REVIEW IN ENGLISH VERSION CLICK HERE: KIWI EARS MELODY REVIEW
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INTRODUÇÃO:
Depois do Kiwi Ears Quintet ter desbancado o FiiO FH3 e ter se tornado o meu fone preferido atualmente, qualquer lançamento da Kiwi Ears já me traz boas expectativas. O saldo da marca está bem positivo na comunidade do áudio, até agora só fone bom no mercado.
Fone enviado pela LINSOUL, uma das principais distribuidoras dos produtos da Kiwi Ears, além de outras diversas marcas e produtos de áudio. Mais informações nos links abaixo.
PS: Para quem não sabe, a LINSOUL é a mesma DD-Audio Store no AliExpress.
Preço: $89 dólares (USD)
Cor: Preto
Cabo: Sem Mic
Avaliações da Kiwi Ears: Cadenza, Quartet, Quintet
Link da LINSOUL:
https://s.click.aliexpress.com/e/_DkXPM29
https://s.click.aliexpress.com/e/_DDETpWp
ESPECIFICAÇÕES:
(1) Driver planar de 12 mm por lado
– Frequência: 5Hz – 40KkHz
– Sensibilidade: 102dB (@1KHz/mW)
– Impedância: 18Ω
– THD: <0.5% (@1KHz)
– Potência nominal: 5mW
– Potência máxima: 10mW
– Plugue: 3.5mm (reto)
– Conectores: 0,78mm 2 pinos
– Cabo: 26awg occ/ cobre monocristalino
– Tamanho do cabo: 1.2m (removível)
– Material da Shelll: resina 3D + faceplate em metal
– Peso do fone: 4.7g (um lado)
– Peso do cabo: 19.6g
– Peso total (caixa, fones, etc): 104.6g
– Tamanho da caixa: 11.5cm [C] x 8cm [L] x 3cm [P]
UNBOXING:
ASPECTOS FÍSICOS:
Ponteiras (borrachinhas ou eartips). Vieram dois tipos de ponteiras em silicone: um tipo são ponteiras de furo “normal” (tamanho P/M/G), e o outro tipo são ponteiras de bocal aberto (wide bore, nos tamanhos P/M/G). Vamos começar a prosa. Primeiro eu testei as de furo “normal” no tamanho M, o som não ficou legal, pouco grave e médio-agudos e agudos bem para frente, então eu coloquei as de tamanho G, melhorou, mas eu ainda estava sentindo um som muito frio… aí então resolvi usar as SpinFit CP100 e o som finalmente chegou aonde eu gostaria.
Se vocês viram a review do Kiwi Ears Quintet, eu nem cheguei a testar as ponteiras stock, exatamente por imaginar que a mesma coisa aconteceria como aconteceu aqui. Mas enfim, dessa vez eu testei as do Melody e não curti. Penso que assim, é possível que o proprietário tenha que utilizar ponteiras de empresas terceiras. Outro detalhe das ponteiras stock, é que elas são difíceis de colocar no bocal do fone, o bocal tem uma saliência na ponta que eu penso ser um pouco grande, e isso cria uma dificuldade na hora de instalar a ponteira no fone.
Construção. A qualidade de construção do Melody é excelente. O fone possui a faceplate em metal e o corpo em resina 3D. O fone é bem leve, o mesmo peso que o Quintet possui, apenas 4.7g! Algo que notei foi que a parte de resina parece que antes tinha um acabamento em black piano, mas o produto que estou avaliando já é um preto fosco. Eu particularmente até prefiro o acabamento fosco porque não deixa marcas de impressão digital, mas reconheço a beleza do black piano também.
Cabo. O cabo é bem parecido com o do Kiwi Ears Quintet, a coloração e as peças são o que mudam (visualmente falando). O cabo do Melody chega a ser mais leve do que o cabo do Quintet, isso porque o plugue do Quintet é um pouco mais pesado. Ora, se eu gostei do cabo do Quintet, aqui com o Melody não seria diferente, ambos são excelente cabos. De pontos positivos, não possui microfonia, é fácil de enrolar para guardar, é leve, resistente, é fino (o que é um ponto bem positivo). De pontos não tão positivos, achei que ele embaraça de vez em quando, mas nada de muito crítico, a forma como a gente guarda o cabo ajuda muito na hora de desenrolar. Sobre o chin slider, achei que a peça escorrega em alguns momentos, então a eficiência ficou comprometida.
Os conectores são do tipo 2 pinos (o melhor tipo de conector na minha opinião). São de ótima qualidade, e fáceis de tirar e colocar. Para saber qual lado correto deves encaixar, o conector direito vem com uma parte na cor vermelha. Os earhooks (ganchos de orelha) são muito bons também, maleáveis, possuem uma leve ondulação, mas não criam desconforto. São iguais ao do Kiwi Ears Quintet.
O encaixe. O encaixe com o Melody foi muito bom, o fone ficou 100% estável nos meus ouvidos. O Melody tem a faceplate reta, então o fone fica bem discreto, sem partes protusas para fora do ouvido. Ele tem um encaixe mais na vertical, que é um formato bem aceito pela maioria dos tipos de ouvido. A inserção eu achei média, e o isolamento eu achei bom/ok (melhorou com a CP100). O conforto também é outro ponto positivo, o fone é muito anatômico, não gerou pontos de pressão, a superfície é bem lisa, justamente porque o corpo é feito em resina ótima qualidade. Penso ser um bom fone para usar em longas sessões, com apenas 4.7g, você esquece que está usando fones. O Melody é um pouco maior que o Quintet, o que faz o Quintet ser mais confortável.
O Kiwi Ears Melody não vem com nenhum acessório além do cabo e das ponteiras já citadas anteriormente na avaliação. No meu entender, deveria ter vindo um estojo para armazenar o fone. Praticamente todos os fones nessa faixa de preço vem com cases, a citar: o FiiO JD7, o Truthear Hexa, o QoA Vesper2, o Letshuoer DZ4, etc. Eu até recomendo que a pessoa compre logo um estojo quando for adquirir o fone.
ASPECTOS SONOROS:
A sonoridade do Kiwi Ears Melody eu entendi como um fone V-Shape (desenho em V). Então, a sonoridade V-Shape nós sabemos que apresenta graves e agudos em destaque, e é assim que o Melody se traduz. É um fone que traz uma energia, que traz uma diversão, possui uma sonoridade viva e para frente.
O último parágrafo dos “aspectos físicos” deixou o gancho para lembrar que o Kiwi Ears Melody tem uma concorrência fortíssima, todos os fones citados estão na mesma faixa de preço do Melody. A questão é a seguinte, todos os fones mencionados possuem sonoridades distintas entre si, e o Melody entra como único que seria um V-Shape em sua essência. Além da diferença de driver, é o único a utilizar um driver planar.
- Graves:
Quantitativo: Os graves do Kiwi Ears Melody eu entendo como de moderados para cima. A proposta do fone V-Shape tem sempre os graves com elevação. Eu penso que são graves que deixam o fone muito bem servido, para quem curte fones com graves, o Melody é uma boa pedida. Não acho que ele seja um basshead, isso porque já ouvi fones que tinham ainda mais quantidade de graves, a citar: Audiosense AQ4, Letshuoer D13, Jaybird Vista, entre outros. O Melody me satisfez com a quantidade de graves para os gêneros que usualmente precisam de uma dose extra nos graves, isso é, gêneros como EDM (música eletrônica), POP, Rock, Hip-Hop, Reggae,… Metal ele vai bem em algumas ocasiões, mais pra frente na parte dos agudos vocês vão entender o motivo. O Melody tem um bom equilíbrio entre os sub-graves e os médio-graves, ambas as regiões tem boa presença na apresentação. Não senti decaimento (Roll-off), a extensão é boa.
Qualitativo: Os graves são cheios, encorpados, fortes, tem textura, tem boa definição. E falando em definição, penso que os graves do Simgot EM6L conseguem ser mais “limpos”, e os graves do Melody conseguem ser mais físicos. O impacto é bem presente, por exemplo, som de contrabaixo, bumbo de bateria, todos ficam com bastante massa. Não são graves estrondosos, não são graves lamacentos, não são graves abafados, e não invadem os médios. São graves que preenchem a gravação e trazem diversão. Penso que os graves do Kiwi Melody são mais próximos dos drivers dinâmicos – em termos de som – do que dos planares (que já ouvi)… talvez o que mais se aproxime seja o Tin HiFi P1 MAX .
- Médios:
Quantitativo e qualitativo: Os médios do Melody nem são recuados, nem são para frente. Sempre tem ali uma quantidade interessante para fazer os instrumentos e as vozes aparecerem de maneira legal nas gravações. Penso que são médios que tem uma boa clareza, uma boa definição e uma boa transparência. Caixas de bateria sempre soam de forma transparente e sem serem agressivas. Guitarras ficam num nível muito equilibrado e com um timbre bem coerente.
Vozes: As vozes aqui no Melody tem uma boa projeção, e penso que as vozes masculinas/graves encaixaram melhor do que as vozes femininas/agudas. As vozes de timbres mais baixos ficaram com um ótimo calor e com uma ótima texturização, é possível sentir toda a profundidade desse tipo de voz. As vozes de timbres mais altos também ficaram boas, não se apresentaram recuadas, entretanto, penso que o desempenho não ficou tão bom quanto com as vozes masculinas/graves.
- Agudos:
Quantitativos: Aqui é uma região que eu achei que teve uma boa presença, penso que o nível dos agudos estão do moderado para cima. A troca das ponteiras certamente fez com que os agudos ficassem um pouco mais baixos para mim. Então, eu vou deixando a observação para as pessoas que sentem alguma sensibilidade com os agudos, o Melody tem uma boa atividade nessa região. Mais uma vez, o selamento do canal auditivo para o Melody eu acredito ser algo muito importante, sem o selamento ideal, é possível que o fone fique desequilibrado. Não senti decaimento (Roll-off), a extensão é boa.
Qualitativos: Os agudos do Melody são vivos, tem energia, tem uma boa definição, tem um ótimo detalhamento, mas também penso que possuem uma leve coloração. O brilho fica bem cristalino. Isso certamente deixam as apresentações com mais arejamento e resolução, só que por outro lado, eu penso que os agudos se afastam do que eu entendo como agudos mais coerentes com a realidade (embora isso seja subjetivo). Não são agudos afiados, nem estridentes, porém, em algumas situações, os agudos flertaram com a sibilância, e essa característica a gente sabe que se inclina para o som ríspido (enfatiza o “Ssss”). Pratos de condução soam com boa definição, chimbais tem atividade (a depender da gravação, podem soar mais intensos ou mais baixos), carrilhão tem bastante brilho, dedilhado em violão com cordas de aço (em algumas situações) apresentou som similar ao metálico. Para alguns subgêneros do Metal, algumas características que foram citadas nesse parágrafo não são tão legais para com o gênero (na minha opinião).
Palco sonoro (Soundstage): O palco sonoro do Melody eu achei bom/médio. Se for comparar com o Tin Hifi P1 (OG), o Melody vence com folgas. O Melody tem uma espacialidade que eu considero média nas três dimensões: largura, altura, e profundidade. Eu acredito que ele tem o suficiente para tocar bem qualquer tipo de música, nada soa compactado.
Separação instrumental: A separação instrumental é boa, principalmente para os instrumentos que transitam nas regiões mais altas, o detalhamento e a definição dos instrumentos faz a gente ter uma ótima noção de onde o som está vindo. A Separação estéreo também é muito boa (lembrando que a separação pode variar também de acordo com a gravação e outros processos durante a produção musical).
Teste de driver flex: O Melody possui um driver planar, e até onde sabemos, esse tipo de driver não produz o ruído do driver flex. Nos meus testes não apareceu o tal problema. Para aqueles que ainda não conhecem o que é “driver flex”, eu coloquei a explicação aqui nesse link.
Amplificação: Eu utilizei o DAP FiiO M11S para fazer essa avaliação. A saída utilizada foi a 3.5mm SE. O DAP foi configurado para o modo High Gain (ganho alto). Sabemos que alguns fones planares tendem a necessitar de um pouco mais de potência das fontes para tocar de forma “correta”, porém, o Melody eu achei ser um fone fácil de tocar, não vi necessidade de uso com fontes de alta potência. Eu sempre recomendo a aquisição de um dongle, porque já é melhor do que a saída convencional dos smartphones. Eu fiz um teste com o AUNE Yuki, e o Melody tocou fácil na saída 3.5mm. Também testei direto na saída de áudio do meu notebook e foi tudo Ok.
Gosto é subjetivo, então aqui vai a lista dos estilos musicais que eu achei que combinaram mais com esse fone. Lembrando que foram apenas alguns gêneros testados e alguns poucos artistas. Se eu coloquei que combinou com tal estilo e outro não, não significa que você não possa ouvir o seu gênero musical preferido com este fone e adorar. Então, aí vai:
Combinaram:
Eletrônica
Hip Hop/Rap
Reggae
Samba
Pagode
POP
Rock
Blues
Sertanejo
Bossa Nova
Forró
MPB
Axé
Nem tanto:
Clássica
Metal
Jazz
Link da Playlist:
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