FIIO JT1

REVIEW IN ENGLISH: FIIO JT1 REVIEW

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Avaliações da FiiO: FH3KA1HS18JD7KA5FD11Q11M11S, KA11

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Cabo. O cabo é feito em Paracord (nylon). Eu achei ser um cabo muito bom, bem robusto, resistente, fácil de enrolar para guardar. Os plugues conectores de encaixe no fone são 3.5mm TRS e o plugue principal também é 3.5mm TRRS. Agora, os pontos que não achei tão positivo foram: primeiro achei o cabo ser pesado, na verdade penso que ele poderia ser mais fino e mais leve (ele tem 51g), por exemplo, no 400SE uso um cabo da OpenHeart 4.4mm balanceado que pesa 35g. Segundo é que: o cabo do JT1 apresentou microfonia, e ele também fica com um pouco de memória (ondulação). Dizer que eu ainda prefiro cabos de Paracord do que cabos tipo emborrachados, acho que a durabilidade do Paracord é maior, eu já tive headphones no passado que os cabos emborrachados simplesmente ressecaram e partiram.


Quando comecei a ouvir o JT1, a primeira coisa que me veio em mente foi: muito parecido com o som do Truthear Nova (tonalmente falando). Claro, só lembrou, porque não são iguais. A questão aqui é, existe uma semelhança por você ouvir os graves e os médio-agudos em destaque, embora ainda acho que os médio-agudos do Nova são um pouco mais destacados. Meu parâmetro de headphones até o momento é o Hifiman HE400SE, mas como não avaliei ainda, não irei fazer comparativo entre ambos. O que eu posso aludir até então é que, o JT1 tem uma proposta mais próxima da Harman target, enquanto que o 400SE seria mais neutro-analítico.

A sonoridade do FiiO JT1 é mais voltada para o divertido, o som é quente, gera aquela sonoridade mais suave, aconchegante, isento de fatiga. Não coloco o JT1 como energético porque ele tem agudos mais comedidos/lineares, até por isso não diria que é um fone V-Shape.

Graves:

Quantitativo: Não resta dúvida de que o JT1 é um fone em que os graves são a parte de maior destaque na sonoridade do fone. Presença garantida, penso que são graves de moderados ao moderados pro alto. Acho que as pessoas que gostam de graves irão gostar do JT1, até mesmo os bassheads ficarão contente com o que tem aqui. Indico o JT1 pra quem procura ouvir gêneros que precisam de mais quantidade nos graves, como EDM, Hip-Hop, POP, ou mesmo Metal ou Rocks mais contemporâneos. Sub-graves são bem presentes, e médio-graves também, agora, acho que os sub-graves aparecem mais na apresentação, o som consegue chegar nas notas bem subterrâneas. Não senti decaimento (roll-off), a extensão é boa.

Qualitativo: São graves fortes, massudos, tem peso, tem chão, preenchem a apresentação. São graves que deixam a sonoridade mais quente, mais “aconchegante”, mais macia. Felizmente são graves que não invadem os médios, mas eles tomam bastante espaço num contexto geral. Eles tem boa definição, mas não são a última gota em detalhamento, em algumas circunstâncias passam a sensação de que poderiam ter mais resolução e velocidade. Tem textura e fisicalidade. O impacto é forte e tem uma característica mais expansiva, ou seja, são graves mais cheios, mais soltos, ao invés de serem graves delineados e apertados. Aqui é inevitável não citar o Hifiman HE400SE, que tem graves mais limpos e detalhados, porém não tem a mesma atividade na região dos sub-graves que o JT1 possui. Então, o JT1 acaba tendo graves que buscam a diversão, a descontração, para músicas que você não vai ficar analisando detalhe por detalhe.

Médios:

Quantitativo e qualitativo: Ponto positivo para o JT1. Por mais que seja um fone com graves, os médios conseguem ter uma projeção legal. A região dos médio-agudos consegue entregar uma frontalidade ao som, mas não diria que é por essência “para frente”, exatamente porque os médio-agudos não soam agressivos ou duros, pelo contrário, tem uma medida ideal para nem soarem recuados nem pra frente demais. Os médios tem boa transparência e definição, embora não sejam a última gota em detalhamento, mas para o preço do fone, não há o que se questionar. Vozes, guitarras, pianos possuem um timbre mais “natural”.

Vozes: Ambos os tipos de vozes ficaram boas no JT1. O fone consegue extrair calor e textura das vozes mais baixas, e também consegue ter uma performance interessante com as vozes de timbres mais altos. É claro que por ser um fone com a proposta voltada para o relaxante, faz com que as vozes de timbres mais altos não tenham o melhor desempenho possível, mas pelo que escutei aqui, ainda consegue entregar algo bem satisfatório.

Agudos:

Quantitativo: Penso que os agudos do JT1 são moderados… claro, se for comparar com os graves e com os médio-agudos, certamente os agudos ficam num nível mais baixo, porém na apresentação eles soam lineares. Ótimo headphone para quem tem sensibilidade aos agudos, dificilmente você vai ouvir algo fora do comum, a menos que a gravação seja ruim, aí não é culpa do fone. Eu senti que o JT1 tem um leve decaimento (roll-off) nos agudos mais altos, embora a extensão não foi prejudicada. Por ser um fone mais quente e relaxado, o JT1 não faz muito o meu estilo para ouvir gêneros como Jazz e música clássica, porque eu busco uma sonoridade mais fria e analítica para com esses (é subjetivo).

Qualitativo: São agudos, suaves, versáteis, lineares, controlados, não apresentam coloração, nem picos. Agudos 100% isentos de gerar fatiga auditiva. Não senti estridência, rispidez, perfuração, nem sibilância. O brilho tem uma característica mais polida, embora não soa totalmente apagado. Pro meu gosto, acho que poderia ter um pouco mais de detalhamento e arejamento, tal como eu já percebi no Hifiman HE400SE. No JT1, pratos de bateria são bem naturais. Chimbais são suaves, sem rispidez. Carrilhão traz um brilho polido, isento de estridência.

Palco sonoro: A sensação de palco sonoro eu achei boa. Como eu venho dos IEMs, é evidente que senti mais espacialidade no som com o headphone, mas eu confesso que esperava até mais, provavelmente porque o JT1 tem médio-agudos um pouco mais destacados, isso faz a apresentação soar mais próxima. Ainda assim, na minha percepção, o som se desenvolve muito bem em profundidade e largura, só em altura que eu penso não ser algo tão bom.

Separação instrumental: A separação instrumental em achei boa. A imagem estéreo é muito boa. É possível ouvir os instrumentos tocando com bom espaço entre eles. Outra boa característica é ouvir os instrumentos se projetando em lugares diferentes na apresentação (a separação pode variar de acordo com a gravação).

Amplificação: Eu usei o FiiO KA11 e o FiiO M11S para fazer essa avaliação. No meu entender, o JT1 é um headphone fácil de tocar, não necessita de amplificação extra. O próprio KA11 deu conta do recado, e ainda sobrou, com 10 níveis de volume do Android, o JT1 já estava alto suficiente, os graves 100% corretos. Na saída 3.5mm do M11S a mesma coisa, com 80-85 passos dos 120 disponíveis (e modo high gain), o som já estava de bom tamanho. Fiz também um teste com o cabo 4.4mm balanceado e achei que não mudou muita coisa, o 3.5mm já é o necessário para o fone tocar corretamente. É possível que você toque o JT1 com um adaptador ou direto do celular? Diria que sim, mas sempre recomendo ter pelo menos um dongle de qualidade à disposição. Notar que com um KA11 você perde a funcionalidade do microfone do JT1, já que o KA11 não tem suporte para microfone, mas tirando esse detalhe, é o dongle que faço recomendação no momento.




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