencial que o fone pode te entregar, ele mostra com boa definição de onde esta vindo cada som (lembrando que a separação pode variar também de acordo com a gravação e outros processos durante a produção musical).

Teste de driver flex: O ZiiGaat Cinno possui Driver Dinâmico em sua composição, então temos que verificar se ele apresenta o som do “driver flex” Nos meus testes aqui, não apareceu o tal problema, aprovado. Para aqueles que ainda não conhecem o que é “driver flex”, eu coloquei a explicação aqui nesse link.

Amplificação: Eu utilizei o DAC/AMP Dongle AUNE Yuki para fazer essa avaliação. A saída utilizada foi a 3.5mm SE. O dongle foi configurado para o modo High Gain (ganho alto). Volume em 20-30% da escala do Windows. O ZiiGaat Cinno é um fone fácil de empurrar, não necessita de amplificação extraordinária. Toca bem com fontes triviais, isso é, celular, tablet, notebook, e etc. Como sempre, para quem está iniciando no hobby dos fones, faço a recomendação que a pessoa procure melhorar a saída de áudio do seu dispositivo e adquira pelo menos um dongle legal.



Gosto é subjetivo, então aqui vai a lista dos estilos musicais que eu achei que combinaram mais com esse fone. Lembrando que foram apenas alguns gêneros testados e alguns poucos artistas. Se eu coloquei que combinou com tal estilo e outro não, não significa que você não possa ouvir o seu gênero musical preferido com este fone e adorar. Então, aí vai:

Combinaram:

Eletrônica
Hip Hop/Rap
Reggae
Samba
Pagode
POP
Rock
Metal
Blues
Sertanejo
Bossa Nova
Forró
MPB

Nem tanto:

Clássica
Jazz

Axé


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